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Especialista em RH explica como o etarismo impacta a vida de trabalhadores experientes

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No cenário competitivo do mercado de trabalho, encontrar emprego se torna um desafio para muitos. Nesse contexto, o etarismo surge como uma questão agravante e cada vez mais presente e preocupante. Etarismo é o nome que se dá ao preconceito contra pessoas com base na sua idade – e os idosos são os que mais sofrem com essa situação no Brasil e no mundo. Pelo menos 86% da população acima dos 60 anos afirma já ter enfrentado algum tipo de preconceito em relação ao mercado de trabalho, independentemente de suas habilidades e experiências. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Grupo Croma, com base em dados da Oldiversity®. Essa situação se agravou durante a pandemia de covid-19, principalmente, entre o último trimestre de 2019 e o ano de 2020, no qual cerca de 800 mil profissionais com mais de 60 foram demitidos ou ficaram desocupados e à procura de trabalho de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Uma das causas para o etarismo acontecer nas empresas é pela rápida adoção de novas tecnologias e a busca por profissionais com habilidades específicas. Com isso, indivíduos com mais idade, muitas vezes, se vêem marginalizados nesse ambiente em constante transformação. De acordo com Márcia Peixoto, psicóloga especialista em Recursos Humanos e diretora da Roots Talent, empresa que presta assessoria em gestão de pessoas, o preconceito com a idade é uma realidade crescente no mercado e abrange já pessoas a partir de 45 anos. Para ela, a situação impacta  negativamente não apenas os profissionais mais experientes, mas também as empresas que perdem acesso a uma valiosa fonte de know how. “Na prática, a busca por talentos mais jovens muitas vezes se dá pelo desejo de injetar novas ideias, perspectivas e familiaridade com tecnologias emergentes. No entanto, essas decisões podem criar um desequilíbrio na força de trabalho e levar a lacunas no desenvolvimento de talentos e na continuidade operacional dentro das organizações”, detalha Márcia. Ela  destaca que o perfil do profissional com mais de 45 anos é de maturidade e foco no trabalho, além da experiência de vida.
Segundo ela, entretanto, o sofrimento causado pela incerteza na busca por uma oportunidade de emprego pode acarretar problemas como ansiedade, medo e insegurança. “O que acontece é que as pessoas não chegam nem a viver a dor, elas já antecipam esse processo de acordo com o avanço da idade e isso acaba gerando ansiedade pelo futuro e até outros problemas”, afirma.
Realidades – Muitos são os relatos de pessoas que vivenciam o medo e incertezas neste sentido. É o caso de José Antônio Silva, que tem 45 anos e, por mais de 15, trabalhou como entregador em uma distribuidora. Ele conta que se sentiu impotente por não conseguir emprego mesmo com tanta experiência. “Quando a empresa onde eu trabalhava foi fechada, não imaginava ter tanta dificuldade em conseguir uma nova ocupação na minha área. Me senti incapaz e preocupado por minha esposa ter que sustentar tudo sozinha”, conta o trabalhador que levou mais de dois anos até conseguir uma nova oportunidade, onde agora, presta serviços como entregador para uma indústria de comércio digital.
Por outro lado, Patrícia Costa tem 48 anos e há quatro anos trabalha como gerente administrativa em uma empresa do ramo imobiliário. A empresa  está em processo de contratação. Ela destaca que não chegou a vivenciar o problema do etarismo, mas percebe a importância de uma abordagem mais ampla na busca por novos profissionais. Ela conta que procura ter um olhar inclusivo na empresa em que trabalha. “É preciso abordar o etarismo de forma mais abrangente. Embora a pauta da inclusão tenha aumentado nos últimos anos, eu observo que este tema é negligenciado. É preciso reconhecer e valorizar profissionais de todas as idades, porque todos podem contribuir. Procuramos ter um olhar inclusivo durante os processos de seleção porque acreditamos na diversidade de idades, de experiências e de perspectivas”, afirma a gestora.
Boas práticas – Márcia Peixoto reforça a necessidade de se implantar políticas e práticas que promovam a igualdade em relação às oportunidades de emprego. Nesse contexto, é possível observar a importância da adoção de políticas de recrutamento e cultura organizacional que valorizem e promovam a diversidade etária, com uma nova abordagem de recrutamento baseada em habilidades e experiências, independente da idade. Confira algumas:
1. Eduque-se sobre o etarismo – A primeira etapa para combater o etarismo é entender o que ele é e como se manifesta na sociedade. Conhecer os estereótipos associados aos idosos é fundamental para desafiá-los e rompê-los.
2. Promova a conscientização – Compartilhe informações para educar amigos, familiares e colegas sobre a importância de combater a discriminação baseada na idade.
3. Não utilize linguagem discriminatória – Evite usar linguagem que reforce estereótipos relacionados à idade. Seja consciente da forma como se comunica sobre as pessoas mais velhas. Além disso, não permita que piadas ou comentários preconceituosos em relação aos idosos passem despercebidos. Conscientizar indivíduos com esse tipo de comportamento é mais um passo em direção a uma sociedade mais acolhedora com idosos.
4. Combata a invisibilidade – Valorize as contribuições dos idosos em sua comunidade e sociedade em geral. Sempre que possível, incentive a interação entre gerações para promover a compreensão mútua e a troca de experiências. Também, se abra às amizades intergeracionais, aprendendo com pessoas mais jovens e mais velhas.
5. Incentive a inclusão no local de trabalho – Empresas e empregadores podem desempenhar um papel fundamental na luta contra o etarismo. Se você tem uma empresa ou um cargo executivo/de recursos humanos, promova a diversidade etária no local de trabalho e oportunidades de desenvolvimento para os funcionários mais velhos.

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Disfunção erétil cresce entre os jovens e o uso de anabolizante é uma das causas, alertam médicos

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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 30% dos homens no Brasil sofrem de disfunção erétil, o que representa um contingente de 15 milhões de pessoas. Outros estudos vão mais longe e estimam que 50% dos homens acima dos 40 anos serão afetados por esse problema.

Associada a um processo natural do envelhecimento, a disfunção erétil vem crescendo entre os jovens e uma das causas é o uso de anabolizantes, substâncias geralmente derivadas da testosterona, o hormônio sexual masculino. O alerta foi dado pelos urologistas Leonardo Andrade e Rafael de Arruda no episódio desta semana do videocast “Sem Contraindicação”, que tem como tema “Prevenção e tratamento da disfunção erétil”.

De acordo com Rafael de Arruda, atualmente existe uma “pandemia” de uso indiscriminado de anabolizante. “Não se deve utilizar [hormônios esteroides] de maneira indiscriminada em pacientes que não necessitam e têm dosagem hormonal normal”, alertou.

Isso traz uma série de complicações para a saúde, como redução da libido, perda da ereção e atrofia dos testículos. O urologista Leonardo Andrade destacou que a utilização indiscriminada pode, ainda, causar dependência. Quando necessário, o uso deve ser feito de forma individualizada.

Tratamento

A boa notícia é que a disfunção erétil tem cura e não deve haver qualquer tabu em procurar ajuda. “O jovem que está com disfunção erétil tem que colocar na cabeça que vai ter que procurar auxílio médico. ‘Autotratamento’ não vai ajudar em nada. Vai piorar a situação”, orientou Leonardo Andrade. O urologista é o profissional indicado para avaliar, diagnosticar e indicar o melhor tratamento.

Com relação aos homens com mais idade, o urologista reforçou que a disfunção erétil é uma doença crônica do envelhecimento, mas que tem controle e, portanto, precisa ser observada com naturalidade. Ele ressaltou que o tratamento é satisfatório na maioria dos casos, independentemente da causa. “A gente vai conseguir recuperar a função erétil desse paciente e deixar ele sexualmente ativo”, tranquilizou.

Onde assistir

Toda quinta-feira, um novo episódio do Sem Contraindicação é publicado no YouTube (https://youtu.be/cGHCSR8Tbmo) e no Spotify. Os episódios também ficam disponíveis no Portal Unimed João Pessoa (unimedjp.com.br/semcontraindicacao), que conta com uma seção exclusiva do videocast, onde é possível sugerir temas e interagir com a equipe de Comunicação da Unimed JP, responsável pela produção.

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Veterinário dá dicas essenciais para agir em emergências e proteger a vida do seu pet

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Redação do Portal da Capital
Quando uma emergência médica envolve um pet, saber como agir rapidamente pode fazer toda a diferença. Manter a calma é essencial, bem como buscar atendimento especializado o mais rápido possível. O veterinário Natanael Filho, sócio do Hospital Vida, que, em breve, abre as portas em João Pessoa, traz orientações para que tutores estejam preparados para lidar com situações críticas. “Algumas ações imediatas podem amenizar a dor do animal e estabilizá-lo, proporcionando mais segurança até a chegada ao hospital”, destaca.
A primeira recomendação de Natanael é manter a calma e observar o estado do animal. “É perceber, olhar e monitorar. Verificar se as vias respiratórias estão desobstruídas, se não há nenhum objeto na boca impedindo a oxigenação”, explica. Em seguida, ele enfatiza a importância de procurar imediatamente um hospital veterinário de urgência.
No caso de envenenamento ou intoxicação, a rapidez é fundamental. Natanael orienta que, dependendo da substância ingerida, como plantas ou alimentos tóxicos, o tutor pode oferecer carvão ativado. “Oriento aos tutores para terem sempre em casa, pois ele ajuda a absorver as toxinas e impedir que elas entrem na corrente sanguínea”, explica. No entanto, o veterinário destaca que essa é uma medida temporária, e a busca por atendimento veterinário deve ser imediata.
Engasgo e fraturas/ferimentos — Em situações como essa, o veterinário sugere técnicas semelhantes às usadas em humanos, como aplicar pequenos socos nas costas ou compressões na região do esterno, enquanto se verifica se há algo obstruindo a respiração do animal. Já em casos de fraturas ou luxações, o ideal é manter o pet imobilizado e evitar qualquer tentativa de reposicionar o osso ou a articulação, encaminhando-o diretamente para a emergência. “É importante reduzir ao máximo o movimento, tentar manter nos braços ou imobilizar com uma manta, ou pano. Nada de tentar recolocar, apenas no pronto-socorro é que os veterinários vão fazer exames complementares, como radiografia, e então adotar a melhor conduta, se reposicionar ou se é caso cirúrgico”, destaca.
Já para queimaduras ou ferimentos graves, a orientação é lavar a área afetada com água fria e corrente, evitando aplicar pomadas ou ataduras, e procurar ajuda veterinária imediatamente. “Se houver sangramento, é importante fazer uma compressão com um pano limpo até chegar ao hospital, mas sem colocar nenhum produto químico”, complementa.
Principais erros — Natanael alerta sobre os erros comuns que os tutores cometem ao tentar prestar primeiros socorros, como administrar medicações humanas, que podem ser altamente tóxicas para os pets. “Nunca dê leite ou remédios como paracetamol, tylenol ou diclofenaco. Utilizamos na medicina humana, mas eles são perigosos para animais e podem trazer malefícios irreversíveis”, enfatiza. O ideal, segundo ele, é agir com calma e buscar ajuda profissional o quanto antes.
Em emergências, agir com calma e conhecimento pode fazer toda a diferença para a saúde do pet. Ao seguir as orientações e procurar ajuda veterinária o mais rápido possível, os tutores podem garantir que seus animais recebam o cuidado necessário para superar momentos críticos.
Sobre o Hospital Vida – Primeira estrutura hospitalar veterinária do Nordeste que reúne atendimentos clínicos de diferentes especialidades, laboratórios de análises e imagem, blocos cirúrgicos e terapias para animais de estimação. A unidade oferece serviços de Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia, Dermatologia, Diagnóstico por imagem, Diagnóstico Laboratorial, Endocrinologia, Especialista em Felinos, Fisiatria, Gastroenterologia, Geriatria, Neurologia / Neurocirurgia, Nefrologia e Urologia, Nutrição, Oftalmologia, Ortopedia e Clínica Médica Geral. A estrutura do Vida conta com Terapia Semi-Intensiva canina e felina, em espaços separados; UTI 24 horas; apartamentos humanizados; diagnóstico laboratorial e de imagens 24 horas; com tomografia computadorizada; consultório especializado para felinos; hemodiálise; endoscopia; sala de imunoterapia; blocos cirúrgicos e setor de fisioterapia. O Hospital Vida está localizado na Rua Miriam Barreto Rabelo, 160, no Jardim Oceania, em João Pessoa.

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João Pessoa é ou não uma cidade conservadora, de direita e bolsonarista?

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* Por Josival Pereira

O resultado das eleições gerais de 2022 alimentou uma visão segundo a qual a maioria do eleitorado de João Pessoa seria de tendência bolsonarista, politicamente alinhado à direita conservadora em sua palheta de cores, desde as correntes mais radicais às mais moderadas.

Não era para menos. Os candidatos mais votados ali no primeiro turno, com exceção do próprio Bolsonaro, que ficou com 44,48% dos votos contra 47,38% de Lula, foram todos da direita bolsonarista. O candidato a governador do PL, Nilvan Ferreira, chegou em primeiro lugar com 31,10% da votação, o pastor Sérgio Queiróz foi o mais votado para o Senado (106.885 votos), Cabo Gilberto ficou em primeiro lugar para deputado federal (58.308) e Walber Virgolino foi o deputado estadual mais votado (31.463).

Como se não bastasse, no segundo turno a diferença entre Lula (50,10%) e Bolsonaro (49,90%) foi de apenas 925 votos.

Registre-se ainda que Bolsonaro venceu em todas as cidades da região metropolitana, produzindo convicções não apenas sobre uma onda bolsonarista, mas a suposta ideia que a Capital paraibana era uma cidade majoritariamente conservadora. O território da direita, que havia se desviado 16 anos à esquerda (gestões de Ricardo Coutinho e Luciano Agra e Luciano Cartaxo).

Afinal, a população ou o eleitorado de João Pessoa, do ponto de vista político, tem uma posição? Essa posição é majoritária?

A pesquisa do instituto Quaest, contratada pelo grupo Paraíba de Comunicação e cujos números de intenção de voto foram divulgados na semana passada, fez essa pergunta aos pessoenses. O quesito direto tinha a seguinte formulação: “Diante desses grupos políticos, qual você mais se identifica?” E apresentava as alternativas:

– Lulismo/petismo: 18%;

– Não é lulista/petista, mas mais à esquerda: 9%;

– Bolsonarista: 14%;

– Não é bolsonarista, mas mais à direita: 16%;

– Não tem posição: 40%;

– Não sabem/Não responderam: 3%.

Pelas respostas, definitivamente, a cidade de João Pessoa, politicamente, não é lulista nem bolsonarista.

Curiosamente, porém, existem grupos mais radicalizados do que o lulismo/petismo e o bolsonarismo, ou seja, mais à esquerda (9%) e mais à direita (16%). É perfeitamente razoável agrupar essas tendências, especialmente em períodos eleitorais, o que significaria dizer que, pelo quadro captado no momento pela pesquisa, em termos políticos, 40% da população de João Pessoa não tem posição (dependendo da forma da pergunta, poderia se identificar como centro), 27% se identificam como esquerda e 30% como de direita. E é, na real, mais ou menos assim como o mundo não radicalizado se define.

É esse o quadro que se apresenta para os vários candidatos a prefeito da cidade, sabendo-se que existem tendências políticas disputadas por mais de um postulante e que outros passeiam por mais de uma posição política, sem falar na limitação do poder de transferência de voto. A conclusão lógica é que o critério de vinculação ideológica dificilmente será decisivo na configuração do mapa das urnas.

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