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Paraíba

Assembleia debate direitos das pessoas com fibromialgia na Paraíba durante audiência pública

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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta quinta-feira (25), audiência pública para discutir os direitos das pessoas com fibromialgia. O evento proposto pelo deputado Wilson Filho aconteceu no plenário da Casa de Epitácio Pessoa e contou com a participação do deputado Dr. Romualdo, profissionais da saúde e representantes da sociedade civil organizada.

A Fibromialgia é uma condição crônica que afeta milhares de pessoas na Paraíba, gerando dor generalizada, fadiga e diversos outros sintomas incapacitantes. Segundo o deputado, “apesar da prevalência e do impacto significativo na vida dos afetados, os direitos das pessoas com Fibromialgia muitas vezes são negligenciados ou mal compreendidos”.

Autor do projeto de lei que estabelece que pessoas que possuem Fibromialgia serão consideradas possuidoras de impedimentos de longo prazo de natureza física que podem obstruir a participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, o deputado Wilson Filho destacou que 13 estados já fizeram esse reconhecimento e que a audiência pública proposta pela Assembleia se faz necessária para abrir um espaço de diálogo e discussão sobre os desafios enfrentados por essa comunidade no estado da Paraíba.

“Existe um movimento nacional que já é realidade em três estados do Brasil, em que o paciente com fibromialgia passa a ter os direitos de um paciente com algum tipo de deficiência, porque as limitações existem. Trouxemos esse debate com a presença daqueles que representam os pacientes com Fibromialgia para buscar a valorização desses pacientes. Nossa intenção é ajudar, contribuir para melhorar a vida de muitas pessoas”, afirmou o deputado.

Wilson Filho argumentou ainda que o debate visa promover a conscientização e contribuir para a formulação de medidas concretas que possam melhorar o acesso ao diagnóstico, ao tratamento e suporte social para as pessoas afetadas por essa condição na Paraíba. “É um assunto que envolve muitos paraibanos e se nosso objetivo for alcançado e conseguirmos construir o equilíbrio das demandas e dos interesses iremos solicitar que o projeto seja pautado na próxima sessão para ajudar a quem mais precisa”, disse.

Com base nas solicitações apresentadas durante a audiência, o parlamentar espera elaborar e apresentar em breve aos paraibanos o Estatuto da Pessoa com Fibromialgia. Já reconheceram os portadores de fibromialgia como pessoas com deficiência os estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e o Distrito Federal.

Médico ginecologista, o deputado Dr. Romualdo reforçou a importância do debate no sentido de promover mais visibilidade aos sintomas e, assim, facilitar o diagnóstico precoce. “Fico muito feliz em participar da discussão sobre essa doença, que é nova, em termos de diagnóstico e visibilidade. Atinge muitas mulheres no período da perimenopausa, uma fase muito difícil de adaptação de uma nova situação de vida. Não é fácil e, por isso, é tão importante dar visibilidade a esse assunto”, defendeu o parlamentar.

A diretora técnica da FUNAD, Mércia Medeiros, esclareceu que a classificação da fibromialgia como deficiência depende de uma rigorosa avaliação multiprofissional, de acordo com a legislação vigente sobre deficiências. A assistente social observou que o reconhecimento de qualquer condição como deficiência tem que passar por uma avaliação detalhada, seguindo critérios legislativos e clínicos estabelecidos. “Qualquer pessoa que se sinta limitada por alguma incapacidade pode solicitar uma avaliação, mas é essa análise que determinará se a limitação configura uma deficiência”, afirmou.

De acordo com o médico anestesista e especialista em Dor, Bruno Paes, a fibromialgia é uma síndrome com um amplo espectro de sinais e sintomas e, por isso, o ponto principal do assunto é reforçar a importância do diagnóstico inicial correto. “Esses pacientes precisam, primeiramente, ser avaliados e acompanhados desde o início dos sintomas, para que o diagnóstico seja feito de forma correta. Em alguns casos, é necessário que esses pacientes precisem de algum auxilio social, de algum afastamento, em alguns momentos em que a doença está mais intensa. Em último caso, é preciso, inclusive de afastamento definitivo do trabalho. Por isso, o diagnóstico inicial é tão importante, para evitar que esse paciente sofra ainda mais”, defende o médico.

Diagnosticada há três anos com fibromialgia, a funcionária pública Adriana Porto afirmou que o debate iniciado pelo deputado Wilson Filho na Assembleia Legislativa é importante porque volta os olhares para um grave problema. “É crucial este debate, pois a fibromialgia é verdadeiramente incapacitante. Já é reconhecida como tal em 13 estados do Brasil, incluindo o Rio Grande do Norte, onde até a identidade já é marcada como PCD,” explicou Porto. Ela descreve a fibromialgia como uma condição que leva a dor a níveis extremos, causando fadiga, depressão, ansiedade e outras comorbidades, além de limitar as atividades diárias.

É possível acompanhar todas as matérias apresentadas na ALPB, assim como, todas as sessões, reuniões, solenidades e debates através da TV Assembleia, pelo canal 8.2, e também pelo canal TV Assembleia PB no Youtube.

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Paraíba

Sessão virtual da 2ª Câmara do TCE-PB tem processos de dez órgãos do Estado e Municípios

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Uma Inspeção Especial de Licitação e Contratos na Prefeitura Municipal de Santa Rita e outra de Acompanhamento de Contrato na Secretaria de Estado da Administração (exercício de 2024) compõem a pauta da 13ª Sessão Virtual da 2ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba aberta, às 10 horas, desta segunda-feira (25/11).

Até ao meio-dia da próxima sexta-feira, quando será encerrada, essa Sessão terá ocasionado o julgamento de um total de 16 novos processos, em meio aos quais, também, concorrências, contratos e seus termos aditivos, denúncias, atos de gestão de pessoal e um recurso de reconsideração oriundos, caso a caso, das Prefeituras de Itatuba, Caaporã, e, ainda, dos Institutos de Previdência de Bananeiras, Patos, Lagoa Seca, Campina Grande, Santa Rita, João Pessoa e PBPrev.

SÚMULA – Chegam a 1.855 os processos julgados pela 2ª Câmara do TCE desde 1º de janeiro deste ano até o último dia18. A relação inclui 64 contas de Câmaras de Vereadores, sete de Secretarias Municipais, 44 de órgãos da administração indireta dos municípios, seis inspeções em obras públicas, 47 inspeções especiais, 220 licitações e contratos, 120 denúncias e representações, 1.429 aos de pessoal, dois concursos, 22 recursos, 41 verificações de cumprimento de decisão e três outros processos de natureza diversa.

Integram a 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado os conselheiros André Carl Torres Pontes (presidente), Arnóbio Viana e Marcus Vinicius Carvalho Farias (substituto). O Ministério Público de Contas está aí representado pelo subprocurador geral Manoel Antonio Soares dos Santos. A TV TCE-PB, Canal no YouTube, exibe os julgamentos presenciais e remotos.

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Comissão da CMJP é favorável a realocação e crédito especial que soma R$ 1,29 milhão

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Na reunião desta segunda-feira (25/11), a Comissão de Finanças, Orçamento, Obras e Administração Pública (CFO) da Câmara Municipal e João Pessoa (CMJP) aprovou dois projetos do Executivo Municipal com uma realocação orçamentária e uma abertura de crédito especial que somam R$ 1,29 milhão. O colegiado ainda aprovou parecer contrário a um Projeto de Lei Ordinária (PLO).

Receberam parecer favorável o PLO 2274/2024, com a realocação de dotação orçamentária no valor de R$ 90 mil destinados à cobertura à Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Cidadania (Semusb); e o PLO 2284/2024, que autoriza o Executivo Municipal a abrir crédito especial na Secretaria de Planejamento no valor de R$ 1,2 milhão. Os recursos necessários à abertura correrão por conta do superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial da Prefeitura Municipal de João Pessoa, em 31/12/2023, de acordo com o artigo 43, § 1º, inciso I, da Lei Federal nº 4.320/64.

O projeto recusado pela Comissão foi o PLO 1440/2023, de Bruno Farias (Avante), que criaria o ‘Projeto Sons da Vida’, que trata do uso da musicoterapia como procedimento terapêutico, em equipe multidisciplinar, nos hospitais da rede pública ou privada e Unidades Básicas de Saúde de João Pessoa, facilitando e promovendo a comunicação, o relacionamento, o aprendizado, a expressão e outros objetivos terapêuticos relevantes para diversos tratamentos de saúde.

A relatoria do projeto coube ao vereador Marcílio do HBE (Republicanos), que se posicionou contrário ao mesmo alegando que sua execução vai gerar despesas adicionais significativas à Gestão Municipal. “Conforme exposto no artigo 3º deste projeto de lei, a iniciativa demanda a contratação de pessoal especializado para a implementação e manutenção do serviço, o que representa novos encargos para o Orçamento Municipal. Além dos custos com contratação, o projeto acarretará novas despesas operacionais, relacionadas à infraestrutura e ao fornecimento de materiais específicos para as atividades de musicoterapia. Dessa forma, a proposta fere diretamente o princípio do equilíbrio orçamentário, que visa assegurar que as despesas públicas estejam compatíveis com as receitas, evitando déficits que prejudiquem a saúde financeira municipal”, asseverou o relator.

“Embora a proposta tenha mérito social e potencial terapêutico, a previsão de aumento de gastos não planejados compromete o equilíbrio fiscal e pode impactar a saúde orçamentária do município. Diante disso, recomendamos a não aprovação do projeto, considerando os princípios de responsabilidade fiscal e a necessidade de priorização das despesas dentro do orçamento vigente”, ratificou Marcílio do HBE.

Mesmo com parecer contrário aprovado, a matéria segue para apreciação dos vereadores no plenário, durante a votação na Ordem do Dia.

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Governo da PB e PMJP assinam operação de crédito destinada ao projeto de mobilidade urbana em JP

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O governador João Azevêdo assinou, nesta segunda-feira (25), juntamente com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, operação de crédito, junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), no valor de 33 milhões de euros para a execução do projeto de mobilidade urbana de João Pessoa, que visa a implantação do Bus Rapid Service (BRS), serviço de ônibus rápido, uma ação em parceria com a Prefeitura da Capital paraibana. A cerimônia de assinatura ocorreu na Embaixada da França, em Brasília, e contou com as presenças do embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, e do diretor adjunto da AFD no Brasil, Léo Gaborit.

Na ocasião, o chefe do Executivo estadual celebrou mais uma parceria com a AFD e destacou que o equilíbrio financeiro do estado tem permitido a realização de obras estruturantes, visando o desenvolvimento sustentável da Paraíba. “A assinatura que celebramos hoje com a AFD só foi possível em virtude da eficiência da gestão fiscal do estado, que é rating A pelo quarto ano consecutivo pela Secretaria do Tesouro Nacional. Nós vamos implantar em João Pessoa um novo sistema de transporte público em parceria com a prefeitura, garantindo uma melhoria significativa na mobilidade urbana, oferecendo um transporte público rápido e seguro à população e esperamos iniciar as obras do BRS já no início do próximo ano”, declarou.

O diretor adjunto da AFD no Brasil, Léo Gaborit, destacou que os projetos representam um passo significativo rumo a um futuro mais sustentável e inclusivo para o estado da Paraíba. “Ao priorizar a mobilidade urbana de baixo carbono, a requalificação de áreas vulneráveis e a preservação ambiental, os projetos não apenas prometem melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, mas também reafirmam o compromisso com a adaptação às mudanças climáticas e o apoio a uma transição justa e de baixo teor em carbono”, disse.

Estiveram presentes à cerimônia o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena; o deputado federal Mersinho Lucena; além dos auxiliares da gestão estadual Deusdete Queiroga (secretário da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos), Virgiane Melo (secretária executiva da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos), Gilmar Martins (secretário do Planejamento, Orçamento e Gestão), Luciano Galdino (secretário da Representação Institucional) e Adauto Fernandes (secretário executivo da Representação Institucional).

O Projeto – O projeto que será executado pelo Governo do Estado conta com dois corredores de ônibus e três terminais de integração. O Corredor Cruz das Armas, com extensão de 15,3 km, que liga a área central da cidade à sua região sul, onde será instalado um terminal de integração com as linhas alimentadoras locais. São 24 bairros atendidos pelas linhas que passam neste corredor de ônibus de um total de 64 que compõem a cidade, beneficiando a população desses bairros, que é de 285.490 habitantes. Ou seja, 39,49% da população da cidade.

O Corredor Pedro II, com extensão de 14,5km, que liga a área central da cidade à região sudeste, onde será instalado um terminal de integração com as linhas alimentadoras locais. São 11 bairros atendidos pelas linhas que passam neste corredor de ônibus de um total de 64 que compõem a cidade. A população desses bairros é de 182.988 habitantes. Ou seja, 25,31% da população da cidade.

E ainda o Terminal Metropolitano, responsável por integrar diversas linhas de ônibus, atualmente. Das 93 linhas convencionais do município, 67 integram-se no Terminal Metropolitano do Varadouro.

O Terminal Cruz das Armas será um equipamento completamente novo no sistema de mobilidade urbana de João Pessoa, e devido à elevada demanda dos bairros atendidos na região, tem-se a expectativa de trazer benefícios significativos com relação à qualidade de vida da população do entorno, que atinge cerca de 285 mil pessoas.

O Terminal Pedro II também será completamente novo no sistema de mobilidade urbana de João Pessoa, com relevante integração de modais privados para o transporte público, pois se aproxima da zona sul do município, onde a demanda por mobilidade é elevada. A população atendida é de aproximadamente 182 mil pessoas.

A Prefeitura de João Pessoa ficará responsável pela implantação de dois corredores nas Avenidas Epitácio Pessoa e 2 de Fevereiro; de dois centros de transferência: terminais de integração Bessa e Avenida 2 de Fevereiro; e implementação de sistemas de transporte inteligente (STI) em melhoria da mobilidade na área central.

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