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A vitória de Trump e a luta direita versos esquerda

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* Por Josival Pereira

Depois de algumas centenas de informações e dezenas de opiniões talvez já seja possível  traçar observações minimamente aceitáveis sobre as eleições nos Estados Unidos.

No raso, conforme os parâmetros da atualidade, a vantajosa vitória de Donald Trump se configuraria como um arrasador triunfo da direita contra a esquerda, embora soe desconexo e estranho tratar o partido Democrata americano como uma agremiação de esquerda.

Numa simplificação estupidamente frouxa, aceite-se existirem atualmente apenas dois cordões políticos no mundo, caso em que as disputas estariam ocorrendo, sim, entre os movimentos de direita e esquerda, que talvez fosse mais apropriado classificar como movimento radical conservador e movimento progressista. Assim, a vitória de Tramp é do movimento conservador, conduzido pela ultradireita.

Poder da direita

Por que essa distinção seria importante? Para desenganar sobre a ideia que o poder no mundo no âmbito do sistema da chamada democracia ocidental sempre foi dividido entre esquerda e direita. Não é assim. Nunca foi dividido. O poder político nos Estados Unidos, assim como na maioria dos países que hoje integram a União Europeia, amplo território onde reina a democracia representativa, em todos os tempos, sempre foi ocupado pela direita capitalista. A esquerda socialista nunca governou os Estados Unidos da América.

Experiências da esquerda

As poucas experiências de poder da esquerda socialista e democrática (aquela que acredita chegar ao poder via eleições) estão praticamente concentradas na América Latina. Destaque-se, um

pouco lá mais pra trás, o Chile de Salvador Allende, e repetidos governos após o fim da ditadura; no Brasil, a história de poder da esquerda é recente e se resume aos governos Lula e Dilma; no Uruguai existe a experiência de Pepe Mujica, além de governos no Equador, Bolívia, agora na Colômbia, entre outros, nas últimas 10 ou 15 anos.

O que isso quer dizer? Prova que o poder político no vasto território da democracia ocidental consolidada sempre foi da direita e que quase tudo do que se tem estabelecido nos Estados Unidos, América Latina e União Europeia foi construído pela direita, que hoje se debate para tentar desconstruir as poucas experiências de governos de esquerda.

Artifícios da ultradireita

Se existe novidade, são os artifícios utilizados por expressiva parte da direita política nos últimos anos para tomar o poder, a chamada ultradireita ou direita radical, cujo centro da ação do movimento mundial é sabotar a democracia e instruir regimes autocráticos., de força, crescentemente antidemocráticos.

Esse movimento da ultradireita radical mudou substancialmente a tônica do discurso e, sobretudo, o jeito de fazer política e campanhas eleitorais. É a partir deste ponto que se torna possível entender as razões e nuanças da vitória de Trump.

Fio de identidade

O principal eixo do jeito de fazer política da direita radical, que Trump usa e abusa, é o da geração de um poderoso fio de atração e identificação com o movimento. Veja-se o discurso de ódio, os ataques permanentes a adversários e a imprensa, além das críticas constantes ao sistema vigente ou ao governo. Essa tática gera identidade, gera liga, com multidões de cidadãos caminhando meio a esmo na complexa era digital.

As bandeiras de luta do movimento são também quase sempre identitárias. A principal bandeira de Trump na campanha foi o combate a migração, com promessas que beiram a violência e que dificilmente ele próprio as executará. A segurança tem sido outra bandeira infalível. Trump aprofundou esse discurso e deu certo. Criar identidade com o eleitor, é isso o que a esquerda moderna não está conseguindo fazer.

Mentiras à exaustão

O artifício usado em toda pregação política, especialmente nas campanhas eleitorais, é essencialmente o da repetição de mentiras, à exaustão, magistralmente difundido através das redes sociais. A imprensa americana registra amplamente as mentiras de Trump, mas não consegue estabelecer a verdade, e os adversários não conseguem desmascarar. A identidade de discurso plasma sentimento, gera credibilidade e as mentiras viram verdades. Foi com esse artifício que Trump venceu e é assim que a direita radical vai avançando no mundo.

Leitura dos problemas

Trump venceu a eleição americana também pelo artifício de identificar com clareza as fraquezas do governo vigente, que a ultradireita põe tudo na conta da esquerda, e localizar sentimentos particulares de determinados grupos sociais. No geral, por exemplo, foram decisivos a leitura que o custo de vida (elevado, no momento) era o principal problema de grande parte da população e o discurso de que Trump não entrou em guerra no seu primeiro governo. Lá no começo da campanha, enfraqueceu os democratas explorando a fragilidade física do presidente Joe Biden.

Trabalho de estrategistas

Destaque-se ainda o trabalho dos estrategistas que foram capazes, por exemplo, de identificar filões de voto entre os negros (homens mais idosos que continuam cultivando preconceito contra mulheres) e latinos, vítimas do discurso mais repleto de ódio de Trump, historicamente eleitores do Democratas. A brecha, no caso dos  latinos, foi se comunicar com homens jovens que passaram a acreditar que barrar a migração, mesmo que repressivamente, é uma forma de proteger os migrantes já residentes nos Estados Unidos. Esses atalhos estratégicos, que ajudam a explicar a vitória de Trump, são amplamente usados pela direita radical. No Brasil, não são poucos os grupos sociais historicamente petistas sequestrados pelo bolsonarismo.

Nem direita nem esquerda

Mas nem tudo é tão favorável à direita radical na identificação de fatores que resultaram da vitória de Trump. Alguns cientistas políticos já começaram a identificar que a luta político-eleitoral nos últimos 10 anos ao redor do mundo não é exatamente entre direita e esquerda. Seria simplesmente entre governo e oposição. Pululam exemplos. Na oposição, Trump derrotou Hilary (Democratas no poder), perdeu para Biden no poder e agora, fora do governo, voltou a vencer. Na América do Sul, esquerda e direita se alternam no poder no Chile a cada eleição; no Perú, Equador e Bolívia houve alternância de poder entre esquerda e direita nas eleições recentes; no Uruguai a esquerda está prestes a voltar ao poder depois de perder para a direita em 2019; no Brasil também se registrou alternância e, na Argentina, o peronismo foi defenestrado do governo por um candidato da direita radical depois de algumas décadas. Na União Europeia também se registram alternâncias significativas e, sobretudo, importantes derrotas, até para a ultradireita, de partidos tradicionais acostumados com o poder. Do outro lado, a ultradireita tem deixado escapar o poder conquistado nas urnas, caso da Polônia, ou tem sofrido derrotas em eleições regionais onde está estabelecida no poder há muitos anos, como foi o caso de Erdogan, na Turquia.

Era da impaciência

Assim, vivendo uma era movida por sentimentos, o motor propulsor das mudanças seria a hipersensibilidade do cidadão-eleitor, que se posta extremamente impaciente com os governos postos.

 

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Medicinando: Sistema de Saúde no Brasil

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Redação do Portal da Capital

O médico e presidente da Cooperativa Unimed João Pessoa, Doutor Gualter Ramalho, publicou nesta terça-feira (05/11), mais um episódio do projeto ‘Medicinando’. Com um formato de vídeos curtos compartilhados no seu perfil das redes sociais, o anestesiologista aborda temas como gestão, inovação e liderança.

Desta vez, Gualter falou sobre os Sistemas de Saúde em atividade no Brasil. No país, o Sistema Único de Saúde (SUS) atende cerca de 75% da população, já o sistema privado atende aproximadamente 25% dos brasileiros.

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Azevêdo deve assumir PSB mas não precipita definições do cenário 2026

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Redação do Portal da Capital

* Por Nonato Guedes

A expectativa, segundo versões de Brasília, é que até o fim do ano o governador João Azevêdo seja investido no comando do PSB na Paraíba, cuja comissão provisória atualmente é dirigida pelo deputado federal Gervásio Maia. Avalia-se junto à cúpula nacional que o partido está pacificado no Estado depois de rusgas que precederam as eleições municipais recém-concluídas e que foram atribuídas a desinteligências entre expoentes da legenda sobre os rumos que deveriam ser tomados na conjuntura. Uma divergência que chegou a ser aberta mas não prosperou contestava a opção do governador pelo apoio à candidatura do prefeito Cícero Lucena (PP) à reeleição, sob o pretexto de que deveria ser lançada candidatura própria. Azevêdo apostou na continuidade da parceria com Cícero, mantendo-se o vice Leo Bezerra (PSB) na chapa e a fórmula foi vitoriosa no segundo turno do pleito deste ano, com a derrota infligida ao candidato do PL e do bolsonarismo, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga.

A consecução da vitória na Capital abafou sinais divergentes e o poder de liderança de João Azevêdo fortaleceu-se com vitórias pontuais alcançadas pelo PSB em municípios de regiões do interior e com a presença no segundo turno das eleições em Campina Grande, onde o ex-secretário de Saúde Jhony Bezerra, estreante na atividade política, deu combate ao prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), que pleiteava a reeleição e logrou ser consagrado com apoios influentes como os dos senadores Efraim Filho e Veneziano Vital do Rêgo (MDB), bem como do ex-governador Cássio Cunha Lima e outras lideranças do PSDB. No cômputo geral, de acordo com a contabilidade traçada pelo chefe do Executivo, seu esquema foi amplamente vantajoso no confronto com as oposições. Esse esquema possuía tentáculos em outras legendas, como o Republicanos e o PSD, além de atrair adesões nos quadros do Partido dos Trabalhadores, que anotou insucesso no primeiro turno em João Pessoa com seu candidato, o deputado estadual Luciano Cartaxo, despojado, inclusive, da esperada participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no seu palanque.

João Azevêdo acabou enfrentando dissidências na sua própria base, como aconteceu em Cajazeiras, onde o grupo do prefeito José Aldemir (PP) tomou destino próprio com a candidatura da professora Socorro Delfino, eleita, e em Santa Rita, onde o grupo do prefeito Emerson Panta emergiu triunfante derrotando Nilvan Ferreira, que foi lançado pelo Republicanos numa disputa extremamente difícil. Mas o chefe do Executivo tem procurado, no pós-eleitoral, fazer acenos de recomposição com os que se dispersaram na campanha de 2024, naturalmente mirando na manutenção da própria maioria na Assembleia Legislativa como estratégia fiadora da governabilidade. Azevêdo não ignora os movimentos de líderes oposicionistas como o senador Efraim Filho para cooptar eventuais insatisfeitos dentro das hostes governistas e tem agido, através de emissários qualificados, para barrar um virtual tropismo em demanda do campo adversário. Afinal, as eleições de 2026, quando João Azevêdo estará concluindo seu segundo mandato, colocarão em xeque o controle de cargos importantes, incluindo, além do governador e vice, os dois mandatos de senadores que serão renovados nas urnas. O esquema governista está sendo desafiado a apresentar estratégia consistente, que lhe possibilite ampliar a ocupação de espaços e assegurar a preservação do poder estadual, que é cobiçado com avidez pelos opositores.

Atento às peculiaridades relevantes da conjuntura de 2026 é que o governador João Azevêdo evita precipitar definições sobre candidaturas que estão sendo lançadas preliminarmente, a exemplo da postulação insistente do deputado Adriano Galdino, do Republicanos, presidente da Assembleia Legislativa, ao Executivo estadual. João tem dito, a respeito, que acata como legítimo o direito de aliados seus de externar pretensões legítimas mas que não pode se comprometer com antecedência com os interesses que estejam colocados porque entende que as decisões passarão pelo conjunto dos partidos que lhe dão sustentação e que têm suas próprias alternativas em jogo. Já agora, como se sabe, depois de confirmada a reeleição em segundo turno na Capital, agita-se em algumas áreas a hipótese de lançamento do nome do prefeito Cícero Lucena para o governo do Estado ou para uma vaga ao Senado. É evidente que Cícero não assume a pretensão, muito menos pressiona quem quer que seja nessa direção, mas no íntimo não descarta voos maiores – até porque já foi governador pelo período de dez meses e também exerceu mandato no Senado Federal, considerando-se preparado tanto para o Executivo como para o Legislativo.

João Azevêdo tem consciência de que não pode dar nenhum passo em falso com vistas a contribuir, indiretamente, para fissuras que mais tarde levem ao desmonte do esquema pacientemente construído para as eleições de 2022 e o pleito de 2024 em redutos específicos como João Pessoa. Sua tática, por isso mesmo, é centrada no freio a cobranças por definições ou compromissos. Ele quer agrupar todas as forças políticas no consenso para a formação da chapa de 2026 – e, pessoalmente, avalia a oportunidade, ou não, de assumir o projeto de candidatura ao Senado que, conforme já deixou claro, não é “sangria desatada” para ele, situando-se no rol de opções que tem pela frente. Quanto à investidura no comando do PSB estadual, deverá ter o significado de uma reparação para com João Azevêdo, que deu passagem a outras figuras da legenda quando venceu a queda-de-braço com o ex-governador Ricardo Coutinho pelo controle do partido. A princípio, não deverá haver contestação se o desideratum for levado à frente pela cúpula nacional do PSB.

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Como explicar o resultado das eleições em João Pessoa?

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Existem dois ou três fatores gerais, observados em todo país, que se encaixam na campanha eleitoral na capital paraibana. A inteligência da instituto de pesquisa Quaest identificou, ainda no primeiro turno, a tendência de eleição de candidatos com experiência e, no caso de reeleição, de prefeitos com gestões aprovadas pela população.

Depois do primeiro turno, percebeu-se também que havia a opção majoritária de escolha de candidatos moderados, do centro político com inclinação à direita. Ou seja, nada de radicalismos. Talvez em função dessa opção, a polarização entre bolsonaristas e lulistas acabou desarmada nas disputas municipais. O perfil histórico do prefeito Cícero Lucena e um certo distanciamento da polarização mantida por ele nos últimos anos ajudaram-no a atravessar a campanha sem polarizar com o bolsonarista Marcelo Queiroga, mas que o ajudou a ganhar os votos de Lula e dos progressistas no segundo turno.

Além disso, fatores identificados nas pesquisas estiveram muito presentes na base de vitória do prefeito Cicero Lucena, que conseguiu sobejamente se apresentar como o candidato mais experiente, com gestão aprovada e de posições politicas moderadas.

Existem, contudo, muitos fatores específicos da campanha em João Pessoa que ajudaram a desequilibrar a preferência dos eleitores em favor do prefeito.

A ampla derrota do agrupamento politico do governador João Azevedo e Cicero Lucena para o direita bolsonarista nas eleições de 2022 em João Pessoa e região metropolitana serviu de alerta. Vieram, então, obras significativas do Governo do Estado na Capital, especialmente na área de mobilidade, e o prefeito Cicero Lucena ajustou sua gestão, disseminou ordens de serviço, iniciou uma razoável quantidade de obras e se aproximou da periferia com um grande programa de pavimentação de ruas.

A oposição parece não ter percebido o processo de recuperação de imagem do prefeito e da gestão e fez uma leitura de terra arrasada da cidade, propondo uma mudança radical. Errou no eixo do discurso, enquanto o prefeito Cicero Lucena, com suas ordens de serviço e obras em andamento, construía a tese de necessidade de continuidade do projeto, que é o centro do discurso de reeleição.

Em relação a discursos ou linhas de campanha existem outros erros da oposição que também podem explicar o resultado geral das eleições em João Pessoa, com a vitória do prefeito Cicero Lucena (63,91% dos votos válidos) contra o ex-ministro Marcelo Queiroga (36,09%). Um deles pode ter sido a radicalização das críticas, denúncias e ataques. Uma das primeiras pesquisas Quaest apontava que apenas 2% da população da Capital se interessava por este tipo de discurso na campanha.

Esse levantamento da Quaest talvez explique a baixa ou quase nenhuma atenção dada pelos eleitores às operações da Polícia Federal Mandare e Território Livre, que envolveram a filha, Janine Lucena, e a primeira-dama Lauremília Lucena em investigações sobre um suposto esquema de assédio violento de eleitores nos bairros São José e Alto do Mateus em associação com líderes de facções criminosas.

Nesse item, em particular, é preciso se destacar a forma como a campanha e o próprio candidato Cícero Lucena conduziram a gestão da crise, com frieza, praticamente ignorando-a (Cicero participou de debate no dia da prisão de Lauremilia e apresentou apenas uma moção de solidariedade à esposa) e se vitimizando no decorrer dos dias. A oposição, ao contrário, na ânsia de obter resultados rápidos, abusou nos ataques diretos, o que parece ter causado um certo tipo de repulsa, que pode ter ajudado na vitimização ou na ausência de aderência às ocorrências. O certo é os fatos não tiveram ingerência na campanha o no resultado das urnas.

Nesse contexto, a propaganda eleitoral no rádio e na televisão também teve peso no resultado final. A oposição optou pela linha de críticas mais ácidas e ataques mais duros, além de apresentação de uma profusão de propostas de governo, muitas promessas, gerando a impressão da impossibilidade de execução. A propaganda de Cicero fez a opção de apresentação de promessas mais factíveis, geralmente a continuidade de ações em execução ou de projetos com recursos assegurados. Passou confiança.

Outra diferença substancial na propaganda esteve na forma. A de Cicero interagia mais com a população, sobretudo da periferia; a dos candidatos de oposição abusou da falação direta e de poucos recursos técnicos, com ligeira excessão para o candidato Luciano Cartaxo, que a partir de determinado momento passou a apresentar ações e obras da sua gestão (2013/2020).

Observe-se ainda que o prefeito Cicero Lucena, pelo seu longo histórico de eleições e a estrutura da gestão, se apresentou à disputa com perfil popular e tendo ligação efetiva com as camadas mais pobres de população. Os demais candidatos ostentaram perfis mais elitizados. Frise-se, nesse sentido, que Cícero acabou beneficiado com a transferência do apresentador Nilvan Ferreira para disputa política em Santa Rita.

Não há como não observar que o candidato Cícero Lucena se apresentou muito mais pragmático em relação a promessas para a futura gestão , compromissos com os diversos grupos sociais e eleitores, além de ter cumprido una agenda de campanha mais intensa na periferia, até por força da estrutura da Prefeitura. Pragmatismo este que casa com o também pragmatismo dos eleitores em eleições municipais, que definem o voto pela perspectiva de atendimento de anseios pessoais ou grupais, benefícios à comunidade mais próxima ou em função do candidato que, naquele exato momento da campanha, se apresenta o melhor ou menos ruim para cidade. Existe aqui amplo encaixe com o perfil do prefeito Cícero Lucena, que soube ler melhor a conjuntura eleitoral e desenvolver a propaganda mais eficiente para chegar à cabeça do eleitor.

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