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Sistemas das Eleições 2024 são assinados digitalmente e lacrados em cerimônia pública no TSE

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou, na terça-feira (10), às 12h, a Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas Eleitorais, no edifício-sede do Tribunal, em Brasília. O evento marcou o encerramento do ciclo de desenvolvimento dos programas das urnas eletrônicas e dos sistemas eleitorais a serem utilizados no 1º e no 2º turno das Eleições Municipais de 2024, que vão ocorrer nos dias 6 e 27 de outubro, respectivamente.

Os sistemas eleitorais na forma de programas-fonte executáveis foram apresentados às entidades fiscalizadoras, conferidos e assinados digitalmente e fisicamente pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, pelo vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, pelo presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, pelo diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e pela representante do Partido Podemos, Marcelli de Cássia Pereira da Fonseca.

As mídias físicas também foram assinadas pelo vice-presidente do TSE, ministro Nunes Marques, pelos ministros do Tribunal Cristiano Zanin, que é diretor da Escola Judiciária Eleitoral (EJE) do TSE, Floriano de Azevedo Marques, Ramos Tavares e pela ministra Isabel Galotti, além dos representantes da OAB-DF, João Marcos de Carvalho Pedra; do Conselho Federal da OAB, Sidney Sá das Neves; do Partido Verde (PV), Fabiana Ortega Severo; do Partido Avante, Bruno Rangel; e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Eduardo Firmino. Em seguida, os sistemas eleitorais foram lacrados e armazenados.

A cerimônia contou com a apresentação de vídeo institucional sobre o período de inspeção dos códigos-fonte da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais.

Integridade   

No pronunciamento, a ministra Cármen Lúcia afirmou que a cerimônia de lacração encerra qualquer possibilidade de burlar a integridade dos sistemas eleitorais, que, durante um ano, passaram por todas as etapas de fiscalização.

“Portanto, essa integridade foi testada e a urna se mostra absolutamente segura, o sistema confiável e o processo eleitoral brasileiro íntegro. Assim, cada eleitor poderá exercer o seu direito político fundamental e escolher quem vai representá-lo no próximo mandato [dos cargos] de vereador e prefeito”, ressaltou a ministra, que lembrou que o processo de preparação dos sistemas de uma eleição começa assim que termina o pleito anterior.

“A democracia não é retórica. É uma experiência de vida que a gente pratica todos os dias. No dia 6 de outubro, essa prática é posta nos números de [quase] 156 milhões de brasileiras e brasileiros por meio do voto. Esse chamamento ao voto é um convite para que cada um se responsabilize por este Brasil. A minha é uma geração que lutou muito para chegarmos ao direito de votar. Portanto, para nós é um valor imprescindível como deve ser para todo democrata”, afirmou a presidente do TSE.

A ministra Cármen Lúcia destacou a importância de se votar em um pleito municipal. “É em um município que a gente mora que a gente exerce todos os dias as nossas alegrias, as nossas tristezas, incluídas aí as tristezas cívicas, por muita coisa que não funciona e que poderia funcionar. Funcionará melhor no dia em que cada cidadã e cada cidadão brasileiro se sensibilizar pelo que é o voto na vida dele, pelo que é o voto para todas as outras pessoas na sua cidade”, disse a magistrada.

Quatro aspectos

Já o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente, destacou que colocadas as assinaturas digitais nos sistemas eleitorais, nada poderá ser alterado neles. Valente disse que a cerimônia desta terça-feira pode ser vista em quatro aspectos relevantes.

São eles:

  • o aspecto normativo, que obedece a Resolução TSE 23.673, de 2021, que trata dos procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação, dando ampla visibilidade aos sistemas;
  • o aspecto simbólico, representado pelo próprio término do desenvolvimento dos sistemas eleitorais, ou seja, o TSE afirma que os sistemas estão prontos para as eleições de outubro;
  • o aspecto da segurança do processo, pois, após as assinaturas, mesmo que o TSE queira, nada pode ser alterado nos sistemas, o que representa uma segurança para todos os atores envolvidos;
  • por fim, o aspecto da referência, pois grande parte das 40 etapas de fiscalização e auditoria do processo eleitoral toma como base justamente os sistemas agora assinados.

“Nós iniciamos esses sistemas, os desenvolvemos, os robustecemos e testamos longamente. Hoje nós concluímos esses sistemas com as assinaturas digitais. Essas assinaturas são como as assinaturas em um contrato, de forma que, a partir do momento em que o contrato está assinado, nada pode ser alterado nele”, explicou o secretário de TI.

OAB

Ao falar na solenidade, o presidente do Conselho da OAB, Beto Simonetti, afirmou que, para a Ordem dos Advogados do Brasil, importa verificar a legalidade e a legitimidade de cada passo do processo eleitoral, sempre de forma apartidária. “Nas eleições é importante reiterar que não temos partido, não temos candidato e muito menos fazemos oposição. A nossa missão é defender os interesses da advocacia e da cidadania por meio da garantia da aplicação da lei e da supremacia da vontade popular”, disse.

Ministério Público Eleitoral

De acordo com o vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, os sistemas eleitorais, assinados digitalmente e lacrados na sala-cofre do TSE, passaram por mais um ciclo de aperfeiçoamento acompanhado pelas entidades fiscalizadoras e por outros representantes da sociedade civil.

“O Ministério Público é testemunha dos esforços que vêm sendo empregados pela Justiça Eleitoral, ano após ano, para tornar nosso sistema eleitoral cada vez mais transparente, confiável e auditável. A integridade dos nossos sistemas de votação e apuração é reafirmada a cada novo pleito, o que fortalece a nossa democracia e nos torna modelo para o mundo em razão da realização de eleições seguras e eficazes”, disse Espinosa.

Inviolabilidade

A assinatura digital assegura que o ciclo de desenvolvimento dos softwares dos sistemas eleitorais foi encerrado e que eles não serão mais modificados. O procedimento também garante a autenticidade do programa, confirmando que ele tem origem oficial e que foi gerado pelo TSE.

O que é a lacração dos sistemas?

A lacração nada mais é do que um procedimento matemático que confere uma blindagem em todo o conjunto de sistemas, dando-lhes dois atributos: a autoria do TSE e a integridade. Assim, é possível ter certeza de que não houve nenhuma adulteração dos programas que foram desenvolvidos pela Justiça Eleitoral.

Existe ainda a lacração física dos sistemas, que consiste na gravação dos programas assinados em mídia não regravável e no seu posterior acondicionamento em envelope assinado fisicamente e guardado na sala-cofre do TSE.

Conforme previsto no calendário eleitoral, após a Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas Eleitorais, a próxima etapa será distribuir aos tribunais regionais eleitorais (TREs) cópias dos programas lacrados para que possam ser inseridos nas urnas eletrônicas, juntamente com os dados de eleitoras, eleitores, candidatas e candidatos.

Transparência

Desde outubro do ano passado, quando foi lançado o “Ciclo de Transparência – Eleições 2024“, os códigos-fonte da urna eletrônica e dos sistemas eleitorais ficaram disponíveis para inspeção pelas entidades fiscalizadoras que representam a sociedade. Ao todo, compareceram à sede do TSE representantes de cinco instituições: Ministério Público Federal (MPF)União Brasil (União);  Sociedade Brasileira de Computação (SBC);  Senado Federal; e Controladoria-Geral da União (CGU).

A abertura dos códigos-fonte é um procedimento obrigatório e realizado pelo TSE um ano antes de cada eleição. A auditoria é realizada desde 2002 e está prevista na Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997). Tradicionalmente, a inspeção era feita nos seis meses antes das eleições. A partir do pleito de 2022, no entanto, o período foi ampliado.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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