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Paraíba registra mais de 2,3 mil casos de queimadas em dez meses de 2024; MPPB quer providências

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O período mais crítico para ocorrências de queimadas na Paraíba é entre os meses de agosto e dezembro. Este ano, até 31 de outubro, o Corpo de Bombeiros havia atendido a 2.356 ocorrências do tipo incêndio florestal ou fogo em vegetação. As informações fazem parte do Procedimento 001.2024.086110, instaurado pelo Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, órgão do Ministério Público da Paraíba (MPPB), para acompanhar a situação do Estado.

Entre as providências tomadas pelo CAO, estão pedidos de informações aos órgãos ambientais sobre as ocorrências registradas, as eventuais campanhas de conscientização e as ações de efetivo combate e prevenção realizadas. Além disso, o CAO também encaminhou aos promotores de Justiça que atuam na área do meio ambiente dados já coletados pelo órgão sobre queimadas para auxiliar nas investigações sobre ocorrências provocadas, que poderão gerar responsabilização criminal e cível dos envolvidos.

Consequências da seca
De acordo com a coordenadora do CAO do Meio Ambiente, Danielle Lucena, com base no levantamento do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), o Brasil vive um dos piores períodos de seca dos últimos 40 anos, com queimadas e outras consequências climáticas. Ela destaca que, na Paraíba, nos últimos 10 anos, entre 2013 e 2023, o acúmulo da área queimada apresentou um aumento superior a 26%.

“Ainda de acordo com os últimos dados do MapBiomas, a área queimada acumulada na Paraíba em 2023 foi de 516 mil hectares, localizados principalmente no Sertão. Em 2023, último registro, foram mais de 15 mil hectares de área queimada na Paraíba. Sabemos que o bioma caatinga ocupa cerca de 90% do território. No Nordeste, a Paraíba e o Rio Grande do Norte foram os estados que mais apresentaram aumentos expressivos na área de vegetação suprimida, um crescimento que representa mais de 100%, segundo relatório referente a 2023. As queimadas também influenciam nessa perda e, historicamente, tem transformado a caatinga, de um bioma florestal, para um bioma arbustivo e cada vez mais degradado”, avaliou a promotora.

Queimadas provocadas
Essa situação motivou o CAO a instaurar o procedimento para acompanhar a política de prevenção e combate a incêndio e queimadas na Paraíba, buscando auxiliar os promotores de Justiça com atuação direta nos municípios. “Encaminhamos aos membros que atuam na área de defesa do meio ambiente as informações que nos foram apresentadas pelo Corpo de Bombeiros Militar. Ressaltamos a importância da instauração de inquéritos civis públicos para apurar responsabilidades por queimadas ilegais, sejam elas causadas por pessoas físicas, empresas ou governos, bem como o ajuizamento de ações civis públicas para responsabilizar criminal e civilmente aqueles que promovem esse crime ambiental. Reforçamos ainda a importância de uma atuação junto às comunidades tradicionais, indígenas e outros grupos diretamente afetados pelos incêndios”, explicou Danielle Lucena.

Dados e ações de prevenção e combate
O procedimento de acompanhamento foi instaurado pelo CAO no último dia 3 de outubro. Primeiramente, foram oficiados o Corpo de Bombeiros e a Secretaria do Meio Ambiente do Estado. A promotora de Justiça requereu desses órgãos o número de queimadas ocorridas este ano, com indicação das localidades, e se havia indicativo de aumento; bem como a existência de políticas de educação, prevenção e combate, principalmente na região do bioma Caatinga.  O CB prestou todas as informações, apontando os números de queimadas desde 2020, que mostraram um aumento nos últimos dois anos (foram 2.130, em 2020; 1.777, em 2021; 1.174, em 2022; 2.400, em 2023; e 2.356, em 2024 – até 31 de outubro).

A promotora de Justiça também solicitou dos órgãos ambientais com atuação estadual e nacional – como a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca (Sedap), A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e, novamente, a Semas – informações sobre a existência de campanhas de conscientização sobre os impactos negativos das queimadas e a importância da preservação ambiental, bem como de ações de incentivo às práticas sustentáveis em áreas agrícolas e florestais para reduzir a necessidade de uso do fogo. Com esse relatório em mãos, a promotora poderá encaminhar aos membros com atuação na área para as providências cabíveis.

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Paraíba

Reajuste em tarifa de concessão aprovado pela Anac alcança Aeroporto Presidente Castro Pinto; veja

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Redação do Portal da Capital

Os reajustes dos limites de receitas e dos tetos tarifários dos blocos de concessões aeroportuárias aprovados pela A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) alcançam o Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, instalado na Região Metropolitana de João Pessoa em 5,4183%.

As receitas-teto entram em vigor em 1º de janeiro de 2025, entretanto, aumentos tarifários somente poderão ser implementados após a realização de consulta às partes interessadas relevantes. Dessa forma, busca-se promover um maior engajamento entre o aeroporto, as empresas aéreas e demais usuários para que as tarifas sejam definidas, incorporando práticas recomendadas internacionalmente para a aviação civil, inclusive pela Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci). 

Embora os passageiros sejam diretamente afetados pela tarifa de embarque, existem outras tarifas, como as de pouso e estacionamento de aeronaves e conexão de passageiros, e custos do aeroporto, como aluguéis, que aumentam as despesas das empresas aéreas e, de forma indireta, influenciam o preço das passagens. Nesse sentido, a obrigatoriedade de as empresas aéreas participarem da definição das tarifas e preços ajuda a equilibrar o poder de mercado e torna a precificação mais eficiente. 

De acordo com a publicação de Portarias no Diário Oficial da União (DOU), da terça-feira (17/12), os reajustes dos limites de receitas e dos tetos tarifários também alcançam concessões aeroportuárias das regiões São Paulo (SP), Mato Grosso do Sul (MS), Pará (PA) e Minas Gerais (MG), Norte II, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Central e Sul, além do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) e reajustes tarifários da aviação geral.

Os reajustes foram aplicados sobre os valores vigentes, considerando a inflação acumulada entre novembro de 2023 e novembro de 2024, medida pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, observada no período. As fórmulas para o cálculo dos reajustes são estabelecidas nos contratos de concessão. A diferença dos percentuais é justificada pela aplicação dos Fatores Q e X, que avaliam, respectivamente, a qualidade dos serviços prestados e a variação da produtividade para cada aeroporto. 

Para esses aeroportos, a Anac não estabelece as tarifas de embarque, conexão, pouso e permanência individualmente, mas uma receita teto por passageiro. A receita teto é o valor máximo “por passageiro” que pode ser recolhido pelo aeroporto, sendo formada por todas as tarifas que remuneram o voo (tarifas de pouso, permanência, embarque e conexão). Assim, o valor da receita teto por passageiro não se confunde com o valor efetivamente pago pela tarifa de embarque. 

Os novos valores das receitas-teto por passageiro são os seguintes: 

BLOCO 

AEROPORTO 

PERCENTUAL DE REAJUSTE 

RECEITA TETO ATUALIZADA 

Nordeste 

Recife/ PE 

5,1141% 

R$ 51,0050 

Maceió/ AL 

5,1457% 

R$ 50,9791 

João Pessoa/ PB 

5,4183% 

R$ 50,0426 

Aracaju/ SE 

5,4603% 

R$ 50,0914 

Centro-Oeste 

Cuiabá/ MT 

5,5442% 

R$ 45,8803 

Sudeste 

Vitória/ ES 

5,1666% 

R$ 50,2976 

Norte 

Manaus/ AM 

4,8730% 

R$ 56,2231 

Central 

Goiânia/ GO 

4,8730% 

R$ 54,1400 

São Luís/ MA 

4,8730% 

R$ 53,1242 

Teresina/ PI 

4,8730% 

R$ 53,3742 

Sul 

Curitiba/ PR 

4,8850% 

R$ 54,1404 

Foz do Iguaçu/ PR 

4,8730% 

R$ 54,6700 

Londrina/ PR 

4,8730% 

R$ 56,9292 

Navegantes/ SC 

4,8730% 

R$ 54,4865 

Norte II 

Belém/ PA 

4,8730% 

R$ 51,4241 

SP/MS/PA/MG 

Campo Grande/ MS 

4,8730% 

R$ 42,5026 

Congonhas/ SP 

4,8730% 

R$ 56,0721 

Uberlândia/ MG

4,8730% 

R$ 43,6215 

 

São Gonçalo do Amarante/ RN 

4,8730% 

R$ 56,0721 

 

Confira as Portarias:

Portaria nº 15.959 – Reajuste nas tarifas de SBCT, SBFI SBLO e SBNF 

Portaria nº 15.961 – Reajuste nas tarifas de SBEG 

Portaria nº 15.962 – Reajuste nas tarifas de SBGO, SBSL e SBTE 

Portaria nº 15.963 – Reajuste nas tarifas de SBSG 

Portaria nº 15.966 – Reajuste nas tarifas de SBCY 

Portaria nº 15.968 – Reajuste nas tarifas de SBVT 

Portaria nº 15.969 – Reajuste nas tarifas de SBRF, SBMO, SBJP e SBAR 

Portaria nº 15.970 – Reajuste nas tarifas de SBBE 

Portaria nº 15.971 – Reajuste nas tarifas de SBCG, SBSP, SBUL 

Portaria nº 15.972 – Reajuste nas tarifas de Capatazia da Carga Importada em Trânsito e Carga Exportada em Trânsito 

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Paraíba

Aquisição de recursos e investimentos para Santa Rita é pleiteada em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O prefeito eleito em Santa Rita, Jackson Alvino (PP), foi à Brasília ao lado de uma comitiva composta de vereadores, secretários e gestores que fazem a administração municipal, em busca de recursos e investimentos à cidade nos próximos anos de gestão.

As ações foram pleiteadas junto ao senador Efraim Filho (União Brasil), que ouviu demandas dos gestores e assumiu compromisso de destinar emendas para as áreas da saúde com recursos para o hospital infantil, infraestrutura urbana, agricultura e educação.

“É assim, com trabalho, ações e investimentos que a gente retribui o carinho, a confiança e os votos que recebemos do povo da Paraíba”, destacou Efraim em vídeo publicado nas redes sociais.

Confira:

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Paraíba

MPPB inspeciona mais de 250 escolas públicas instaladas em 42 municípios da Paraíba

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Redação do Portal da Capital

Mais de 250 escolas públicas localizadas em 42 municípios paraibanos foram inspecionadas, nos últimos 18 meses, pelos 55 promotores de Justiça que aderiram ao projeto estratégico do Ministério Público Estadual (MPPB) “Educar para incluir”, que tem como objetivo garantir o acesso, a participação, a permanência e a aprendizagem de alunos com deficiência na rede de ensino municipal.

O projeto foi idealizado pelo Centro de Apoio Operacional em matéria de defesa da cidadania e direitos fundamentais (CAO Cidadania) e tem como gestora, a promotora de Justiça Liana Carvalho. Segundo ela, o Censo Escolar 2024 aponta que a Paraíba possui 42.263 alunos com deficiência matriculados na educação especial na educação infantil, fundamental, no ensino médio e na EJA (educação de jovens e adultos). “Essa grande quantidade de alunos com deficiência matriculados na educação básica exige escolas preparadas para atender adequadamente a esse público”, defendeu.

O projeto tem como uma das principais ações diagnosticar a situação da educação inclusiva nos municípios, a partir da realidade local de número de alunos com deficiência matriculados e de salas de AEE (Atendimento Educacional Especializado) em funcionamento. “Isso é fundamental para traçar providências a serem tomadas, como a busca ativa de alunos, melhoramentos ou instalação da sala, acessibilidade do transporte escolar, por exemplo. O que se espera é mobilizar e instrumentalizar as gestões públicas, conscientizando-as sobre a importância do processo de inclusão, para que haja escola e sociedade igualitárias”, explicou Liana.

Direito à educação inclusiva

Os dados sobre o projeto foram apresentados pela coordenadora do CAO Cidadania no 7º Congresso do Ministério Público da Região Nordeste, realizado no início deste mês, em João Pessoa. Na ocasião, a promotora de Justiça do MPPB falou sobre os conceitos de inclusão social e pontuou, historicamente, como a matéria surgiu no ordenamento jurídico. “Em 1994, a ONU publicou a Declaração de Salamanca, com o objetivo de estabelecer a inclusão educacional para crianças com deficiência, ressaltando que os sistemas educacionais deveriam contemplar as necessidades de todas as pessoas’”, lembrou.

Segundo ela, no Brasil, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15 – LBI), garante, em seu artigo 27, que ‘a educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem’. “Esse artigo diz ainda em seu parágrafo único que ‘é dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, negligência e discriminação’”, acrescentou.

O projeto “Educar para incluir” também resultou na expedição de 36 recomendações ministeriais feitas aos gestores municipais para que sanassem irregularidades detectadas nas Salas de AEE e nas escolas municipais, por ocasião das fiscalizações realizadas. “O MPPB, como fiscal da lei, quer garantir o direito à educação a todas as crianças e adolescentes com deficiência e que a educação especial seja ofertada, prioritariamente, em escolas comuns. Isso porque nosso objetivo é garantir que sejam desenvolvidas as habilidades próprias do indivíduo, preparando-o para a vida mais autônoma no contexto social pós-escola. A diversidade deve ser vista como um fator que demanda atendimentos educacionais específicos, porém, em convivência com todas as pessoas”, defendeu.

O projeto foi lançado em setembro de 2022, na região administrativa do MPPB polarizada por João Pessoa, tendo já sido executado também nas regiões polarizadas por Campina Grande e Guarabira. Em 2025, a iniciativa será levada aos municípios da região do Sertão e deverá ser concluído no prazo de seis meses.

Confira os municípios beneficiados com o projeto:

João Pessoa
Cabedelo
Mamanguape
Algodão de Jandaíra
Remígio
Serra Redonda
Itatuba
Riachão do Bacamarte
Ingá
Pocinhos
Taperoá
Assunção
Livramento
Salgadinho
São José dos Cordeiros
São João do Cariri
Gurjão
Coxixola
Caraúbas
Alagoa Grande
Alagoinha
Mulungu
Campina Grande
Massaranduba
Picuí
Gurinhém
Caldas Brandão
Guarabira
Pirpirituba
Bananeiras
Belém
Borborema
Caiçara
Dona Inês
Logradouro
Serraria
Cuité
Barra de Santa Rosa
Itabaiana
Pilar
São Miguel de Taipu
Sapé

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