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Apoio do PT a Jhony é manobra pontual na relação com PSB de Azevêdo

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* Por Nonato Guedes

O documento da Executiva Nacional do PT oficializando apoio à candidatura do médico Jhony Bezerra (PSB) a prefeito de Campina Grande tem caráter pontual na relação petista com os socialistas liderados pelo governador João Azevêdo e leva em conta peculiaridades da realidade local, não devendo ter desdobramento em João Pessoa, que vive outra conjuntura. O PT em Campina não tem estrutura forte e nem tinha pré-candidatura competitiva, tendo lançado aleatoriamente o nome do militante Márcio Caniello. Pela esquerda o nome mais expressivo que se apresenta ainda é o do deputado Inácio Falcão, do PCdoB, que tinha a expectativa de agregar o apoio da Federação Brasil Esperança, composta ainda pelo PT e PV. Fora daí, o postulante mais respeitado, que une PT, PCdoB e PSB contra si, é o prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil), carimbado como bolsonarista mas favorito no projeto de candidatura à reeleição por ter atraído outras forças relevantes e por estar no comando da máquina.

Em áreas políticas afirmou-se, ontem, que o manifesto de apoio ao ex-secretário de Saúde Jhony Bezerra pela direção nacional do PT foi uma espécie de “aceno de consolação” ao PSB, que em João Pessoa tem enfrentado uma barreira inexpugnável na atração do petismo para o arco da candidatura de Cícero Lucena. Na Capital, está cristalizada a candidatura própria do PT a prefeito, num jogo de cartas marcadas que beneficia o deputado estadual Luciano Cartaxo e que sacrifica o direito legítimo da deputada Cida Ramos, atropelada quando se inscreveu em prévias que foram canceladas pela cúpula de Brasília e ultimamente submetida a um processo cruel de desidratação da sua postulação, que parece ter as digitais do ex-governador Ricardo Coutinho, pressuroso em voltar aos comandos políticos paraibanos no ainda distante ano de 2026 e interlocutor de prestígio junto ao próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem, segundo se diz, tem linha direta, na retribuição a gestos de solidariedade que expendeu no passado a Lula, na temporada de inferno astral a que este foi submetido. Coutinho é quem maneja os cordéis por controle remoto, sendo estranho que com tanto cacife ainda não ocupe um assento proeminente no diretório nacional do partido presidido pela Sra. Gleisi Hoffmann.

A decisão de apoio à pré-candidatura de Jhony Bezerra em Campina Grande veio dentro do contexto da manifestação do PT sobre candidaturas e alianças em 15 municípios com mais de 100 mil eleitores. Há localidades onde o PT está montando verdadeiras “arcas de Noé”, coligando-se até com o PSDB e com partidos-satélites que apoiaram Jair Bolsonaro em 2022. Não há coerência de princípios nas composições, porque a moeda corrente é mesmo o pragmatismo, recheado pela narrativa adrede preparada de que é preciso a tal “concertação de forças” para fazer frente ao inimigo principal, o bolsonarismo, espécie de “hidra” cuja cabeça os petistas se empenham em cortar a todo custo, impedindo ressurgimento dos espaços de influência, quer no voto, quer nas redes sociais. Essa lógica cega ignora que há candidatos como Cícero Lucena, aliado do governador João Azevêdo, eleitor de Lula, desde já comprometidos com estratégias de alinhamento que miram 2026 quando Lula vai ter que se cozinhar nas próprias banhas para assegurar um novo mandato. Mas em João Pessoa um valor mais alto se alevantou – a indisposição do ex-governador Ricardo Coutinho e seu grupo para com Cícero Lucena. Deu-se partida, então, a um “tratoraço” que tem feito vítimas em série, a exemplo da deputada Cida Ramos, que o PT quer deslocar para o longínquo interior do Estado, e o vereador Marcos Henriques, de João Pessoa, espécie de “moicano” triturado pelo próprio partido na ambição legítima de pleitear a reeleição.

É um cenário em que interesses pessoais se misturam, decisões são tomadas de cima para baixo, em forma de imposição, revelando um PT cuja configuração é estranha para muitos militantes de outros carnavais, especializados no debate interno, ainda que acirrado, na convivência com as divergências e na unidade em desfechos deliberativos. O apoio do PT à candidatura do doutor Jhony Bezerra em Campina Grande é importante do ponto de vista simbólico. Teria maior expressividade se houvesse engajamento de militantes e de cabeças coroadas do petismo local – mas quem garante que o ex-governador Ricardo Coutinho cogita abalar-se a ir à Rainha da Borborema para defender o ex-secretário de João Azevêdo, com quem está rompido? E o presidente Lula, que tem um aliado fiel, o senador Veneziano Vital (MDB) apoiando o “candidato bolsonarista” Bruno Cunha Lima, por acaso irá a atos públicos em 2024 como fez em 2022 quando se deslocou para recomendar Veneziano ao governo? A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores parece ter “jogado para a plateia” ao insinuar apoio ao pré-candidato socialista, porque, fora daí, vale repetir, não há certeza de que o PT mergulhe de cabeça na campanha do ungido pelo governador João Azevêdo para enfrentar os Cunha Lima na Rainha da Borborema.

O apoio formal a Jhony é encarado como um reforço dentro da lógica de que, a cavalo dado, não se olha os dentes. Mas uma campanha eleitoral – renhida, como promete ser a de Campina Grande – exigirá muito mais do que gestos aparentes. Demandará articulação, empenho, panfletagem, engajamento – em suma, tudo o que o ex-governador Ricardo Coutinho não se dispõe, pessoalmente, a oferecer. A verdade é que sob o férreo comando de Ricardo, avalizado pela doutora Gleisi Hoffmann e anuído pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem preocupações mais urgentes no radar, o Partido dos Trabalhadores na Paraíba caminha para uma performance pouco grandiosa nas eleições 2024. Pelo menos não serão elas, para o PT local, certamente, o passaporte para uma virtual candidatura ao governo em 2026 que – dizem – Coutinho corteja com uma ansiedade jamais vista na cena política paraibana.

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Saúde respiratória dos pets: cuidados na transição da primavera para o verão

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Redação do Portal da Capital
No Nordeste, o fim da primavera e o início do verão trazem um clima marcado pelo aumento das temperaturas e da umidade. Essa combinação, comum em novembro e dezembro, pode favorecer o surgimento de problemas respiratórios em cães e gatos, especialmente os que possuem predisposição genética ou doenças crônicas.
O médico veterinário Natanael Filho, sócio do Hospital Vida, que abre as portas em breve em João Pessoa, destaca as principais ameaças e como os tutores podem proteger seus pets neste período. “O calor intenso combinado com a umidade favorece o aparecimento de fungos e bactérias, além de potencializar alergias respiratórias causadas pela poeira ou mofo”, explica Natanael. Segundo ele, o uso frequente de ventiladores e ar-condicionado pode ressecar as vias respiratórias dos pets, aumentando o risco de infecções.
Raças mais vulneráveis – Cães braquicefálicos, como Pugs, Bulldogs e Shih Tzus, e gatos Persas são mais suscetíveis a problemas respiratórios devido à anatomia de suas vias aéreas. “Esses animais precisam de cuidados preventivos mais rigorosos, como evitar exposição prolongada ao calor e garantir ambientes ventilados, mas sem correntes de ar frio direto”, orienta Natanael.
Espirros ocasionais ou tosse podem ser normais, mas é importante observar sinais persistentes. “Se o animal apresenta secreção nasal, dificuldade para respirar, cansaço extremo ou apatia, pode ser um problema mais sério, como bronquite ou rinite infecciosa. Nesses casos, a consulta ao veterinário é indispensável”, alerta o especialista.
Prevenção de crises respiratórias – Natanael recomenda medidas simples que podem fazer a diferença na saúde dos pets. “Usar umidificadores de ar pode ajudar a evitar o ressecamento das vias respiratórias. Além disso, é essencial manter o ambiente limpo, sem acúmulo de poeira ou pelo. Em locais com alta umidade, é importante evitar mofo e garantir ventilação adequada”, afirma.
Para animais com doenças respiratórias crônicas ou predisposição genética, o acompanhamento regular é indispensável. “O check-up permite identificar precocemente qualquer alteração e ajustar os cuidados. No verão, esse acompanhamento se torna ainda mais importante devido às condições climáticas do Nordeste”, orienta Natanael.

Sobre o Hospital Vida – Primeira estrutura hospitalar veterinária do Nordeste que reúne atendimentos clínicos de diferentes especialidades, laboratórios de análises e imagem, blocos cirúrgicos e terapias para animais de estimação. A unidade oferece serviços de Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia, Dermatologia, Diagnóstico por imagem, Diagnóstico Laboratorial, Endocrinologia, Especialista em Felinos, Fisiatria, Gastroenterologia, Geriatria, Neurologia / Neurocirurgia, Nefrologia e Urologia, Nutrição, Oftalmologia, Ortopedia e Clínica Médica Geral. A estrutura do Vida conta com Terapia Semi-Intensiva canina e felina, em espaços separados; UTI 24 horas; apartamentos humanizados; diagnóstico laboratorial e de imagens 24 horas; com tomografia computadorizada; consultório especializado para felinos; hemodiálise; endoscopia; sala de imunoterapia; blocos cirúrgicos e setor de fisioterapia. O Hospital Vida está localizado na Rua Miriam Barreto Rabelo, 160, no Jardim Oceania, em João Pessoa.

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Uruguai: salve a eleição mais chata do mundo

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

O Uruguai, nosso vizinho do chamado cone sul da América, realizou o segundo turno de sua eleição presidencial neste domingo. A Frente Ampla, uma aliança de centro-esquerda, venceu o pleito e volta ao poder com Yamandú Orsi, candidato apoiado por Pepe Mujica, um ex-revolucionário que, além de virar presidente, se transformou num lendário líder da República Oriental do Uruguai.

A frente de esquerda chegou ao poder pela primeira naquele país somente em 2004, venceu três eleições seguidas, incluindo a de Pepe Mujica em 2009, e perdeu para a direita liberal em 2019, com a vitória de Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional, que liderava a aliança conservadora. Agora retoma o poder, apesar da boa popularidade de Lacalle.

Depois da ditadura militar, entre 1985 e 2004 (período de 19 anos). o Uruguai foi governado pela direita, em eleições vencidas pelo Partido Colorado. Sem novidade. Os colorados já emplacaram 46 presidentes, desde 1838, inclusive durante a ditadura cívico-militar. Outra força de direita – o Partido Nacional -, a segunda com maior número de presidentes, ainda assim, só contabiliza 12.

Vencer quatro eleições num período de 20 anos, com mandatos com duração de cinco anos, é um grande feito político para a Frente Ampla. Porém, o que mais chamou a atenção sobre as eleições no Uruguai foram a seguinte manchete, e a consequente reportagem, publicada recentemente na versão online da BBC News: Por que se diz que a eleição do Uruguai é a ‘mais chata do mundo’ neste ano (e por que isso é invejável).

A explicação mais clara sobre a manchete aparece no 4° parágrafo da reportagem: “A disputa no Uruguai tem sido considerada “chata” porque, quem quer que se consagre vencedor, acredita-se que tudo continuará mais ou menos igual no país”.

É de pasmar qualquer um, mas a chatice da eleição uruguaia decorreria mais precisamente do fato de não haver “protestos contra o sistema nem ameaças à democracia”, temas presentes nas disputas eleitorais na América Latina e ao redor do mundo.

“O Uruguai, com seus 3,4 milhões de habitantes, esteve até agora afastado dos níveis de polarização política de outros países”, frisa um trecho da reportagem. Ou seja, não existem os radicalismos presentes em outros países.

E são igualmente fortes outros argumentos contidos na reportagem publicada na BBC News que tornariam a democracia uruguaia invejável:

“O Uruguai se destaca pela continuidade de suas políticas, independentemente do partido no governo, incluindo iniciativas inovadoras como energia renovável e a legalização da maconha”.

“Neste país, ninguém pensa em colocar em risco a estabilidade macroeconômica”, disse Orsi em junho (candidato agora vitorioso).

“Isso faz parte de uma lógica que atravessa os partidos”, acrescentou, em um evento do semanário local Búsqueda.

Além da lógica política democrática, a estabilidade econômica e o baixo nível de desigualdade parecem contribuir decisivamente para afastar os extremismos da política no Uruguai. Veja-se o seguinte registro na reportagem: O Banco Mundial resume que “o Uruguai se destaca na América Latina por ser uma sociedade igualitária, com alta renda per capita e baixos níveis de desigualdade e pobreza”.

Estudos diversos apontam que a Uruguai se conversa, ao longo nos anos, como um país com as menores taxas de desigualdade na região e com uma classe média robusta. Segundo analistas regionais (da Argentina e do próprio Uruguai), estes também seriam fatores que sustentam o tradicional “fair play” da política uruguaia, a estabilidade democrática e o distanciamento dos radicalismos reinantes na América Latina, Estados Unidos, etc.

Pode ser exagero, mas uma reportagem antiga (próxima das eleições de 2019) do jornal El País (versão online) assenta que o equilíbrio democrático no Uruguai tem sido arbitrado pela força da classe média, resultante da baixa desigualdade local: “Essa mesma classe média arbitra, obriga a moderação e se distancia da violência e da demagogia”.

Se o problema é a desigualdade social, a democracia brasileira está inapelavelmente condenada. Mas não deixa de ser estranho, muito estranho, que o tradicional modelo de democracia, com respeito ao princípio da alternância de poder, às leis, às opiniões contrárias e aos adversários, regras básicas e simples, seja considerado uma chatice. Difícil entender.

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Médicos orientam como correr com segurança para aproveitar todos os benefícios do esporte

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Redação do Portal da Capital

Será que é só calçar um tênis e correr? No episódio do videocast Sem Contraindicação desta semana, a apresentadora Linda Carvalho recebeu o ortopedista Remo Soares e o endocrinologista João Modesto para um bate-papo sobre os benefícios e as orientações sobre como praticar a corrida de forma segura e aproveitar os benefícios desse esporte, que conquista cada vez mais adeptos. No Brasil, foram realizadas mais de 150 mil provas de rua em 2023 e a Associação Brasileira de Corrida de Rua estima que o país tenha mais de 13 milhões de corredores.

Durante a conversa, os médicos destacaram a importância de as pessoas buscarem apoio de profissionais da saúde antes de começar qualquer atividade física, incluindo a corrida. Eles também lembraram que é preciso ficar atento à nutrição, necessidade de suplementação e hidratação. “A hidratação é fundamental e aí têm tabelas para a idade e atividade física, de quanto o indivíduo deve fazer a ingestão hídrica, que não precisa ser só água, mas principalmente água”, orientou João Modesto. Ele reforçou que o exercício pode ser praticado em qualquer idade, mas sempre com orientação.

O ortopedista Remo Soares ressaltou a importância de o atleta amador prestar atenção aos sinais do corpo, com relação a incômodos, necessidade de alimentação e disposição durante a corrida. “Inicialmente, precisa fazer uma avaliação médica com um cardiologista para ver que realmente está apto. Isso aí é uma questão de segurança e é muito importante”, afirmou. O médico também sugere que o corredor iniciante comece aos poucos, com percursos mais curtos, antes de partir para corridas de longa distância. “Você não pode começar a correr e já pensar em fazer 10, 21 quilômetros. Que faça, três, cinco, seis e, daqui a pouco, estará fazendo percurso que quer”, disse.

CORRIDA NO DIA PRIMEIRO

A apresentadora Linda Carvalho lembrou que, no dia primeiro de dezembro, a Unimed João Pessoa vai realizar a sua primeira corrida de rua, com saída e chegada do Largo da Gameleira, na orla da Capital. Estão sendo disponibilizados três percursos: 1, 5 e 10 quilômetros.

As inscrições já foram encerradas. Para mais informações sobre percurso e retirada de kits, basta acessar o regulamento, disponível no hotsite da corrida (www.unimedjp.com.br/corridasunimed).

EPISÓDIOS SEMANAIS

O Sem Contraindicação vai ao ar toda quinta-feira sempre com um novo episódio. O conteúdo é publicado no YouTube e no Spotify. Os episódios também ficam disponíveis no Portal Unimed João Pessoa, que conta com uma seção exclusiva do videocast, onde é possível sugerir temas e interagir com a equipe de Comunicação da Unimed JP, responsável pela produção.

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