A equipe de Neurocirurgia do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente à rede estadual de saúde e gerenciado pela Fundação PB Saúde, realizou com sucesso, neste mês de agosto, um procedimento para implantar um moderno marcapasso cerebral em uma adolescente de 15 anos. O equipamento possui uma tecnologia mais avançada com bateria recarregável, em que a própria paciente e os familiares podem checar o nível da bateria e fazer a recarga, semelhante ao que fazemos com o uso do celular.
De acordo com o coordenador do Ambulatório de Neurocirurgia Funcional do Metropolitano, Emerson Magno, a paciente possui o diagnóstico de distonia generalizada – uma doença genética que causa contrações musculares involuntárias levando à mudança de postura, muitas vezes tremor e dor intensa e já vinha sendo acompanhada pela equipe do Metropolitano desde 2021.
“Ela passou por uma cirurgia aqui no hospital aos 12 anos, em que também foi um sucesso. O aparelho implantado anteriormente cumpriu o tempo de vida útil previsto, de 3 anos, e tratou os distúrbios do movimento que ela apresentava. Mas agora a nossa equipe celebra a possibilidade de proporcionar ainda mais qualidade de vida para a paciente com um novo modelo mais moderno e mais seguro”, destacou o neurocirurgião responsável pelo caso.
A mãe da jovem, Suelene da Silva, contou que, após a primeira cirurgia, os resultados foram ótimos, mas há cerca de um mês a menina começou a apresentar dores e rigidez muscular, tendo sido constatado, após consulta de rotina, que a bateria havia descarregado. “Aqui a gente só tem a agradecer a toda equipe do hospital por todo atendimento e acolhimento que recebemos desde a primeira cirurgia, em 2021. Desde lá, a cada dois meses voltamos aqui para o Dr. Emerson acompanhar e por isso foi possível verificar que a bateria do marcapasso descarregou. Agora com essa nova bateria recarregável vamos evitar que ela volte a ter dores e continue levando uma vida normal”, relatou emocionada a mãe da paciente.
Método moderno – Para verificar o nível de bateria e fazer a recarga, Emerson Magno informou que a paciente encosta sob a pele dela um sensor e através da pele é feita a recarga. “O processo é indolor e dura cerca de 30 minutos, até uma hora em alguns casos. Isso garante que ela tenha a terapia por um tempo mais prolongado”, informou Emerson.
A diretora hospitalar, Louise Nathalie, destacou que o Metropolitano é referência para esses tipos de distúrbios de movimento e para ter acesso ao serviço ambulatorial o paciente precisa ir à uma unidade de saúde de qualquer município paraibano e receber o primeiro atendimento. A unidade emitirá uma Autorização de Procedimentos Ambulatoriais que será levada para a regulação municipal. A Regulação Municipal enviará um e-mail com a solicitação para Regulação Estadual que irá agendar o atendimento no ambulatório do Hospital Metropolitano.
Para o superintendente da PB Saúde, Alexandre Bento, o compromisso e os investimentos na rede SUS são primordiais para que seja oferecido um serviço de qualidade que conta com equipamentos de alta tecnologia. “Poder proporcionar mais qualidade de vida para todos que buscam o SUS é muito gratificante. Mas isso só é possível devido ao compromisso e investimento do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, juntamente com a PB Saúde, na busca constante de oferecer um serviço de qualidade a todos os paraibanos.