O próximo domingo, 28 de janeiro, marca o Dia Mundial de Combate à Hanseníase e o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. Em Campina Grande, a Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza atendimento no serviço de referência em tuberculose e hanseníase, que funciona na Avenida Rio Branco, número 584, no bairro da Prata.
Por este motivo, durante o mês de janeiro é realizada a campanha Janeiro Roxo, que chama a atenção para o cuidado, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado para a doença. No próximo dia 31, o serviço de referência vai realizar uma ação de diagnóstico chamada “Dia da Mancha”.
O centro para atendimento aos casos de hanseníase funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h. Vale salientar que se trata de um serviço especializado, logo, é necessário que o paciente seja atendido inicialmente na Unidade Básica de Saúde e, caso necessário, o cidadão é encaminhado para o centro. As UBS estão capacitadas para fazerem o diagnóstico e o tratamento e apenas nos casos mais complexos é que o paciente é encaminhado para a referência.
“O serviço é voltado para tratamento de reações hansênicas ou outros casos em que a unidade básica não possui domínio para tal. Dispomos de exame neurológico simplificado e exame de raspado intradérmico, para auxiliar no diagnóstico e acompanhamento do tratamento”, explicou a coordenadora, Lhaís Menezes.
O centro passou a atender 39 novos pacientes em 2023, sendo 22 de Campina Grande e 17 de outros municípios, já que é uma referência para 42 cidades da terceira macrorregião de saúde da Paraíba. No ano passado, foram realizados 1.615 atendimentos de enfermagem, 1.443 de fisioterapia e 1.284 do serviço social.
A hanseníase é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae e atinge a pele e alguns nervos, fazendo com que o paciente perca, por exemplo, a força muscular e a sensibilidade tátil, além de provocar dor. Também pode ocorrer o sumiço de pelos em certas partes do corpo; suor que para de acontecer nas regiões onde é comum; dormência em partes do corpo; caroços que surgem nas mãos e orelhas; inchaço e formigamento nas mãos, pés, braços e pernas, entre outros. O tratamento é feito com medicação e é uma doença que tem cura.
“É uma doença que até hoje ainda nos surpreende com várias apresentações clínicas. É uma doença que acomete nervos e pele. Na pele geralmente aparecem manchas claras, avermelhadas, placas, manchas hipocrômicas, e com a característica que é fundamental: a perda de sensibilidade no local. Também pode ter perda de pelos. E o paciente também pode ter a forma neural pura, que não apresenta lesões de pele, mas pode ter dormência em determinadas áreas do corpo, pode apresentar uma úlcera que não cicatriza, problemas na visão”, explicou a dermatologista do centro, Luciene Belarmino.