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Especialista destaca desafios e cuidados nutricionais no pós-cirurgia bariátrica

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A cirurgia bariátrica é uma opção cada vez mais procurada por pessoas que buscam perder peso e melhorar a saúde. Contudo, essa mudança significativa na vida dos pacientes traz consigo uma série de desafios nutricionais que devem ser enfrentados para garantir uma recuperação bem-sucedida. A nutricionista Maria Eduarda Cahino, integrante da equipe multidisciplinar da clínica Plastic Premium, referência nessa área em João Pessoa, destaca a importância do suporte nutricional nesse processo. “O primeiro desafio é se adaptar à nova rotina alimentar, já que a redução do estômago pode causar dificuldades na ingestão de nutrientes essenciais e, muitas vezes, é necessária uma reeducação alimentar”, orienta.
Além disso, mudanças no paladar e as intolerâncias alimentares podem surgir, tornando a escolha dos alimentos mais complexa. “Isso pode gerar sentimentos de frustração e insegurança, e o apoio profissional é fundamental para ajudar os pacientes a superarem esses obstáculos”, ressalta.
A transição alimentar nas primeiras semanas após a cirurgia é uma fase delicada e gradual. Segundo Maria Eduarda, inicialmente, os pacientes devem seguir uma dieta líquida durante as duas primeiras semanas, seguida por uma alimentação pastosa nas semanas seguintes. “Após 30 dias, é permitido o retorno a uma dieta de consistência normal. É importante seguir as orientações do nutricionista para garantir que o corpo se adapte bem e tenha uma recuperação tranquila. A paciência também é fundamental nesta fase”, reforça.
Para garantir a absorção adequada de nutrientes, é importante priorizar alimentos ricos em proteínas, como carnes magras, peixes, ovos e laticínios, além de incluir frutas, vegetais e leguminosas na alimentação. A nutricionista explica que existem algumas restrições alimentares que podem ser permanentes. “Bebidas gaseificadas e alimentos ultraprocessados, que podem causar desconforto digestivo, devem ser evitados. A introdução de grandes porções deve ser evitada, pois pode levar a refluxo e dor”, orienta Maria Eduarda.
Suplementação — Suplementos nutricionais, como vitamina B12, vitamina D, ferro e cálcio, são frequentemente recomendados para prevenir deficiências nutricionais. Ela lembra que os pacientes devem estar atentos a sinais de fadiga extrema, queda de cabelo e unhas frágeis, que podem indicar a necessidade de ajustes na dieta.
O uso da comida como conforto pode interferir na recuperação e nos resultados a longo prazo da cirurgia bariátrica. Identificar e lidar com esses gatilhos é essencial. “Técnicas de autocuidado, como meditação ou terapia, podem ser muito úteis e é imprescindível o acompanhamento psicológico pré e pós-bariátrica”, indica a nutricionista.

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Pacientes em estado terminal: o luto que começa‬ antes da morte‬

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Redação do Portal da Capital

‭O‬‭ luto‬‭ nem‬‭ sempre‬‭ começa‬‭ após‬‭ a‬‭ morte.‬‭ Em‬‭ muitos‬‭ casos,‬‭ como‬‭ nos‬‭ de‬‭ doenças‬ terminais‬‭ ou‬‭ degenerativas,‬‭ o‬‭ processo‬‭ de‬‭ perda‬‭ pode‬‭ ter‬‭ início‬‭ ainda‬‭ em‬‭ vida,‬ quando‬‭ a‬‭ família‬‭ percebe‬‭ a‬‭ inevitabilidade‬‭ do‬‭ desfecho.‬‭ Simône‬‭ Lira,‬‭ psicóloga‬ especialista‬‭ em‬‭ luto‬‭ do‬‭ Morada‬‭ da‬‭ Paz,‬‭ traz‬‭ reflexões‬‭ sobre‬‭ o‬‭ luto‬‭ antecipado‬‭ e‬‭ esclarece‬‭ que‬‭ os‬‭ cuidados‬‭ paliativos,‬‭ ao‬‭ contrário‬‭ do‬‭ que‬‭ muitos‬‭ acreditam,‬‭ não‬‭ são‬ um‬‭ fim,‬‭ mas‬‭ um‬‭ meio‬‭ de‬‭ proporcionar‬‭ dignidade‬‭ e‬‭ qualidade‬‭ de‬‭ vida‬‭ ao‬‭ paciente‬‭ e‬‭ à‬‭ sua família.‬

Lidar‬‭ com‬‭ a‬‭ perda‬‭ de‬‭ um‬‭ ente‬‭ querido‬‭ é‬‭ um‬‭ processo‬‭ desafiador,‬‭ especialmente‬ quando‬‭ essa‬‭ despedida‬‭ começa‬‭ muito‬‭ antes‬‭ do‬‭ último‬‭ adeus.‬‭ Para‬‭ famílias‬‭ que‬ convivem‬‭ com‬‭ pacientes‬‭ em‬‭ estado‬‭ terminal‬‭ ou‬‭ portadores‬‭ de‬‭ doenças‬ degenerativas,‬‭ como‬‭ o‬‭ Alzheimer,‬‭ o‬‭ luto‬‭ antecipado‬‭ — ou‬‭ luto‬‭ antecipatório‬‭ — pode‬ surgir‬‭ à‬‭ medida‬‭ que‬‭ a‬‭ condição‬‭ do‬‭ paciente‬‭ se‬‭ agrava,‬‭ trazendo‬‭ à‬‭ tona‬‭ sentimentos‬ de dor, impotência e, muitas vezes, culpa.‬

Esse‬‭ luto‬‭ antecipado‬‭ é‬‭ uma‬‭ reação‬‭ natural‬‭ ao‬‭ reconhecimento‬‭ da‬‭ proximidade‬‭ da‬ perda,‬‭ e‬‭ pode‬‭ ser‬‭ vivido‬‭ de‬‭ forma‬‭ silenciosa‬‭ e‬‭ solitária.‬‭ “Muitas‬‭ vezes,‬‭ os‬‭ familiares‬ começam‬‭ a‬‭ vivenciar‬‭ o‬‭ luto‬‭ enquanto‬‭ a‬‭ pessoa‬‭ ainda‬‭ está‬‭ viva,‬‭ principalmente‬‭ em‬ casos‬‭ de‬‭ doenças‬‭ como‬‭ o‬‭ Alzheimer,‬‭ em‬‭ que‬‭ há‬‭ uma‬‭ perda‬‭ gradual‬‭ das‬‭ funções‬ cognitivas e da própria identidade do paciente”, explica Simône Lira.‬

Entender‬‭ e‬‭ aceitar‬‭ esse‬‭ sentimento‬‭ é‬‭ o‬‭ primeiro‬‭ passo‬‭ para‬‭ lidar‬‭ com‬‭ a‬‭ situação.‬ Durante‬‭ essa‬‭ fase,‬‭ é‬‭ comum‬‭ que‬‭ os‬‭ familiares‬‭ oscilem‬‭ entre‬‭ momentos‬‭ de‬ esperança‬‭ e‬‭ tristeza‬‭ profunda.‬‭ Segundo‬‭ a‬‭ psicóloga‬‭ especialista‬‭ em‬‭ luto‬‭ do‬‭ Morada‬ da‬‭ Paz,‬‭ é‬‭ importante‬‭ reconhecer‬‭ esses‬‭ sentimentos‬‭ e‬‭ buscar‬‭ suporte,‬‭ seja‬‭ através‬ de‬‭ grupos‬‭ de‬‭ apoio,‬‭ acompanhamento‬‭ psicológico‬‭ ou‬‭ mesmo‬‭ a‬‭ troca‬‭ de‬ experiências com pessoas que estão passando por situações semelhantes.‬

Outro‬‭ ponto‬‭ essencial‬‭ nessa‬‭ jornada‬‭ é‬‭ a‬‭ compreensão‬‭ sobre‬‭ os‬‭ cuidados‬‭ paliativos.‬ Ao‬‭ contrário‬‭ do‬‭ que‬‭ muitos‬‭ pensam,‬‭ eles‬‭ não‬‭ são‬‭ sinônimo‬‭ de‬‭ desistência.‬‭ Pelo‬ contrário,‬‭ os‬‭ cuidados‬‭ paliativos‬‭ têm‬‭ como‬‭ objetivo‬‭ oferecer‬‭ conforto‬‭ e‬‭ dignidade‬‭ ao‬ paciente,‬‭ melhorando‬‭ sua‬‭ qualidade‬‭ de‬‭ vida,‬‭ controlando‬‭ os‬‭ sintomas‬‭ da‬‭ doença‬‭ e‬ proporcionando‬‭ apoio‬‭ psicológico‬‭ e‬‭ emocional‬‭ tanto‬‭ para‬‭ o‬‭ paciente‬‭ quanto‬‭ para‬ seus‬‭ familiares.‬‭ “Os‬‭ cuidados‬‭ paliativos‬‭ ajudam‬‭ a‬‭ família‬‭ a‬‭ encontrar‬‭ equilíbrio‬ durante‬‭ esse‬‭ processo‬‭ e‬‭ a‬‭ oferecer‬‭ ao‬‭ paciente‬‭ o‬‭ máximo‬‭ de‬‭ bem-estar‬‭ possível,‬ sem sofrimento desnecessário”, destaca a Simône.‬

O‬‭ Morada‬‭ da‬‭ Paz‬‭ conta‬‭ com‬‭ um‬‭ serviço‬‭ ativo‬‭ no‬‭ acolhimento‬‭ de‬‭ famílias‬‭ em‬ momentos‬‭ de‬‭ despedida,‬‭ oferecendo‬‭ suporte‬‭ humanizado‬‭ para‬‭ todas‬‭ as‬‭ etapas.‬ Embora‬‭ doloroso,‬‭ o‬‭ luto‬‭ antecipado‬‭ também‬‭ pode‬‭ ser‬‭ um‬‭ tempo‬‭ de‬‭ reconciliação‬‭ e‬ preparação.‬ A‬‭ empresa‬‭ oferece‬‭ suporte‬‭ emocional‬‭ para‬‭ os‬‭ familiares‬‭ que‬‭ passam‬‭ por‬‭ essas‬ situações,‬‭ com‬‭ uma‬‭ abordagem‬‭ que‬‭ visa‬‭ o‬‭ acolhimento‬‭ e‬‭ a‬‭ compreensão‬‭ das‬ particularidades‬‭ de‬‭ cada‬‭ caso,‬‭ contando‬‭ com‬‭ serviços,‬‭ a‬‭ exemplo‬‭ do‬‭ cerimonial‭ fúnebre e o chá da saudade.‬

Simône‬‭ ainda‬‭ ressalta‬‭ a‬‭ importância‬‭ de‬‭ viver‬‭ um‬‭ dia‬‭ de‬‭ cada‬‭ vez:‬‭ “Nem‬‭ sempre‬‭ é‬ possível‬‭ controlar‬‭ o‬‭ que‬‭ está‬‭ por‬‭ vir,‬‭ mas‬‭ é‬‭ essencial‬‭ focar‬‭ no‬‭ presente‬‭ e‬‭ valorizar‬ os‬‭ momentos,‬‭ mesmo‬‭ os‬‭ mais‬‭ simples,‬‭ com‬‭ o‬‭ paciente.‬‭ Isso‬‭ pode‬‭ trazer‬‭ alívio‬ emocional para a família e facilitar o processo de aceitação.”

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Medicinando: avanços da tecnologia na saúde

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Redação do Portal da Capital

O médico e presidente da Cooperativa Unimed João Pessoa, Doutor Gualter Ramalho, publicou nesta segunda-feira (14/10), mais um episódio do projeto ‘Medicinando’. Com um formato de vídeos curtos compartilhados no seu perfil das redes sociais, o anestesiologista aborda temas como gestão, inovação e liderança.

Desta vez, Gualter falou sobre os avanços da tecnologia da saúde e as novas ferramentas que proporcionam melhores atendimentos aos pacientes. O médico abordou principalmente os dispositivos vestíveis, ou wearables, que estão revolucionando a forma de como cuidar da saúde. Esses pequenos dispositivos, como relógios inteligentes, pulseiras e outros acessórios, são capazes de monitorar diversas funções corporais, fornecendo dados valiosos para os pacientes e profissionais de saúde. Permitem realizar busca ativa de dados que auxiliam no monitoramento remoto da saúde dos pacientes.

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Prefeitos ou gerentes de serviços gerais?

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Marchando para seu final, a campanha eleitoral em João Pessoa, maior cidade do Estado, e, com certeza, também em Campina Grande e demais localidades, não conseguiu discutir o que importa para futuro e a real melhoria da qual das pessoas que as habitam.

A constatação única é que as campanhas de praticamente todos os candidatos, partidos, federações e coligações se dedicaram a discutir superficialmente serviços gerais e a promover ataques contra os adversários.

Discutir serviços de forma superficial significa apresentar uma infinidade de propostas para supostamente resolver problemas da saúde, educação, iluminação, limpeza, e toda a problemática das cidades sem uma palavra sobre como efetivamente resolver. Promessas ao evento, terrivelmente falsas quando apresentadas por ex-prefeitos (que não resolveram quando do exercício anterior) e deliberadamente de má-fé quando prometidas por quem nunca teve experiência de mandatos executivos.

Lógico que os serviços essenciais vivem carências profundas e necessitam de mudanças também profundas, mas quem acompanhou a propaganda, entrevistas e debates da campanha sabe que quase tudo do que foi dito não representa solução para os problemas das gestões municipais.

Mais grave ainda é se assistir a uma campanha política, onde as questões mais essenciais para o futuro das cidades e das pessoas fossem seriamente discutidos e levados em consideração, nem superficialmente foram abordados.

Tomando João Pessoa como referência, não se ouviu, ao longo da campanha, nenhuma menção, por exemplo, a questão do planejamento estratégico. À rigor, não se discutiu sequer planejamento simples para uma gestão de 4 anos, que dirá planejamento estratégico. As promessas apresentadas estão mais para amontoado de intenções do que plano de governo. Visavam quase sempre tentar atrair determinados segmentos de eleitores.

Não se pode imaginar qualquer gestão pública sem planejamento estratégico para 20, 30, 50 anos, começando com o presente. Não existe registro de uma campanha política que tenha discutido mais profundamente temas como ocupação do solo urbano, expansão da cidade, reurbanização dos espaços já existentes, controle da especulação imobiliária e desenvolvimento sustentável.

Inimaginável, no tempo presente, um debate sobre gestão pública das cidades que não debata seriamente a questão do meio ambiente, levando-se em consideração a emergência climática. O que se assistiu foram promessas de aumentar o plantio de árvores e da implantação de parques e praças, o mínimo diante do grave contexto vivido nessa área. Não se ouviu uma palavra sobre controle de emissão de gazes poluentes e a busca de atingir o plano carbono zero, obrigação que as cidades precisam assumir; recuperação e despoluição de rios, controle do desmatamento, reflorestamento amplo de zonas urbanas, educação ambiental, ampliação infinita de coleta seletiva, recuperação de áreas degradadas, sem se falar em ações mais ousadas como despavimentação de calçados urbanas com metade grama e árvores e jardins verticais. Nenhum candidato falou em governança ambiental ou climática, o que exprime bem a distância dos prefeitos eleitos e dos que ainda vão na eleger em relação a tema tão emergente.

As campanhas também foram paupérrimas na discussão sobre ciência e tecnologia, uma questão que vem pondo o planeta de cabeça pra baixo e que promete revolucionar tudo nos próximos anos, alterando substancialmente o mundo do trabalho e a vida das pessoas todos os aspectos. Sobre esse prisma, os candidatos até pareciam que estavam lá pelos meados do século passado.

Essa é apenas uma pequena amostra de temas fundamentais para o futuro das cidades e vida no planeta que não mereceram nenhuma atenção nas campanhas eleitorais.

A impressão que ficou, pelo que foi debatido, é que a eleição era destinada a escolher um gerente de serviços gerais das cidades (muitos incompetentes), não um prefeito, cuja origem etnológica lá do latim – praefectus – significava “posto acima dos outros”.

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