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Paraíba

MPPB inicia combate ao racismo institucional e articula ações para uma sociedade antirracista

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Em alusão ao Dia da Consciência Negra (20 de novembro), o Ministério Público da Paraíba (MPPB) junta-se às instituições que reconhecem e combatem, dentro de casa, o racismo institucional, além de incentivar e atuar pela equidade racial, na reparação das injustiças e na busca por mais ações afirmativas para a população preta e parda. O MPPB também aderiu à campanha do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), executada pelo MP da Bahia, sobre a temática com foco em uma sociedade antirracista.

De acordo com o procurador-geral de Justiça, Antônio Hortêncio Rocha Neto, tem havido um despertar das instituições para garantir a diversidade e a representatividade de gênero e de raça nos seus quadros. Nos últimos concursos realizados pela instituição, tanto para membros (2018), quanto para servidores (2023), foram garantidas 20% das vagas para pessoas negras. Em 2021, foi criado, na estrutura do Centro de Apoio Operacional da Cidadania e dos Direitos Fundamentais, o Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial do Ministério Público do Estado da Paraíba (Ato PGJ 077/2021).

“O Ministério Público tem feito esse dever de casa e essa autocrítica em relação à falta de oportunidades para pessoas negras. Essa campanha, inclusive, pergunta quantas juízas e promotoras negras a gente conhece. O objetivo é provocar não só debate e reflexão, mas mudanças efetivas nas instituições, tendo o MP como fomentador e exemplo dessa transformação”, disse Antônio Hortêncio.

Atuação do Gedir
Para a coordenadora do Gedir, Liana Carvalho, as ações do Ministério Público pela equidade racial são fundamentais para promover a justiça social, reduzir desigualdades históricas e assegurar a efetivação de direitos constitucionais. “A luta pela equidade racial vai além da reparação de injustiças passadas. Trata-se de garantir que todas as pessoas, independentemente da cor da pele ou origem étnica, tenham acesso igualitário às oportunidades e aos recursos do Estado”, disse.

A promotora de Justiça disse, também, que o Gedir vem trabalhando para articulação de criação de leis municipais e estaduais com foco em ações afirmativas para a população negra e também para a garantia de direitos a comunidades quilombolas, como construção de estradas que tirem essas pessoas do isolamento. “Sempre ouvimos os movimentos sociais voltados à defesa de direitos das pessoas negras a fim de balizar nossas ações. Mas toda a sociedade precisa, além de não ser racista, ser antirracista. Isso é fundamental para promover a justiça, a igualdade e a dignidade humana, contribuindo para fortalecer a coesão social, reduzir conflitos e valorizar a diversidade para o desenvolvimento de uma nação mais inclusiva, democrática e respeitosa”, disse Liana.

Negros no MPPB: importância de ações afirmativas
O técnico ministerial, Sebastião Rodrigues Eufraziano, autodeclara-se negro, tem traços fenotípicos da raça, que herdou dos pais, e isso fez com que fosse alcançado pela política de cotas raciais da instituição, com aprovação no último concurso público. Há menos de dois meses no cargo, ele falou da importância de ações afirmativas: “Esse momento que nós, negros, vivemos, é muito importante para a nossa história marcada pela ausência do Estado na inclusão do povo negro. Sou testemunha desse novo tempo e dessas novas mudanças. Sei que ainda há muito a se fazer, mas começamos. Estou muito feliz nessa instituição que me acolheu sem distinção, sou tratado pelos meus colegas e pelos membros de forma respeitosa e igualitária, como deve ser”.

Representatividade é benefício coletivo
O promotor de Justiça José Antônio Neves Neto, homem negro, asseverou a importância de uma sociedade plural e assim representada. “A representatividade de pessoas negras em todos os espaços e, em especial, em espaços de poder, é mandamento constitucional. Pessoas negras são a maior parte da população brasileira e, assim, não podem ficar à margem das decisões que regem a pólis. As ações afirmativas, com fundamento constitucional, para além de se destinarem ao indivíduo, pertencem muito mais à sociedade e à comunidade, que têm o direito de se verem representadas da forma como são. A pessoa negra não é vítima, e sim protagonista da própria história. As ações afirmativas se destinam à coletividade. Uma instituição pública terá tanta legitimidade quanto tiver representatividade perante a sociedade”, disse.

A campanha
Quantas pessoas negras em cargos de liderança você conhece? Pensou? O convite à reflexão é feito pela campanha produzida pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) e pelo Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), compartilhada pelos órgãos do MP brasileiro, nesta terça-feira (19/11). É uma mobilização de combate ao racismo institucional. Nela, os órgãos lembram que ‘não existe igualdade sem oportunidade’. Chances, possibilidades que, segundo análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ainda são escassas para os negros no mercado de trabalho, “um espaço de reprodução da desigualdade”.

A campanha visa conscientizar a população sobre a importância da diversidade étnico-racial nos espaços de poder, decisão e liderança. Uma ação que pretende despertar e fomentar a mobilização contra a violência silenciosa que afeta a autoestima e a chegada em cargos de liderança e melhores salários de pessoas negras.

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Eleição para nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acontece nesta terça-feira

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) deve acontecer nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

No entanto, o parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

 

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Maior evento religioso da PB, Romaria da Penha ocorre neste sábado e deve reunir milhares de fiéis

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A tradicional Romaria da Penha, maior evento religioso do Estado, acontece neste sábado (23/11) em João Pessoa. Em um percurso de caminha com extensão de 14 quilômetros, milhares de fiéis participarão da 261ª edição da festa, que tem como tema “Senhora da Penha, porque ‘somos todos irmãos’, ajudai-nos a viver a fraternidade e a amizade social”.

Programação

Os eventos começam às 16h30, com a Carreata de Nossa Senhora da Penha. A imagem da santa será conduzida do Santuário da Penha, localizado no bairro da Penha, até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes*, no Centro da cidade.

A Romaria tem início às 22h, partindo da Igreja de Lourdes em direção ao Santuário da Penha. A caminhada, que atrai devotos de diversas cidades e estados, deve terminar por volta das 3h30, com a celebração de uma missa campal presidida pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Caminhada de fé

A Romaria da Penha é uma manifestação de fé que atrai pessoas de todas as idades, reunindo famílias, grupos de oração e comunidades paroquiais. Os fiéis caminham em oração e cânticos, muitos carregando velas ou imagens da santa, criando um ambiente de emoção e devoção.

O evento, que acontece há décadas, é considerado uma das maiores expressões de religiosidade popular do país e celebra a intercessão de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Santuário e símbolo de proteção para os fiéis.

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Sudene aprova liberação de recursos do FDNE para parques eólicos da PB e RN

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A Sudene autorizou o pagamento de novas parcelas de financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para os parques eólicos Ventos de Santa Tereza 01 e Serra do Seridó II, IV, VI, VII e IX.

No total, a Diretoria Colegiada da autarquia aprovou o desembolso de R$ 70,8 milhões do fundo regional para estes empreendimentos que estão instalados no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento para a energia renovável na nossa área de atuação, atraindo investimentos para o setor. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica, contribuindo para o papel de destaque que o Nordeste tem na transição energética”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.

A empresa Ventos de Santa Tereza 01 investiu R$ 249,4 milhões no parque eólico de geração de energia no município de Pedro Avelino (RN). Desse valor, R$ 143,1 milhões foram financiados pelo FDNE, com projeto aprovado em 2022, dos quais já haviam sido liberados R$ 67,7 milhões.

A última aprovação foi referente à segunda parcela do financiamento. O projeto tem potência instalada de 41,3 MW de energia e vai gerar 90 empregos diretos e indiretos quando estiver em operação plena.

Os cinco parques eólicos Serra do Seridó, localizados no município de Junco do Seridó (PB), somam um investimento total de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões são do FDNE.

Os valores liberados na última reunião da Diretoria Colegiada correspondem à quarta parcela do financiamento – no total, serão R$ 15,7 milhões. Essas unidades são da multinacional EDF Renewables e fazem parte do Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, que entraram em operação em julho do ano passado e têm capacidade total instalada de 480 MW.

O agente operador desses financiamentos é o Banco do Brasil. A Sudene conta com quatro instituições financeiras como agentes operadores do FDNE, além do BB. São elas Caixa Econômica Federal , Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Evolução, Banco do Nordeste (BNB) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a importância do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para a região e reforça que a contratação de novos agentes operadores “fortalece a política de democratização de acesso ao crédito e contribui para uma maior interação com o setor produtivo, uma vez que essas instituições estão mais próximas da realidade local. “Essa ação está em sintonia com a aposta da Sudene em um diálogo mais efetivo que tenha, como consequência, a atração de novos negócios e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Em fevereiro, foi assinado um protocolo de intenções para que o Banco do Estado de Sergipe (Banese) também passe a operar os recursos do FDNE. Para o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, esse é um caminho para “democratizar os fundos regionais, que é uma orientação do Governo Federal, contribuindo para uma maior divulgação desse importante instrumento de ação, que é o fundo, e ampliando o acesso ao crédito”.

Heitor Freire falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse o gestor.

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