Cerca de 40 artesãos participaram, nesta terça-feira (8), do curso ‘Como vender seus produtos nas redes sociais’, dentro do Programa de Capacitação para Artesãos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest) da Prefeitura de João Pessoa. Em 2024, mais de 600 artesãos foram capacitados por meio das iniciativas da Sedest. O curso aconteceu no Centro de Referência do Artesanato Paraibano (CRAP), localizado no bairro de Tambiá.
O professor ministrante do curso foi Iverson Iório. “É muito importante trazer essa visão de como as redes sociais podem ajudar o artesão a postar o seu trabalho, vendê-lo, mostrá-lo para mais pessoas, muitas vezes, alcançando milhões de pessoas. Além do impacto positivo nas vendas, também vai poder se inteirar sobre o que acontece hoje no mundo digital”, destaca.
Para o professor, aparecer hoje nas redes sociais é fundamental. “É um braço do nosso negócio. O nosso negócio hoje ele não é só offline, ele precisa estar dentro do digital e dentro das redes sociais também”, compartilha.
A coordenadora de artesanato do programa ‘Eu Posso Criar’, Camille Aquino, destaca que a realização dos cursos é importante em diversos aspectos para o desenvolvimento do artesão e de seu produto. Segundo ela, são realizados em média dois cursos por mês. “O nosso calendário de cursos é feito após o Salão de Artesanato Paraibano, realizado em João Pessoa no início do ano. Nós fazemos uma pesquisa junto aos artesãos para fazermos os cursos de capacitação voltados para a melhoria da qualidade dos produtos e da capacitação dos profissionais, com base nas demandas encaminhadas pelos próprios artesãos, em parceria com o Programa do Artesanato Paraibano (PAP) e o Sebrae Paraíba”, afirmou.
Lucas Meireles, coordenador do programa ‘Eu Posso Aprender’, da Sedest, informou que o próximo curso, com o tema ‘Identidade Cultural e Novos Produtos’, será realizado no dia 26 de novembro, também no Centro de Referência do Artesanato Paraibano (CRAP). Segundo ele, os interessados em participar podem acompanhar a divulgação da programação através das redes sociais do Laboratório de Inovação e Design para o Artesanato Competitivo (@labin_pb) ou entrar no grupo de WhatsApp através do número (83) 98654-9031.
A artesã Ana Aragão (@analuciaaragao), que trabalha com costura criativa e patchwork, fala sobre a sua participação no Programa de Capacitação para Artesãos da Sedest. “Esse programa tem feito, de fato, a diferença no meu trabalho. Desde o primeiro curso que fiz sobre ‘Precificação’; depois ‘Uso das cores’; ‘Como fotografar’ e agora ‘Como vender seus produtos nas redes sociais’. Todo esse caminho percorrido tem sido fundamental para melhorar o meu trabalho. Então, para mim, esse programa foi um verdadeiro achado, fantástico. A gerência do programa tem sido muito cuidadosa, muito zelosa com todos”, disse.
“A primeira mudança foi na minha autoestima e também eu estava fazendo o artesanato apenas para preencher meu tempo depois que me aposentei. E agora eu vejo isso com uma postura melhor. Depois dos cursos eu já consegui entregar mais produtos, já consegui pensar outras formas de trabalhar o produto e me organizar melhor. Então, esse programa tem contribuído para passar de uma coisa muito artesanal para algo mais profissional”, complementou.
O artesão João Carlos soube do curso através da esposa, que também é artesã. “Esse já é o segundo curso. Estou achando muito bom, muito interessante e tenho aprendido bastante e pretendo aplicar no meu trabalho”. Ele é aposentado e trabalha com macramê, com confecção de peças de roupa de praia, saída de banho, sousplat, colares, pulseiras e corujas ornamentais. “Com esse curso já estou cheio de novas ideias para fazer a divulgação do meu trabalho. Desde 2020 que eu venho fazendo esse trabalho, mas nas redes sociais eu estou iniciando agora. A minha rede social é @macramedolitoral”, revela.
Sua esposa, a artesã Junanci Meireles, trabalha com crochê. “Principalmente na parte de decoração para o lar. E também faço um pouco de bordado em vagonite em pano de prato e toalhas”, reforça. Ela conta que o gosto para trabalhar com artesanato herdou da mãe. “Eu acompanhava minha mãe desde pequenininha nos cursos. Daí eu fui desenvolvendo também. Só que agora, na melhor idade, é que eu venho me dedicando mais”.
Ela conta que estava ansiosa para fazer esse curso sobre as redes sociais. “Eu estava querendo muito fazer para melhorar nas divulgações e conseguir vender pelas redes sociais e também perder o medo, principalmente de fazer vídeo. Tenho muito receio de aparecer, mas aí tenho que perder esse medo. Como diz o ditado popular: Quem não é visto, não é lembrado”, reforça. Seu interesse é divulgar o trabalho que realiza no projeto ‘Ondinas de Cabedelo’ e na Associação das Artesãs de Cabedelo.