O programa Espaço Cultural, na Rádio Tabajara (105,5 FM) traz uma entrevista com o cineasta paraibano Lúcio Vilar, nesta quinta-feira, dia 12. Editado e apresentado pelo jornalista Jãmarrí Nogueira, o programa realizado pela Funesc vai ao ar das 22h até a meia-noite (tocando apenas a cena musical do nosso estado).
A playlist entrecortando a entrevista terá músicas de Zé Ramalho, Vital Farias, Cátia de França, Geraldo Vandré, Elba Ramalho e Seu Pereira & Coletivo 401. O Espaço Cultural também tem transmissão pelo site da emissora. Antenado com as convergências de plataformas, o programa – que só toca música da Paraíba – pode ser ouvido pelo site https://radiotabajara.pb.gov.br/radio-ao-vivo/.
Mês passado, Lúcio foi protagonista de um momento histórico para o cinema paraibano. Ele esteve em Los Angeles e em San Diego (San Diego State University), na Califórnia, nos Estados Unidos, participando de dois eventos em torno da produção audiovisual paraibana.
Tudo isso sob a chancela do Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro que este ano chega à sua décima nona edição. Convidado da instituição acadêmica americana, o professor do Departamento de Mídias Digitais da UFPB, Lúcio Vilar, produtor e curador do mais antigo festival paraibano, mostrou aos espectadores americanos o longa-metragem ‘Desvio’ (de Arthur Lins, vencedor do Fest Aruanda 2019) e o curta ‘Era uma noite de São João’ (de Bruna Velden).
Em San Diego, foram exibidos fragmentos do primeiro longa-metragem (‘silencioso’) produzido por Walfredo Rodriguez na Paraíba, ‘Carnaval Paraibano e Pernambucano’, de 1923, localizado na Cinemateca Brasileira em 2015, e telecinado a partir de pesquisa e tese de doutorado defendida pelo professor Lúcio Vilar na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).
Além das exibições especiais e debates, houve a oficialização de uma política de cooperação entre as duas universidades. Ambas as ações têm o selo do Centro de Estudos Brasileiros Behner Stiefel, através da docente Kristal Bivona (Phd), da American Cinematheque e do Consulado Geral do Brasil, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
A Mostra Aruanda Los Angeles/San Diego ocorreu no tradicional cinema de rua ‘Los Feliz 3’ (fundado em 1934), onde foram exibidos os filmes paraibanos. Houve debate logo em seguida sobre essas produções que são expressão do que ficou conhecido como ‘primavera do cinema paraibano’, dada a quantidade de filmes produzidos e lançados entre 2018/2019, sobretudo de longas ficcionais.
Além desse evento, Vilar fechou parceria para que filmes de realizadores (curtas-metragistas) do curso de cinema da San Diego State University participem de uma mostra especial no Fest Aruanda deste ano, agendado para o período de 5 a 11 de dezembro.
Lúcio Vilar – Jornalista, escritor, docente e cineasta, é o realizador do Fest Aruanda (um dos maiores festivais de cinema do País, que acontece anualmente em João Pessoa há quase duas décadas). Nascido em Cajazeiras, ele é professor doutor na UFPB e já exerceu a função de repórter no Caderno 2 do jornal Correio da Paraíba, além do trabalho em emissoras de rádio.
Foi fundador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Produção Audiovisual (Neppau). Em 2012, Lúcio foi secretário de Cultura do município de João Pessoa (diretor Executivo da Fundação Cultural/Funjope). Lúcio Vilar tem uma grande pesquisa sobre a história dos documentários paraibanos, desde a década de 1910 e 1920. Um estudo para compreender a marca da Paraíba na história do cinema brasileiro. Lúcio trabalhou na direção, roteiro e produção dos documentários: ‘O menino e a bagaceira’, ‘Pastor de ondas’, ‘Aruandando’, ‘Camará – O que eu sei contar é isso!’ e ‘Kohbac – A maldição da câmera vermelha’.