Neste Dia Nacional da Biblioteca (09), celebramos não apenas um espaço físico repleto de livros, mas um local onde os sonhos ganham asas, os conhecimentos se multiplicam e as histórias se entrelaçam. Em meio aos corredores silenciosos e às estantes repletas de saberes, encontramos não apenas livros, mas também esperança, superação e o crescimento.
Em uma biblioteca, as páginas dos livros se transformam em portais para novos mundos, e os estudantes se tornam exploradores ávidos em busca de conhecimento.
A gerente da Biblioteca Pública Municipal de Campina Grande, Erika Marques, disse que algumas pessoas praticamente moram no local. Um exemplo é Carlos Nitão, Procurador Federal na Advocacia-Geral da União e Chefe da Procuradoria Federal junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que já foi um frequentador assíduo deste santuário do saber.
Para o procurador, a biblioteca foi mais do que apenas um local para estudar; foi o palco de sua jornada rumo à aprovação em um concurso público tão almejado. ’A biblioteca era como uma segunda casa para mim. Lá, pude encontrar não apenas livros que me prepararam para meu objetivo, mas também um ambiente propício para a concentração e a reflexão. Cada página virada era um passo mais próximo do meu sonho’, explicou.
Carlos conta que frequentou a biblioteca municipal entre 2012 e 2013, e estava no local de segunda a sábado, chegando às 9h e saindo por volta das 21h30. Ele relata que, para ele e outros colegas, que não tinham condições de pagar por cursos privados, a biblioteca era o local ideal e acolhedor para as pessoas mais carentes. ’Eram pessoas que tinham objetivos e interesses comuns na vida, que era estudar, se preparar, para ser aprovado em um concurso público. Bibliotecas abrem caminhos e transformam realidades!”, disse.
O secretário municipal de Cultura, Ronaldo Cunha Lima Filho, relata que as bibliotecas não são apenas depósitos de livros, mas sim espaços dinâmicos que promovem a educação e o desenvolvimento pessoal. “Em um mundo cada vez mais digital, as bibliotecas permanecem como faróis de luz, guiando os sedentos por conhecimento em direção ao sucesso. Elas são centros de aprendizado que democratizam o acesso ao conhecimento e a Biblioteca Municipal de Campina Grande abraça do estudante de ensino fundamental ao pesquisador, abrindo portas para os que estão em busca de aprendizado para alcançar oportunidades que sem o saber são inimagináveis”, pontuou.
Doutores e mestres cultivados nos corredores das bibliotecas públicas
As bibliotecas públicas, enquanto espaços democráticos e acolhedores, permitem aos frequentadores o acesso aos recursos necessários para se tornarem os futuros professores, líderes, pensadores e inovadores da sociedade. Muitos doutores e mestres começaram os estudos nestes espaços e mantêm o hábito de frequentar bibliotecas.
A Doutora em Comunicação, Ligia Coeli Rodrigues, e o Mestre em Jornalismo, Diogo Almeida, ambos campinenses e jornalistas, falam sobre o processo de estudos e formação marcados pelas bibliotecas públicas de Campina Grande.
Ligia Rodrigues, hoje professora na Universidade Federal do Cariri (UFCA) fala que seu processo de formação foi marcado pelas bibliotecas públicas as quais ela teve acesso. “Foi nas bibliotecas públicas que tive acolhimento. São lugares mágicos onde eu passei a ter uma dimensão da importância de ler mais, de pesquisar mais, de duvidar mais! Observar a quantidade de livros, revistas e outros produtos impressos, me dá uma dimensão do quanto o mundo é vasto e de estarmos sempre abertos a aprender sempre”, disse.
Já Diogo Almeida falou sobre seu prazer em estudar em bibliotecas desde a infância. “Com uns cinco anos fui premiado como o leitor mirim que mais frequentava a biblioteca, e de lá pra cá continuo o mesmo. Eu gosto de estudar em bibliotecas porque elas são espaços incríveis, cheios de conhecimento, histórias e possibilidades, que acolhem a todos, sem distinção! Além de ser um ambiente tranquilo e inspirador, longe das distrações do dia a dia, dos celulares; que lhe ajuda a manter o foco e a concentração, sem falar do contato com os livros físicos, que traz uma sensação única de conexão com o conhecimento”, comentou.
“Neste Dia Nacional da Biblioteca, celebremos o encantamento dos estudos, o poder da educação e a importância vital das bibliotecas em nossas comunidades. Que esses templos do saber continuem a inspirar gerações futuras a alcançarem seus sonhos e a escreverem suas próprias histórias de sucesso”, disse o secretário Ronaldo Filho.
A Biblioteca Pública Municipal de Campina Grande funciona de segunda à sexta-feira, das 8h às 20h, na rua Maciel Pinheiro, 89, no Centro, atendendo alunos do Município e a comunidade campinense. O local também recebe alunos para visitas guiadas e ações. Com um acervo composto por aproximadamente 15.650 obras de mais de 8.270 autores, o espaço continua sendo um importante centro de educação e cultura na cidade.