A Uber do Brasil Tecnologia, com sede em São Paulo, confirmou, através de ‘Nota’ divulgada na segunda-feira (01/04), que decidiu banir de sua plataforma o motorista que praticou racismo religioso contra uma passageira na cidade de João Pessoa, a senhora Lúcia de Oliveira, líder de um terreiro de Candomblé na capital paraibana que solicitou o serviço da empresa para ir a um atendimento médico.
A decisão se deu após o Ministério Público da Paraíba (MPPB) notificar a empresa pedindo esclarecimentos sobre o ocorrido na Capital do Estado da Paraíba.
Uma Notícia de Fato 002.2024.016457 chegou a ser instaurada na terça-feira (26/03) pela promotora de Justiça, Fabiana Maria Lobo da Silva, que atua na área de defesa da cidadania pessoense.
A Nota
“A Uber não tolera qualquer forma de discriminação e informa que a conta do motorista está banida da plataforma. Em casos dessa natureza, a empresa encoraja a denúncia tanto pelo próprio aplicativo quanto às autoridades competentes e se coloca à disposição para colaborar com as investigações, na forma da lei.
A Uber busca oferecer opções de mobilidade eficientes e acessíveis a todos. A empresa reafirma o seu compromisso de promover o respeito, igualdade e inclusão para todas as pessoas que utilizam o APP“.
O caso
O procedimento foi instaurado após uma líder da religião de matriz africana candomblé denunciar a prática racista que sofreu na segunda-feira (25/04) quando enviou a localização do endereço onde estava para o motorista que aceitou a corrida ir buscá-la. Porém, ao ver que o local era um terreiro de Candomblé o dito motorista, identificado apenas como Leonardo que dirigia um veículo modelo Renault Sandero, enviou uma mensagem à usuária do serviço com conteúdo racista religioso e cancelou a corrida. A mãe de santo afirmou que, infelizmente, a prática é recorrente e que, portanto, não poderia mais se calar diante do preconceito sofrido pelas pessoas integrantes da religião. Na esperança de providências, a passageira prestou boletim de ocorrência na delegacia.
Confira imagem: