A Prefeitura de João Pessoa, por meio de uma parceria entre a Secretaria Executiva de Integridade, Governança e Prevenção à Corrupção (SEIG) e Fundação Cultural (Funjope), lançou, nesta segunda-feira (12), o cordel ‘Farol da Ética’, escrito pela cordelista Claudete Gomes, vice-presidente da Academia de Cordel do Vale do Paraíba. A produção traduz, de forma popular e acessível, as proibições e orientações para o comportamento dos agentes públicos.
“Esta é uma ação que nós fizemos em parceria com a SEIG que nos motivou muito. Estamos fazendo um duplo movimento de valorizar a literatura de cordel e, ao mesmo tempo, por meio desse procedimento literário, aproximar as pessoas desse código de conduta da ética pública. Isso é muito significativo para todos nós da Funjope. Desde já, agradeço à Secretaria e à artista Claudete Gomes pelo seu desempenho”, afirmou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Kleber Marques, secretário de Integridade, Governança e Prevenção à Corrupção da Capital, explicou que o código de conduta do servidor não existia. Ele foi elaborado e instituído, mas por ter a linguagem jurídica é difícil. “O desafio era divulgar essas leis complexas de uma forma acessível. Se pensou em uma revistinha, um gibi, uma poesia, e surgiu a ideia, junto com a Funjope, de aproveitar os artistas locais, e trazer uma linguagem fácil, didática e que pudesse, dentro do nosso regionalismo, da nossa cultura, passar, primeiramente para os nossos servidores e depois para o cidadão, como devem trabalhar os servidores de João Pessoa. Daí, surgiu a ideia do cordel Farol da Ética”, explicou.
A intenção é distribuir exemplares do cordel para todas as secretarias municipais. O documento também vai ficar disponível no portal da prefeitura em breve, com uma linguagem simples, interativa e engraçada de aprender.
“A artista Claudete Gomes conseguiu passar todo o conteúdo da norma para dentro de um cordel, numa linguagem fácil, simples e interessante de se ler. A ideia é que a gente consiga levar a norma para o nosso servidor de uma forma mais extrovertida. O cordel veio para quebrar essa questão de uma lei para exigir e transformar numa linguagem fácil, simples, engraçada e extrovertida. É o compromisso que o servidor de João Pessoa tem que ter para com ele mesmo, para com o governo e para o cidadão, para que a gente consiga executar um serviço público com ética, com qualidade, transparência e integridade”, frisou Kleber Marques.
Já a cordelista Claudete Gomes destacou que, para fazer um cordel é preciso estudar e com esse não foi diferente, já que o documento original trouxe a legislação com sua linguagem rebuscada.
“Pegar uma legislação que, normalmente, tem uma escrita séria, bem formal e trazer ela para ficar mais acessível foi uma delícia, um prazer, foi muito gostoso. Quando recebi esse convite, gostei muito porque é uma coisa que eu gosto de fazer e que acredito que vai contribuir. Pegar a escrita jurídica e transformar numa linguagem mais simples, mais acessível, vai gerar o interesse maior para as pessoas compreenderem e se identificarem”, completou.