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Itinerários literários de duas obras de José Américo são temas de pesquisa na FCJA

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O processo de produção, circulação e estratégias editoriais de duas obras do patrono da Fundação Casa de José Américo (FCJA), escritas na década de 1920, é objeto de pesquisa já em ação na instituição sediada em João Pessoa. Com o título ‘De A Paraíba e Seus Problemas à A Bagaceira: itinerários de José Américo de Almeida’, o subprojeto recém-iniciado deve apresentar os primeiros resultados em março de 2025.

Integrando o projeto geral ‘Preservação da memória e difusão educativa, cultural e científica do acervo da Fundação Casa de José Américo’, esse subprojeto é coordenado pelo professor Luiz Mário Dantas Burity, da Universidade Estadual da paraíba (UEPB), com participação dos pesquisadores Huerto Eleuterio Pereira de Luna (Letras/SEE-PB) e Janyne Paula Pereira Leite Barbosa (História/SEE-PE), com iniciação tecnológica de Lívia Maria Silva Ferreira de Matos (Letras/UFPB) e Valéria Farias de Sousa (Letras/UFPB).

Em plena atividade desde o início do ano, a equipe visa compreender os processos de produção, circulação e recepção das obras de José Américo de Almeida dos anos de 1920: ‘A Paraíba e Seus Problemas’, de 1923, um ensaio que reflete estudos de economia, geografia humana e sociologia; e o romance ‘A Bagaceira’, de 1928, considerado um marco na literatura brasileira, que conferiu projeção nacional a José Américo como escritor.

O coordenador Luiz Mário esclarece que, na realidade, a equipe está dando continuidade a uma outra pesquisa que versava especificamente sobre ‘A Paraíba e Seus Problemas’, agora tendo como foco outros textos do autor da década de 1920 e, principalmente, o romance ‘A Bagaceira’.

“Estamos nos aventurando sobre as várias edições de ‘A Bagaceira’, jornais e inúmeros outros documentos, no intuito de compreender melhor o processo de construção da obra… Como era a rotina do autor durante a escrita, quem eram suas referências, quais as suas intenções com a obra e que mudanças foram feitas entre uma edição e outra”, detalha o coordenador.

Ele prossegue: “O nosso foco é compreender melhor a circulação da obra… As editoras que publicaram, como foram os acordos para a publicação, tiragem, projetos editoriais… E a recepção, em seus aspectos mais amplos, desde as críticas publicadas nos jornais, respostas oferecidas nas cartas, até a circulação nas escolas por meio de editais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”.

“A nossa proposta”, complementa o professor Luiz Mário, “é oferecer um material interessante para que pesquisadores e a população em geral conheçam mais detalhes sobre a história do livro ‘A Bagaceira’ e do seu autor, tão centrais na cena literária nacional. Tratamos de uma obra que marcou uma virada estética importante em nossa literatura e que certamente tem muito a nos dizer sobre quem já fomos, quem somos e o que podemos ser”.

Ele informa que o material é uma edição crítica da obra, um banco de dados sobre a sua circulação e recepção, além de artigos e capítulos de livros sobre o tema. Por fim, a expectativa da equipe é que possa compreender melhor a história do livro, do autor e do Nordeste dos anos de 1920.

“Falamos de um Nordeste modernista, que ensaiava uma perspectiva própria para o modernismo, reinventando a narrativa nacional a partir de nossas experiências, tradições e valores. Com o projeto, acredito que conseguiremos de forma um pouco mais rica como se deu esse processo. E isso tudo para tornar a leitura desse livro tão importante que é ‘A Bagaceira’ ainda mais interessante e mais rica”, conclui.

O projeto ‘Preservação da memória e difusão educativa, cultural e científica do acervo da Fundação Casa de José Américo’, com coordenação geral da professora Lúcia de Fátima Guerra Ferreira, é realizado pela FCJA por meio de uma parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq-PB), e ainda tem o apoio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior da Paraíba (Secties-PB).

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Eleição para nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acontece nesta terça-feira

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) deve acontecer nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

No entanto, o parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

 

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Maior evento religioso da PB, Romaria da Penha ocorre neste sábado e deve reunir milhares de fiéis

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A tradicional Romaria da Penha, maior evento religioso do Estado, acontece neste sábado (23/11) em João Pessoa. Em um percurso de caminha com extensão de 14 quilômetros, milhares de fiéis participarão da 261ª edição da festa, que tem como tema “Senhora da Penha, porque ‘somos todos irmãos’, ajudai-nos a viver a fraternidade e a amizade social”.

Programação

Os eventos começam às 16h30, com a Carreata de Nossa Senhora da Penha. A imagem da santa será conduzida do Santuário da Penha, localizado no bairro da Penha, até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes*, no Centro da cidade.

A Romaria tem início às 22h, partindo da Igreja de Lourdes em direção ao Santuário da Penha. A caminhada, que atrai devotos de diversas cidades e estados, deve terminar por volta das 3h30, com a celebração de uma missa campal presidida pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Caminhada de fé

A Romaria da Penha é uma manifestação de fé que atrai pessoas de todas as idades, reunindo famílias, grupos de oração e comunidades paroquiais. Os fiéis caminham em oração e cânticos, muitos carregando velas ou imagens da santa, criando um ambiente de emoção e devoção.

O evento, que acontece há décadas, é considerado uma das maiores expressões de religiosidade popular do país e celebra a intercessão de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Santuário e símbolo de proteção para os fiéis.

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Sudene aprova liberação de recursos do FDNE para parques eólicos da PB e RN

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A Sudene autorizou o pagamento de novas parcelas de financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para os parques eólicos Ventos de Santa Tereza 01 e Serra do Seridó II, IV, VI, VII e IX.

No total, a Diretoria Colegiada da autarquia aprovou o desembolso de R$ 70,8 milhões do fundo regional para estes empreendimentos que estão instalados no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento para a energia renovável na nossa área de atuação, atraindo investimentos para o setor. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica, contribuindo para o papel de destaque que o Nordeste tem na transição energética”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.

A empresa Ventos de Santa Tereza 01 investiu R$ 249,4 milhões no parque eólico de geração de energia no município de Pedro Avelino (RN). Desse valor, R$ 143,1 milhões foram financiados pelo FDNE, com projeto aprovado em 2022, dos quais já haviam sido liberados R$ 67,7 milhões.

A última aprovação foi referente à segunda parcela do financiamento. O projeto tem potência instalada de 41,3 MW de energia e vai gerar 90 empregos diretos e indiretos quando estiver em operação plena.

Os cinco parques eólicos Serra do Seridó, localizados no município de Junco do Seridó (PB), somam um investimento total de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões são do FDNE.

Os valores liberados na última reunião da Diretoria Colegiada correspondem à quarta parcela do financiamento – no total, serão R$ 15,7 milhões. Essas unidades são da multinacional EDF Renewables e fazem parte do Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, que entraram em operação em julho do ano passado e têm capacidade total instalada de 480 MW.

O agente operador desses financiamentos é o Banco do Brasil. A Sudene conta com quatro instituições financeiras como agentes operadores do FDNE, além do BB. São elas Caixa Econômica Federal , Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Evolução, Banco do Nordeste (BNB) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a importância do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para a região e reforça que a contratação de novos agentes operadores “fortalece a política de democratização de acesso ao crédito e contribui para uma maior interação com o setor produtivo, uma vez que essas instituições estão mais próximas da realidade local. “Essa ação está em sintonia com a aposta da Sudene em um diálogo mais efetivo que tenha, como consequência, a atração de novos negócios e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Em fevereiro, foi assinado um protocolo de intenções para que o Banco do Estado de Sergipe (Banese) também passe a operar os recursos do FDNE. Para o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, esse é um caminho para “democratizar os fundos regionais, que é uma orientação do Governo Federal, contribuindo para uma maior divulgação desse importante instrumento de ação, que é o fundo, e ampliando o acesso ao crédito”.

Heitor Freire falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse o gestor.

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