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Paraíba

Justiça condena associação criminosa que usava a Sudema para aplicar golpes financeiros na Capital

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O juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa, Geraldo Emílio Porto, condenou sete pessoas por participação em um esquema fraudulento que se aproveitava da identidade da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), para obter vantagens financeiras indevidas. O grupo, liderado por Wladson Diniz da Silva, aplicava golpes desde 2019, utilizando dados sigilosos de autuações e licenças ambientais. O esquema criminoso usava uma abordagem sofisticada e contas laranja.

De acordo com a sentença do magistrado, ficou caracterizada a fraude eletrônica, mediante o uso de informações sigilosas obtidas ilicitamente e transferências via Pix para contas de terceiros. “O conjunto probatório é robusto e comprova a obtenção de vantagem ilícita em prejuízo das vítimas, mantidas em erro por meio de artifício”, destacou o magistrado. Ainda segundo a sentença, as evidências confirmam divisão de tarefas, captação de contas bancárias para ocultação dos valores ilícitos e liderança da associação por um dos réus, que cooptava demais envolvidos. “Estando as provas convergentes e uníssonas no sentido de apontar os réus como autores dos crimes, a condenação é medida que se impõe”, afirmou Geraldo Emílio Porto.

O juiz também disse que a decisão reflete a gravidade do esquema e a necessidade de repressão rigorosa a crimes, que abalam a confiança pública em instituições e prejudicam financeiramente os cidadãos. “A coordenação entre os réus, aliada à sofisticação dos métodos utilizados, justifica a imposição de penas severas, sobretudo para o líder da organização, Wladson Diniz, reincidente e principal articulador das fraudes”, pontuou o julgador.

O Processo Penal nº 0805112-62.2022.8.15.2002, que trata sobre o crime de estelionato, revela que Wladson Diniz, considerado o mentor e executor principal do esquema de fraude eletrônica e associação criminosa, foi condenado a 13 anos e um mês de reclusão, em regime fechado. Ele se apresentava como fiscal da Sudema e entrava em empresários e cidadãos autuados. Com detalhes precisos sobre autuações e processos administrativos, em andamento, Wladson oferecia a regularização de pendências mediante pagamento via Pix, prometendo descontos ou evitando fiscalizações futuras.

Ainda foram condenadas em regime fechado: Magna Suzana dos Santos Ferreira (dez anos de dois meses); Magda Suellen dos Santos Ferreira (oito anos e seis meses); Magda Suellen dos Santos Ferreira (oito anos e seis meses); Josefa Alves da Silva (seis anos e oito meses); Pryscila Luiza Lima (nove anos e sete meses); Raissa Morgana dos Santos Lourenço (sete anos e quatro meses); e Maria das Graças Castro da Silva (cinco anos e nove meses). Entre os crimes praticados pelas rés estão: associação criminosa, facilitação e intermediação na ocultação dos valores, disponibilidade da conta bancária para movimentação dos recursos ilícitos e fraude eletrônica.

O Esquema – A operação colocada em prática pela organização criminosa era meticulosa. O líder do grupo usava perfis falsos, com fotos de supostos funcionários da Sudema, para transmitir credibilidade. As vítimas eram orientadas a transferir os valores exigidos para contas bancárias fornecidas pelos demais réus, que atuavam como laranjas, ocultando a origem ilícita dos recursos. Após a transação, o contato era interrompido, e as vítimas só descobriam o golpe ao procurar a Sudema, para verificar as pendências.

Investigação – Para constatar os diversos crimes praticados pela quadrilha foi necessária a quebra de sigilo bancário, telemático e interceptação telefônica. A investigação aprofundada revelou a articulação sofisticada do esquema. A Justiça autorizou a quebra dos sigilos bancário e telemático, além da interceptação telefônica, medidas que foram essenciais para identificar os envolvidos e comprovar suas participações no esquema criminoso.

Conforme a instrução processual, a análise bancária demonstrou que os valores transferidos pelas vítimas eram recebidos em contas dos réus e rapidamente repassados a terceiros, incluindo familiares de Wladson Diniz. A interceptação telefônica revelou conversas em que Wladson usava nomes falsos, como ‘Armando’ e ‘Alencar’, para enganar as vítimas e negociar valores. As mensagens de WhatsApp analisadas, também, confirmaram a participação ativa dos réus na operação, incluindo a coordenação entre eles para garantir o sucesso das fraudes.

A investigação mostrou, ainda, que Wladson utilizava múltiplos números de telefone e dispositivos móveis, o que foi identificado por meio da interceptação de Imeis, números de identificação únicos dos aparelhos celulares. As evidências coletadas foram cruciais para conectar os réus aos golpes, garantindo a responsabilização penal de todos os envolvidos. Com base nas provas colhidas, o juiz Geraldo Emílio Porto proferiu a sentença condenatória, considerando a gravidade das condutas e a função desempenhada por cada réu no esquema. Além da fraude eletrônica, todos foram condenados por associação criminosa, devido à estabilidade e permanência da organização.

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Paraíba

Comércio: confira como será o feriado de Finados em João Pessoa e Campina Grande

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Dia de Finados, celebrado no próximo sábado (02/11), é uma data cujo intuito principal é relembrar a memória dos entes queridos que já partiram. Em João Pessoa, o feriado não vai interferir no horário de funcionamento do comércio e dos serviços, que manterão a escala habitual dos sábados. Em Campina Grande, por outro lado, haverá mudança na rotina da população.

De acordo com esta matéria publicada no Jornal A União, na Capital paraibana, os shoppings Tambiá e Mag estarão abertos das 9h às 21h. Já o Manaira e o Mangabeira abrem às 10h e encerram as atividades às 22h. O comércio pessoense também poderá funcionar normalmente, de acordo com a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), sendo apenas necessário conceder folga compensatória e pagamento das horas extras trabalhadas aos colaboradores.

O transporte público também se manterá inalterado. A balsa de Cabedelo circulará em horário habitual, das 6h às 20h, assim como os trens urbanos, que estarão disponíveis para a população das 4h30 às 13h03.

Na serra

Já em Campina Grande, devido ao Dia de Finados, alguns serviços, incluindo o comércio, terão seus horários de funcionamento alterados.

As feiras livres e os mercados públicos da cidade que, tradicionalmente, são realizados no sábado serão antecipados para a sexta-feira, englobando também a Feira Central. Os setores comerciais de farmácias, supermercados e lojas, por sua vez, poderão funcionar normalmente, desde que sejam respeitadas as normas impostas pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Nos principais shoppings da cidade, não haverá mudanças nos horários de funcionamento, seguindo a escala habitual dos sábados. O Partage Shopping abre às 10h e fecha às 23h30. O Design Mall também abre às 10h, encerrando as atividades às 20h. Por último, o Luiza Motta funcionará das 9h às 20h.

 Frota especial

O transporte público do município também funcionará com frota especial, para facilitar o descolamento da população até os cemitérios. A frota terá aumento de 60%, com ônibus circulando das 5h às 20h. Como bônus, a tarifa será gratuita.

Além disso, no intuito de melhorar a fluidez viária, o trânsito de Campina sofrerá algumas alterações, com algumas ruas interditadas. São elas: Rua Ceará, Rua Conde D’Eu, Rua Monte Santo, Rua Quintino Bocaiúva, Rua João Suassuna, Rua Des. Arquimedes Souto Maior, Rua Olegário Maciel e Rua Vereador Manoel Uchôa.

Durante todo o dia, a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) realizará rondas periódicas, no entorno dos cemitérios do José Pinheiro, do Araxá e o do Cruzeiro.

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“Cuidar de João Pessoa nos próximos 4 anos”, diz Cícero ao negar disposição para disputar o Governo

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Redação do Portal da Capital

O prefeito de João Pessoa, Cicero Lucena (PP), reeleito no pleito de 2024 para mais um mandato, negou disposição para disputar o comando do Governo da Paraíba nas Eleições 2026.

De acordo com Cícero, o compromisso que ele tem é o de “cuidar de João Pessoa nos próximos quatro anos“.

O comentário do gestor foi registrado pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa, nesta quinta-feira (31/10).

Confira o áudio:

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Paraíba

Gaeco-PB participa de operação nacional contra rede criminosa de abuso sexual infantil

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O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba participa da Operação Lobo Mau, deflagrada na manhã desta quinta-feira (31/10), pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do seu Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São José do Rio Preto. O objetivo é desarticular uma ampla rede criminosa envolvida na produção, no armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, conhecido como CSAM (Child Sexual Abuse Material).

Estão sendo cumpridos 94 mandados de busca e um de prisão em 20 estados da federação e no Distrito Federal e a operação mobilizou equipes especializadas das Polícias Civis e dos Ministérios Públicos do Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e Sergipe. Também contou com a participação das Polícias Militares dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.

Dispositivos eletrônicos e outros equipamentos utilizados para a produção e armazenamento do conteúdo estão sendo apreendidos para análise forense e as autoridades esperam que a ação contribua para a identificação de outros envolvidos na rede, além de reforçar a necessidade de atuação conjunta, e contínua, no combate a esse tipo de crime.

Força-tarefa

Segundo informações do MPSP, a operação faz parte de uma força tarefa criada entre as instituições e que contou com o apoio da Agência de Investigação Interna (Homeland Security Investigations – HSI) e da Embaixada dos Estados Unidos, com foco no combate à exploração sexual infantil na internet.

Com o avanço das investigações foi possível descobrir a existência de um número expressivo de criminosos que, dissimulando o fato de serem adultos, entram em contato com as crianças e adolescentes, por meio de variados tipos de plataformas digitais, para induzi-las a produzir conteúdo de nudez, e até mesmo de sexo, com a finalidade de consumir o material produzido e depois distribui-lo em grupos fechados de troca de mensagens, como o Telegram, o Instagram, o Signal e o WhatsApp, inclusive em jogos como o Roblox.

O nome da operação – Operação Lobo Mau – faz referência justamente ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem.

Conforme o MPSP, até o momento ocorreram 23 prisões em flagrante distribuídas nos seguintes Estados: Pará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Neste último, as detenções foram feitas nas cidades de São José do Rio Preto, Caraguatatuba, Jacareí, São Sebastião da Grama, Campinas, Itanhaém e Sorocaba.

Será concedida uma entrevista coletiva nesta quinta-geira (31/10), às 11h, na sede do Gaeco de São José do Rio Preto localizada na Rua Voluntários de São Paulo, nº 3539, Centro, São José do Rio Preto, fone (17) 3235-3822; 3121-4369 e 3121-4373.

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