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Hugo Motta completa 35 anos de idade neste setembro e pode ser o mais jovem presidente da Câmara

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O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) completa 35 anos na próxima quarta-feira (11/09) e, se for escolhido como o candidato de Arthur Lira (PP-AL), Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) à presidência da Câmara, tem tudo para sacramentar uma característica marcante de sua até agora curta carreira política, além de bater um recorde.

Como lembra esta matéria originalmente publicada pela Folha, Motta está em seu quarto mandato e sempre se destacou pela boa relação com as diversas correntes políticas na Câmara, além de estar na órbita dos poderosos —foi um dos principais aliados de Eduardo Cunha, que presidiu a casa em 2015 e 2016, e também se manteve próximo aos sucessores Rodrigo Maia (2016-2021) e Arthur Lira (desde 2021).

O recorde será superar Luís Eduardo Magalhães —que virou presidente da Câmara em 1995 próximo de completar 40 anos— e se tornar o mais jovem presidente da Casa do atual período democrático.

Assim como Lira, o estilo político de Motta privilegia a atuação de bastidores. Em termos legislativos, sua atuação mais marcante se deu em relatorias e funções dadas a ele pelos últimos presidentes da Casa.

Desde que chegou à Câmara, em 2011 e com apenas 21 anos de idade, somente duas proposições em que ele consta como autor aparecem como tendo sido transformadas em lei, ambas assinadas coletivamente por vários deputados.

Trata-se da proposta que disciplinou na Constituição a carreira de agentes de trânsito e a chamada PEC da Anistia, que neste ano perdoou partidos políticos e diminuiu a verba eleitoral de negros.

Motta foi retirado do chamado baixo clero da Câmara —o grupo sem expressão política nacional— quando Cunha assumiu a liderança do MDB, em 2013.

Em fevereiro de 2014, Cunha emplacou o afilhado político na presidência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, uma das principais da Casa.

No ano seguinte, já em meio ao turbilhão político que resultaria no impeachment de Dilma Rousseff (PT), cuja mobilização tinha em Cunha um de seus principais líderes, Motta foi colocado na presidência da CPI da Petrobras.

À época, ele contratava uma das filhas do então presidente da Câmara, a hoje deputada Dani Cunha (União Brasil-RJ), para lhe prestar serviços de comunicação. A CPI foi articulada por Cunha e teve como principal foco as acusações de corrupção contra o PT oriundas da Operação Lava Jato.

Descrito como sereno e pacificador por colegas, Motta patrocinou em uma das sessões um dos raros momentos em que discutiu aos berros com um colega. “Não tenho medo de grito. E da terra de onde eu venho, homem não me grita”, disse na ocasião a Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), hoje prefeito de Belém.

Motta também foi o nome escolhido por Cunha para liderar a bancada do MDB no início de 2016, mas acabou derrotado. Em abril daquele ano, o então apadrinhado de Cunha votou a favor do impeachment de Dilma.

“Com o orgulho de representar nesta Casa o povo do meu estado, a Paraíba, convicto ainda mais da necessidade de uma união nacional depois deste processo, para que o Brasil retome o seu crescimento e o seu desenvolvimento, eu voto sim”, falou à época ao microfone.

Nesta quarta (4), em reunião com Lula, Motta justificou seu posicionamento na cassação de Dilma. De acordo com relatos, disse que chegou a alertar Cunha de que ele estava errado ao dar prosseguimento ao impeachment.

Motta não compareceu à sessão em que Cunha teve o mandato cassado, cinco meses após a votação do impedimento da petista.

A Folha procurou o deputado e Cunha nesta quarta, mas não houve resposta.

Mesmo após a queda do padrinho, Motta continuou próximo aos sucessores. Rodrigo Maia direcionou ao parlamentar, por exemplo, a importante relatoria da chamada PEC do Orçamento de Guerra, durante a pandemia da Covid-19. Sob Lira, ele ficou com a relatoria da renegociação das dívidas estudantis do Fies.

Motta trocou em 2018 o MDB pelo Republicanos e é aliado de outros políticos de peso, como o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro e aliado de Bolsonaro.

Entre pares, é descrito como alguém que não é nem governista nem oposicionista.

Ele esteve nas bases de apoio dos governos de Michel Temer (MDB) e Bolsonaro e, agora, sob Lula, adota um discurso de independência —apesar de, no final de 2022, ter sido contra a aprovação da PEC que deu uma folga orçamentária ao petista em 2023.

Motta vem de família de políticos. Seu avô foi deputado federal, sua avó Francisca Motta (Republicanos) é deputada estadual e seu pai, Nabor Waderley (Republicanos), é prefeito e candidato à reeleição de Patos (PB).

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Levantamento revela que 50% de cidades da PB relatam desabastecimento de vacinas por parte do MS

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Redação do Portal da Capital

O abastecimento de vacinas realizado pelo Ministério da Saúde (MS) está sendo falho em, pelo menos, 50% das cidades localizadas em território paraibano. A informação foi revelada através de um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) na sexta-feira (13/09).

De acordo com o levantamento, os Municípios estão enfrentando uma realidade desafiadora, marcada pela escassez de vacinas e pela distribuição irregular de doses, o que tem comprometido gravemente a capacidade dos Entes públicos locais de atender à demanda da sua comunidade.

Dados da pesquisa conduzida pela CNM apontam que 64,7% (1.563) dos Municípios participantes relataram falta de vacinas para imunizar, principalmente as crianças brasileiras, devido à não distribuição pelo Ministério da Saúde. Alguns Municípios sinalizaram a falta de determinadas vacinas há mais de 30 dias, outros há mais de 90 dias.

A vacina contra a varicela protege crianças de quatro anos da catapora, pois nesta idade é aplicado o reforço. O imunizante falta em 1.210 Municípios respondentes, com uma média de desabastecimento superior a 90 dias. A vacina contra a Covid-19 para crianças também apresenta escassez, afetando 770 Municípios que responderam à pesquisa, com uma média de 30 dias sem o imunizante.

Além disso, a vacina Meningocócica C, que protege contra infecções graves e fatais, como a meningite, está indisponível em 546 Municípios, com um período médio de 90 dias. Outras vacinas também foram registradas em falta nos Municípios participantes da pesquisa, como: a Tetraviral, que combate o sarampo, a caxumba e a rubéola, em 447 Municípios; a Hepatite A, em 307 Municípios; e a DTP, que combate a difteria, o tétano e a coqueluche, em 288 Municípios.

O recorte por região feito pelo levantamento apontou que o percentual de Municípios com falta de vacinas alcançou 68,5% no Sudeste (595), 65,1% no Sul (395) e Nordeste (370), 63% no Centro-Oeste (136), e 42,9% no Norte (67).

A vacinação em tempo oportuno protege as crianças de doenças que podem causar incapacidade e levar à morte. Isso traz consequências graves e imediatas para a saúde pública, comprometendo o controle de doenças preveníveis e aumentando as internações hospitalares.

Por fim, é importante ressaltar que outro estudo da CNM, realizado no início de 2024, demonstrou que, nos últimos cinco anos, as metas de coberturas vacinais de rotina não foram alcançadas no país, exceto a BCG em 2022. Em 2023, justamente, a vacina contra a Meningocócica C teve cobertura de 82,5%, abaixo da meta de pelo menos 95%.

A CNM, preocupada com a proteção da população brasileira, alerta que é grave a falta de vacinas nos Municípios e há uma urgência de o Ministério da Saúde disponibilizar os imunizantes para vacinar as crianças e suas famílias.

Clique aqui e confira a íntegra do levantamento.

Confira o infográfico:

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MPF vai atuar de forma coordenada para combater influência de organizações criminosas nas eleições

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Redação do Portal da Capital

A Procuradoria-Geral Eleitoral e a Câmara Criminal do Ministério Público Federal (2CCR) tomaram providências para realizar um trabalho integrado entre os diferentes ramos da instituição, com o objetivo de identificar e combater a atuação de organizações criminosas no processo eleitoral. Ofícios enviados esta semana orientam que os procuradores e promotores eleitorais elaborem em conjunto com Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea/MPF) uma estratégia nacional para investigar e compartilhar dados relacionados ao tema. Os documentos pedem ainda que os procuradores informem as providências adotaras à PGE e à Câmara Criminal, no prazo de 10 dias, diante da proximidade das eleições municipais.

A medida atende à Resolução nº 297/2024, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), aprovada nessa quinta-feira (12) pelo colegiado e assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. A norma determina uma ação coordenada entre o MP Eleitoral, os Gaecos e os Núcleos de Inteligência dos Ministérios Públicos Federal, Estaduais e do Distrito Federal e Territórios. De acordo com a resolução, essas instituições devem trocar informações e estratégias para identificar e desmantelar redes criminosas que tentem influenciar o processo eleitoral, seja por meio de financiamento ilícito de campanhas ou de corrupção eleitoral. O regramento está alinhado com a Lei nº 12.850/2013, que incentiva a cooperação entre órgãos de investigação e segurança pública no combate ao crime organizado.

“A higidez eleitoral não pode ser contaminada pela influência das organizações criminosas sob pena de se comprometer o regime democrático. Isso demonstra a importância da Resolução nº 297/2024 emitida pelo CNMP”, ressalta o subprocurador-geral da República e coordenador em exercício da 2CCR, Carlos Frederico Santos. Já o vice-procurador-geral Eleitoral, Alexandre Espinosa, destaca a importância dos diferentes ramos do Ministério Público unirem esforços para assegurar a escolha livre do eleitor, o combate à criminalidade e o equilíbrio da disputa eleitoral.

O envio dos ofícios busca assegurar a adoção de providências e estratégias imediatas, para conferir  efetividade à norma do CNMP. Os documentos também orientam a realização de reuniões entre os integrantes dos Gaecos, das unidades de inteligência e os procuradores regionais eleitorais, com o objetivo de traçar estratégias e ações preventivas ou de eventual combate ao crime.

Resolução – O artigo 3º da resolução do CNMP estabelece que as instituições envolvidas devem criar rotinas para a troca imediata de dados sobre fatos relacionados à influência de grupos criminosos no pleito. A norma destaca a importância de manter o sigilo e a proteção de informações sensíveis durante essas operações. Em outro trecho, prevê que o MP Eleitoral e os Gaecos utilizem ferramentas tecnológicas avançadas para monitorar e reprimir atividades criminosas a fim de assegurar a lisura e a legitimidade das eleições.

A resolução também autoriza que o MP Eleitoral solicite apoio operacional dos Gaecos e Núcleos de Inteligência dos MPs para a condução de investigações e operações de campo. No entanto, ressalta a necessidade de observância às limitações legais e constitucionais, como a preservação de direitos e garantias fundamentais e o respeito ao sigilo das informações.

O Conselho Nacional do Ministério Público, por meio da Coordenação da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), ficará responsável por impulsionar e apoiar o cumprimento da norma. A Enasp poderá contar com o suporte de outros órgãos, como a Vice-Procuradoria-Geral Eleitoral, a 2CCR e o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), vinculado ao Conselho Nacional de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG).

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Eleições 2024: hoje é o último dia para envio da prestação parcial de contas eleitorais

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Redação do Portal da Capital

Partidos políticos, candidatas e candidatos devem apresentar as contas parciais de campanha à Justiça Eleitoral até as 23h59 desta sexta-feira (13). A prestação deve conter informações sobre as movimentações financeiras e estimáveis efetuadas até 8 de setembro, identificar doadores e fornecedores, bem como detalhar receitas e despesas. A entrega deve ser feita por meio do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE).

Candidatos e órgãos partidários, em todas as suas esferas, têm o dever de prestar contas à Justiça Eleitoral, mesmo se houver ausência de movimentação de recursos de campanha, financeiros ou estimáveis.

A obrigatoriedade está prevista na Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.607/2019, conforme disposto na Lei das Eleições, e tem como objetivo impedir distorções no processo eleitoral, abuso de poder econômico e desvios de finalidade na utilização dos recursos recebidos, além de preservar a igualdade de condições na disputa eleitoral.

Todas as informações financeiras prestadas à Justiça Eleitoral serão divulgadas publicamente a partir de domingo (15), na página de cada candidata ou candidato, por meio do Sistema de Divulgação de Candidaturas e de Prestação de Contas Eleitorais(DivulgaCandContas), observadas as diretrizes para tratamento de dados pessoais.

Descumprimento

Deixar de informar a prestação de contas parcial dentro do prazo previsto ou fazer a sua entrega sem comunicar a efetiva movimentação de recursos caracteriza infração grave, que será apurada no julgamento da prestação de contas final pelo respectivo relator do processo.

A não apresentação da parcial também pode comprometer a regularidade das contas, em eventual manifestação técnica sobre a análise dos dados.

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