Uma apresentação da Companhia de Teatro Carroça de Mamulengos marcou, nesta quarta-feira (04), a abertura do 4º Festival de Arte na Primeira Infância (Fapi), cujo tema é ‘Estado de poesia: para viver e sentir’. As apresentações culturais que deram início ao festival aconteceram no Teatro Pedra do Reino, no Centro de Convenções de João Pessoa. O evento é organizado pela Secretaria de Educação e Cultura de João Pessoa (Sedec-JP), por meio da Diretoria de Ensino, Gestão e Escola de Formação (Degef) e do Departamento de Educação Infantil (DEI).
A secretária de Educação de João Pessoa, América Castro, definiu o momento como um crescimento da educação infantil. “Além do cuidado com a Educação Infantil, a gente está trazendo todo um aparato cultural de arte pedagógica dentro das nossas unidades e, também, sem esquecer, a parte tecnológica que está dentro da rede. A gente comemora o início desse festival de arte, onde são os nossos alunos sendo artistas, atores, poetas, poetisas e depois pintores, pois vai ter a exposição também”, resumiu.
A diretora de Ensino, Gestão e Escola de Formação, Clévia Carvalho, ressaltou que a formação das crianças em João Pessoa é pensada desde a tenra idade. “A gente pensa numa perspectiva de integralidade. E a arte nos faz, nos compõe como pessoa. Isso precisa estar no centro das unidades educacionais como objeto de vivência, de experiência com as crianças. Por isso esse evento, que tem essa grandiosidade, nesse primeiro momento, aqui no teatro, com todos os profissionais da educação infantil, mas ele reflete todo um trabalho que vem sendo realizado com as crianças nas unidades”, ressaltou.
O autor, poeta e cronista paraibano André Ricardo Aguiar foi um dos homenageados e estava encantado com a forma como a educação vem brindando os pessoenses com a arte. “Eu enxergo como um grande movimento de fazer com que práticas e políticas de inclusão reforcem mais ainda o valor da literatura, não só para a infância, como também para o pessoal adulto. São movimentos importantes de reconhecimento do trabalho das professoras também”, falou.
A professora Claudessy Tavares Alves, da Cemei Menino Jesus, no bairro do Geisel, falou do resgate da cultura popular para levar a tradição até as crianças. “O evento foi maravilhoso, está sendo maravilhoso. Na verdade, trazer arte na educação infantil é resgatar a infância das crianças nessa cultura maravilhosa. Não só das crianças, como nós, professoras. Todos nós temos uma infância regada de brincadeira, de música, e ver esse espetáculo só engrandece o nosso currículo como professora”, declarou.
A abertura do festival contou, ainda, com uma apresentação artística do grupo de dança da educação infantil da Rede Municipal de João Pessoa, que tem como coreógrafa a professora Priscila Lacerda. Nesta 4ª edição do festival serão propostas vivências com o universo da poesia, através de processos lúdico-artísticos, possibilitando experiências estético-visuais, ampliando o repertório cultural do imaginário infantil em suas diversas linguagens: corporais, verbais, visuais e musicais.
E quem também esteve no evento foi Lucas Santos da Silva, o pai do pequeno Luís Mateus, de 5 anos. Mateus estava no palco enquanto o pai se emocionava na plateia. “Eu gostei, porque é um aprendizado para ele e para nós também. Ele ficou feliz, muito feliz em participar, estava muito ansioso. Ele não me viu na plateia, até procurou, mas tem muita gente, mas ele sabe que eu estava aqui com a irmã Luiza”, contou.
Carroça de Mamulengos – É uma companhia de arte, circo e teatro criada por Carlos Gomide, em 1977, em Brasília. Em 1982, Carlos conheceu a atriz brasiliense Shirley França, com quem teve oito filhos: Maria, Antônio, Francisco, João, os gêmeos Pedro e Mateus, e as gêmeas Luzia e Isabel. Todos nasceram e cresceram dentro dos espetáculos. Através de profundas vivências com mestres de diversas manifestações brasileiras, o Carroça lapidou uma linguagem estética singular que norteia suas criações.