A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou o Boletim Epidemiológico de Vírus Respiratórios com dados atualizados até 27 de maio. A publicação mostra que a Paraíba registrou 1.894 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), havendo um aumento de 17% nas notificações quando comparado com o mesmo período do ano passado. O órgão reforça a necessidade dos cuidados de rotina, bem como a importância da vacinação, sendo uma maneira eficaz para evitar agravamento dos casos e óbitos.
De acordo com o boletim, foram realizados 832 exames de RT-PCR para os casos de SRAG no Estado, havendo uma maior predominância do vírus Influenza A na faixa etária menor de 5 anos com 29,36%. Para o Vírus Sincicial Respiratório, o registro de maior incidência se deu em menores de 1 ano com 73,90%, e para Rinovírus predominou o grupo menor de 5 anos com 68,21%.
A chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (NDTA) da SES, Fernanda Vieira, destaca que, historicamente, é comum o acometimento de doenças respiratórias durante o período chuvoso, e que para diminuir a circulação dos vírus é importante estar com a caderneta vacinal atualizada, especialmente os grupos mais vulneráveis.
“Precisamos reforçar os cuidados necessários para evitar a transmissão desses vírus, como manter ambientes bem ventilados, com janelas e portas abertas; Manter as mãos limpas através da lavagem das mãos ou uso de álcool em gel 70%; Higienizar com frequência os brinquedos das crianças e não compartilhar objetos pessoais como os talheres, toalhas, pratos, copos e garrafinhas. As pessoas que estiverem doentes com quadro respiratório devem praticar a etiqueta respiratória, usando máscara. São medidas simples que aliadas à vacinação em dia podem diminuir a disseminação dos vírus respiratórios e proteger a população de forma geral”, ressaltou.
A SES reforça que a Paraíba está abastecida com os imunizantes que contemplam Influenza tipo A e tipo B e que, atualmente, ocupa a 2ª posição no Ranking Nacional de Cobertura vacinal, com o percentual de 43,75% de cobertura na meta de 90% do público alvo, preconizada pela Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza. Dentro do público alvo está a população mais vulnerável aos vírus respiratórios que são crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias); trabalhador da saúde; gestantes e puérperas e idosos com 60 anos ou mais de idade.
O Boletim ainda aponta 220 óbitos por SRAG até 27 maio de 2024. Desses, 54 óbitos foram por Covid-19, 40 óbitos por Influenza A, nove por Rinovírus, sete VRS, um bocavírus, um por Parainfluenza 3 . Dos 40 óbitos por Influeza A, a maioria ocorreu em pessoas da faixa etária acima de 60 anos. Outros 19 óbitos seguem em investigação.
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