Nos acompanhe

Artigos

Especialista da Unimed JP esclarece sobre a ‘Dieta do Mediterrâneo: eficácia e benefícios’

Publicado

em

Há poucos dias, o jornal francês “Le Figaro” publicou uma matéria com o título: “Quatro indústrias são responsáveis por 2,7 milhões de mortes por ano na Europa”, citando as indústrias do cigarro, de alimentos ultraprocessados, dos combustíveis fósseis e do álcool. Mais uma vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades sanitárias de diversas partes do mundo insistem numa melhor regulamentação quanto a esses assuntos, demonstrando grande preocupação com as medidas tímidas que são adotadas.

Tudo isso prejudica a luta contra doenças não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, que causam quatro em cada dez mortes na Europa. A luta relacionada às doenças cardiovasculares é antiga e vale recordar o conceito médico-nutricional da “Dieta do Mediterrâneo”, estabelecido na década de 50 do século passado pelo fisiologista norte-americano Ancel Keys. Ele e uma equipe internacional de investigadores demonstraram a importância dessa dieta quando comparada a prevalência de doenças coronarianas e cardiovasculares em sete países do mundo: Japão, Finlândia, Holanda, Estados Unidos, ex-Iugoslávia, Itália e Grécia.

Observaram menor incidência de cardiopatias e maior longevidade nas populações da bacia do Mediterrâneo. Na realidade, não existe uma dieta do Mediterrâneo única, mas o conceito reúne alimentos e hábitos saudáveis de várias regiões onde se incluem Creta, Grécia, Espanha, sul da França, Portugal e Itália. Basicamente, a dieta é composta por peixes, nozes, azeite, verduras, legumes, grãos integrais e baixa ingestão de carnes vermelhas e alimentos processados, possuindo maior concentração de ômega 3 e fibras, apresentando proteção contra o estresse oxidativo, além da redução das gorduras, da inflamação e da agregação plaquetária.

Recente revisão publicada este mês na revista “Nutrition Reviews” procura demonstrar que a dieta do Mediterrâneo é a única intervenção dietética que reduz significativamente a mortalidade e os principais eventos cardiovasculares, tendo um papel protetor nas prevenções primária e secundária das doenças cardíacas. Com os resultados obtidos, os autores esperam influenciar nas recomendações nutricionais, destacando a importância da dieta para a saúde cardiovascular e incentivando a sua adoção em populações de risco. Isto poderia traduzir-se em programas e campanhas educativas destinadas a promover uma alimentação saudável inspirada no modelo do Mediterrâneo.

Continue Lendo

Artigos

Musculação resolve problema de excesso de peso? Especialista responde

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

A luta contra a balança para perder peso e ter mais saúde tem a musculação como uma forte aliada. Como toda atividade física, se bem executada e com orientação profissional,  os resultados vão aparecer. Mas não são milagrosos, como pregam alguns anúncios na internet.

O educador físico da equipe de Promoção da Saúde (Promoprev) da Unimed João Pessoa, Claudney Forte, lembra que tendo como foco a perda de peso, o treino de musculação é potencializado através de métodos e técnicas para obtenção de resultados dentro desse objetivo. Ele reforça ainda que é preciso constância e disciplina por parte do aluno.

Outro lembrete importante do educador físico é unir a prática da musculação com uma alimentação saudável. “A musculação, como qualquer outro exercício, promove gasto calórico. O que vamos repor (de calorias) é o que será o combustível para as atividades diárias e exercícios físicos. Essa reposição deverá ser nutritiva, pouco calórica e deve ser prescrita por um profissional da área de nutrição”, pontua.

OFICINA GRATUITA

Os clientes da Unimed João Pessoa que queiram aprender sobre como tornar a musculação uma atividade efetiva para a perda de peso, podem participar da oficina “A musculação vai resolver meus problemas com excesso de peso? ”. A atividade será realizada, de forma gratuita e online, no dia 17 de julho. “Iremos abordar a história da musculação, a saída do empirismo para os estudos científicos comprovando sua eficácia e seus métodos de treinamento. Em seguida, segregar perda de peso e emagrecimento para o melhor entendimento dos resultados”, destacou Claudney Forte.

INSCREVA-SE

Para participar da oficina, basta acessar o Portal Unimed JP, na aba “Viver Melhor”, no menu principal e, em seguida, clicar em inscrição online. Se preferir, clique aqui (https://www.unimedjp.com.br/viver-melhor/saude-e-bem-estar/equilibrio-do-corpo). No mesmo link também estão disponíveis outras oficinas que serão realizadas com os clientes ao longo do mês.

Podem se inscrever os clientes com idade a partir de 18 anos; com Índice de Massa Corporal a partir de 25 (entre 18 e 59 anos) ou 27 (a partir de 60 anos); e com circunferência abdominal acima de 94 cm (homens) e 80 cm (mulheres).

Continue Lendo

Artigos

Apoio do PT a Jhony é manobra pontual na relação com PSB de Azevêdo

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

* Por Nonato Guedes

O documento da Executiva Nacional do PT oficializando apoio à candidatura do médico Jhony Bezerra (PSB) a prefeito de Campina Grande tem caráter pontual na relação petista com os socialistas liderados pelo governador João Azevêdo e leva em conta peculiaridades da realidade local, não devendo ter desdobramento em João Pessoa, que vive outra conjuntura. O PT em Campina não tem estrutura forte e nem tinha pré-candidatura competitiva, tendo lançado aleatoriamente o nome do militante Márcio Caniello. Pela esquerda o nome mais expressivo que se apresenta ainda é o do deputado Inácio Falcão, do PCdoB, que tinha a expectativa de agregar o apoio da Federação Brasil Esperança, composta ainda pelo PT e PV. Fora daí, o postulante mais respeitado, que une PT, PCdoB e PSB contra si, é o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), carimbado como bolsonarista mas favorito no projeto de candidatura à reeleição por ter atraído outras forças relevantes e por estar no comando da máquina.

Em áreas políticas afirmou-se, ontem, que o manifesto de apoio ao ex-secretário de Saúde Jhony Bezerra pela direção nacional do PT foi uma espécie de “aceno de consolação” ao PSB, que em João Pessoa tem enfrentado uma barreira inexpugnável na atração do petismo para o arco da candidatura de Cícero Lucena. Na Capital, está cristalizada a candidatura própria do PT a prefeito, num jogo de cartas marcadas que beneficia o deputado estadual Luciano Cartaxo e que sacrifica o direito legítimo da deputada Cida Ramos, atropelada quando se inscreveu em prévias que foram canceladas pela cúpula de Brasília e ultimamente submetida a um processo cruel de desidratação da sua postulação, que parece ter as digitais do ex-governador Ricardo Coutinho, pressuroso em voltar aos comandos políticos paraibanos no ainda distante ano de 2026 e interlocutor de prestígio junto ao próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem, segundo se diz, tem linha direta, na retribuição a gestos de solidariedade que expendeu no passado a Lula, na temporada de inferno astral a que este foi submetido. Coutinho é quem maneja os cordéis por controle remoto, sendo estranho que com tanto cacife ainda não ocupe um assento proeminente no diretório nacional do partido presidido pela Sra. Gleisi Hoffmann.

A decisão de apoio à pré-candidatura de Jhony Bezerra em Campina Grande veio dentro do contexto da manifestação do PT sobre candidaturas e alianças em 15 municípios com mais de 100 mil eleitores. Há localidades onde o PT está montando verdadeiras “arcas de Noé”, coligando-se até com o PSDB e com partidos-satélites que apoiaram Jair Bolsonaro em 2022. Não há coerência de princípios nas composições, porque a moeda corrente é mesmo o pragmatismo, recheado pela narrativa adrede preparada de que é preciso a tal “concertação de forças” para fazer frente ao inimigo principal, o bolsonarismo, espécie de “hidra” cuja cabeça os petistas se empenham em cortar a todo custo, impedindo ressurgimento dos espaços de influência, quer no voto, quer nas redes sociais. Essa lógica cega ignora que há candidatos como Cícero Lucena, aliado do governador João Azevêdo, eleitor de Lula, desde já comprometidos com estratégias de alinhamento que miram 2026 quando Lula vai ter que se cozinhar nas próprias banhas para assegurar um novo mandato. Mas em João Pessoa um valor mais alto se alevantou – a indisposição do ex-governador Ricardo Coutinho e seu grupo para com Cícero Lucena. Deu-se partida, então, a um “tratoraço” que tem feito vítimas em série, a exemplo da deputada Cida Ramos, que o PT quer deslocar para o longínquo interior do Estado, e o vereador Marcos Henriques, de João Pessoa, espécie de “moicano” triturado pelo próprio partido na ambição legítima de pleitear a reeleição.

É um cenário em que interesses pessoais se misturam, decisões são tomadas de cima para baixo, em forma de imposição, revelando um PT cuja configuração é estranha para muitos militantes de outros carnavais, especializados no debate interno, ainda que acirrado, na convivência com as divergências e na unidade em desfechos deliberativos. O apoio do PT à candidatura do doutor Jhony Bezerra em Campina Grande é importante do ponto de vista simbólico. Teria maior expressividade se houvesse engajamento de militantes e de cabeças coroadas do petismo local – mas quem garante que o ex-governador Ricardo Coutinho cogita abalar-se a ir à Rainha da Borborema para defender o ex-secretário de João Azevêdo, com quem está rompido? E o presidente Lula, que tem um aliado fiel, o senador Veneziano Vital (MDB) apoiando o “candidato bolsonarista” Bruno Cunha Lima, por acaso irá a atos públicos em 2024 como fez em 2022 quando se deslocou para recomendar Veneziano ao governo? A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores parece ter “jogado para a plateia” ao insinuar apoio ao pré-candidato socialista, porque, fora daí, vale repetir, não há certeza de que o PT mergulhe de cabeça na campanha do ungido pelo governador João Azevêdo para enfrentar os Cunha Lima na Rainha da Borborema.

O apoio formal a Jhony é encarado como um reforço dentro da lógica de que, a cavalo dado, não se olha os dentes. Mas uma campanha eleitoral – renhida, como promete ser a de Campina Grande – exigirá muito mais do que gestos aparentes. Demandará articulação, empenho, panfletagem, engajamento – em suma, tudo o que o ex-governador Ricardo Coutinho não se dispõe, pessoalmente, a oferecer. A verdade é que sob o férreo comando de Ricardo, avalizado pela doutora Gleisi Hoffmann e anuído pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem preocupações mais urgentes no radar, o Partido dos Trabalhadores na Paraíba caminha para uma performance pouco grandiosa nas eleições 2024. Pelo menos não serão elas, para o PT local, certamente, o passaporte para uma virtual candidatura ao governo em 2026 que – dizem – Coutinho corteja com uma ansiedade jamais vista na cena política paraibana.

Continue Lendo

Artigos

Por que a Operação Livro Aberto está cercada de mistérios?

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Por Josival Pereira

Não foram poucas as interrogações em relação à Operação Livro Aberto, desencadeada pela Polícia Federal (PF), na última terça-feira, para investigar possíveis crimes como fraude à licitação, desvio e lavagem de direito, além de corrupção ativa e passiva na Secretaria de Educação do Estado, em 2018. Os policiais visitaram 12 alvos na Paraiba, Pernambuco e Alagoas, sendo que, por aqui, a operação listou dois deputados estaduais (Branco Mendes e Tião Gomes), dois ex-deputados vivos (Edimilson Soares e Artur Cunha Lima Filho), um secretário de Estado (Lindolfo Pires), o conselheiro do TCE, Artur Cunha Lima, e até o falecido deputado Genival Matias foi citado.

Uma primeira interrogação diz respeito ao porquê de a operação ter sido deflagrada agora? Segundo se informa, os fatos remontam à delação da ex-secretária Livânia Farias na Operação Calvário há quase cinco anos? Por que somente agora?

Outro questionamento: por que o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que não havia aluído uma palha nas denúncias da Operação Calvário sob sua jurisdição, de repente, autoriza a Operação Livro Aberto?

As estranhezas fazem sentido, não existem explicações compreensíveis, sobretudo, porque as irregularidades específicas apontadas aparentemente não tiveram continuidade e os acusados são conhecidos, têm endereços certos e quase todos permanecem em atividade pública.

Apesar disso, existem ainda dois outros detalhes que são ainda mais misteriosos.

Na Paraíba, a rigor, a PF não fez buscas e apreensões nos endereços visitados. Chegou-se a noticiar que os policiais, na verdade, só teriam comparecido nos endereços do secretário Lindolfo Pires e do deputado Branco Mendes. Lindolfo disse que havia apenas sido notificado para comparecer à sede da PF para se explicar. Vale perguntar: teria sentido fazer buscas e apreensões quase cinco anos decorridos dos fatos investigados? Seria possível ainda encontrar provas dos crimes? Será que os acusados seriam tão idiotas para guardar provas contra si em casa durante tantos anos?

Mais um detalhe curioso é que a Operação teria sido despachada no inquérito instaurado para investigar o conselheiro Arthur Cunha Lima, que goza da prerrogativa de foro, mas que ficou esquecido esses anos todos lá em Brasília. Artur foi o fio que pôs a operação no STJ. Parece uma manobra. Mas qual a razão disso?

Esses mistérios todos embasbacam vários juristas consultados. Apenas uma resposta oferece uma pista razoável: o Ministério Público, com o apoio da Justiça em Brasília, parece ter agido, movimentando um um processo praticamente parado, para tentar evitar o sepultamento total da Operação Calvário com a prescrição dos crimes imputados aos acusados, o que deve ocorrer em dezembro próximo. A Operação Livro Aberto seria a forma de manter viva parte das investigações de responsabilidade do STJ. Haveria amparo para isso nas regras processuais.

Pode ser essa, então, a explicação ou uma explicação para os mistérios da operação. De qualquer sorte, porém, não dá para não avaliar que os dois destinos previstos para a Operação Calvário – a prescrição ou a sobrevida artificial de inquérito em Brasília – deveriam envergonhar a Justiça.

 

 

Continue Lendo