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Paraíba

Santa Rita: MPPB ajuíza ação para que Prefeitura fiscalize contratos firmados pela Administração

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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ajuizou uma ação civil pública em face do Município de Santa Rita, para obrigá-lo a adotar as providências necessárias à adequada fiscalização da execução dos contratos firmados pela Administração Pública. A ação 0807345-64.2023.8.15.0331 foi interposta pela promotora de Justiça Anita Bethânia Silva da Rocha e tramita na 5ª Vara Mista da Comarca de Santa Rita.

Conforme explicou a promotora de Justiça, a ação é um desdobramento do Inquérito Civil 001.2023.044455, instaurado em razão da adesão da Promotoria de Justiça ao projeto estratégico “Contrato 100%”, idealizado pelo Centro de Apoio Operacional às promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, que constatou que poucas prefeituras paraibanas têm formalizada a estrutura mínima legalmente exigida para a gestão e fiscalização dos seus contratos; que pouquíssimas fazem essa estrutura realmente funcionar e quase nenhuma adota reconhecidas boas práticas visando incrementar a eficiência das ações de gerir e fiscalizar os pactos.

Uma das prefeituras que se enquadra nessa realidade é a do município de Santa Rita, que tem violado os princípios constitucionais da Administração Pública da legalidade e eficiência, bem como exigências das leis de Licitações (Leis 8.666/93 e 14.133/21). “O Município de Santa Rita, apesar de devidamente cientificado por este órgão ministerial e instado, em mais de uma oportunidade, a solucionar extrajudicialmente as irregularidades através de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), optou por permanecer descumprindo tais exigências legais no que tange à fiscalização, gestão e execução dos contratos administrativos, e ainda deixando de adotar boas práticas voltadas a consagrar o princípio constitucional da eficiência nessa temática. Diante das ilegalidades e da tentativa frustrada via administrativa na qual não obteve acatamento pelo Município, o Ministério Público recorre ao Judiciário com o fim de promover medidas para a defesa da ordem jurídica”, explicou a promotora de Justiça.

Para ela, a gestão e a fiscalização do contrato administrativo são ferramentas imprescindíveis à Administração Pública na defesa do interesse público, além de serem exigências legais, capazes de prevenir e coibir a corrupção. “Ambas as Leis de Licitações e Contratos Administrativos preveem uma estrutura mínima para a gestão e fiscalização dos pactos administrativos, sempre mirando a eficiência, a eficácia e a efetividade, que são fatores primordiais para o alcance dos melhores resultados em todo o ciclo da contratação, sendo importante que tal estrutura, além de existir na prática, funcione orientada por reconhecidas boas práticas adotadas por órgãos públicos de notória excelência na atuação administrativa (e incentivadas pelos órgãos de controle interno e externo). Um contrato administrativo bem gerenciado e fiscalizado é uma maneira objetiva de se prevenir tanto a prática de atos de corrupção – em sentido amplo – na execução contratual como o desperdício/negligência para com o dinheiro público; ele se torna um instrumento poderoso em benefício do interesse público e da economia, com a aplicação eficaz dos recursos financeiros estatais”, argumentou.

Pedidos

Na ação, o MPPB requer a concessão de antecipação dos efeitos da tutela em caráter liminar, para que seja determinada a imposição da obrigação de fazer, sob pena de multa pessoal, para que o Município demandado proceda com as diligências necessárias para a adequada fiscalização da execução dos contratos firmados pela Administração Pública.

Para isso, o Município deverá proceder com a designação formal de gestor e de fiscal (em regra) para cada contrato firmado; garantir o cumprimento das formas dispostas em lei para o recebimento provisório e definitivo do objeto do contrato; observar as regras legais para a liquidação e pagamento das despesas contratuais (seguindo a ordem cronológica para cada fonte diferenciada de recursos) e dar publicidade e transparência dos contratos administrativos firmados (ressalvadas as exceções legais).

No mérito, pede o julgamento antecipado da lide; o reconhecimento da total procedência do pedido, com a confirmação dos pedidos formulados a título de antecipação de tutela e a condenação do Município à obrigação de fazer de regulamentar a Lei 14.133/21 através de decreto municipal.

O decreto municipal deverá tratar especialmente da designação formal de gestor e de fiscal (em regra) para cada contrato firmado, exigindo-se suas concretas atuações; da garantia de cumprimento das formas dispostas em lei para o recebimento provisório e definitivo do objeto do contrato; da observância das regras legais para a liquidação e pagamento das despesas contratuais (seguindo a ordem cronológica para cada fonte diferenciada de recursos) e da efetiva publicidade e transparência dos contratos administrativos firmados (ressalvadas as exceções legais).

Projeto “Contrato 100%”

O projeto estratégico do MPPB para a área do patrimônio público busca a implementação e efetiva operação, nos poderes executivos municipais, do aparato mínimo legalmente previsto para a gestão e fiscalização dos contratos administrativos, acompanhada da adoção de reconhecidas boas práticas já utilizadas por outros órgãos públicos para maximizar a eficiência dessas atividades.

O projeto começou a ser implementado, de forma regionalizada, em 2022. Entre os meses de outubro daquele ano a março de 2023, 12 promotores de Justiça que atuam em 43 municípios da 3ª microrregião administrativa do MPPB, polarizada por Guarabira, aderiram à iniciativa. Esse primeiro ciclo resultou na celebração de 20 TACs e no ajuizamento de cinco ações civis públicas que têm como objetivo garantir que as gestões municipais tenham a estrutura mínima prevista na lei para acompanhar e fiscalizar seus contratos, evitando o mau uso do dinheiro público. O trabalho deve resultar em mudanças em 35 cidades da região de Guarabira.

Atualmente, o projeto está sendo executado em 23 municípios da 1ª microrregião polarizada por João Pessoa. Vinte e um promotores de Justiça aderiram à iniciativa, nesse segundo ciclo de projetos estratégicos. O trabalho começou no último dia 22 de junho e deve ser concluído no início de dezembro deste ano.

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Eleição para nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acontece nesta terça-feira

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) deve acontecer nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

No entanto, o parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

 

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Maior evento religioso da PB, Romaria da Penha ocorre neste sábado e deve reunir milhares de fiéis

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A tradicional Romaria da Penha, maior evento religioso do Estado, acontece neste sábado (23/11) em João Pessoa. Em um percurso de caminha com extensão de 14 quilômetros, milhares de fiéis participarão da 261ª edição da festa, que tem como tema “Senhora da Penha, porque ‘somos todos irmãos’, ajudai-nos a viver a fraternidade e a amizade social”.

Programação

Os eventos começam às 16h30, com a Carreata de Nossa Senhora da Penha. A imagem da santa será conduzida do Santuário da Penha, localizado no bairro da Penha, até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes*, no Centro da cidade.

A Romaria tem início às 22h, partindo da Igreja de Lourdes em direção ao Santuário da Penha. A caminhada, que atrai devotos de diversas cidades e estados, deve terminar por volta das 3h30, com a celebração de uma missa campal presidida pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Caminhada de fé

A Romaria da Penha é uma manifestação de fé que atrai pessoas de todas as idades, reunindo famílias, grupos de oração e comunidades paroquiais. Os fiéis caminham em oração e cânticos, muitos carregando velas ou imagens da santa, criando um ambiente de emoção e devoção.

O evento, que acontece há décadas, é considerado uma das maiores expressões de religiosidade popular do país e celebra a intercessão de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Santuário e símbolo de proteção para os fiéis.

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Sudene aprova liberação de recursos do FDNE para parques eólicos da PB e RN

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A Sudene autorizou o pagamento de novas parcelas de financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para os parques eólicos Ventos de Santa Tereza 01 e Serra do Seridó II, IV, VI, VII e IX.

No total, a Diretoria Colegiada da autarquia aprovou o desembolso de R$ 70,8 milhões do fundo regional para estes empreendimentos que estão instalados no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento para a energia renovável na nossa área de atuação, atraindo investimentos para o setor. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica, contribuindo para o papel de destaque que o Nordeste tem na transição energética”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.

A empresa Ventos de Santa Tereza 01 investiu R$ 249,4 milhões no parque eólico de geração de energia no município de Pedro Avelino (RN). Desse valor, R$ 143,1 milhões foram financiados pelo FDNE, com projeto aprovado em 2022, dos quais já haviam sido liberados R$ 67,7 milhões.

A última aprovação foi referente à segunda parcela do financiamento. O projeto tem potência instalada de 41,3 MW de energia e vai gerar 90 empregos diretos e indiretos quando estiver em operação plena.

Os cinco parques eólicos Serra do Seridó, localizados no município de Junco do Seridó (PB), somam um investimento total de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões são do FDNE.

Os valores liberados na última reunião da Diretoria Colegiada correspondem à quarta parcela do financiamento – no total, serão R$ 15,7 milhões. Essas unidades são da multinacional EDF Renewables e fazem parte do Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, que entraram em operação em julho do ano passado e têm capacidade total instalada de 480 MW.

O agente operador desses financiamentos é o Banco do Brasil. A Sudene conta com quatro instituições financeiras como agentes operadores do FDNE, além do BB. São elas Caixa Econômica Federal , Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Evolução, Banco do Nordeste (BNB) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a importância do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para a região e reforça que a contratação de novos agentes operadores “fortalece a política de democratização de acesso ao crédito e contribui para uma maior interação com o setor produtivo, uma vez que essas instituições estão mais próximas da realidade local. “Essa ação está em sintonia com a aposta da Sudene em um diálogo mais efetivo que tenha, como consequência, a atração de novos negócios e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Em fevereiro, foi assinado um protocolo de intenções para que o Banco do Estado de Sergipe (Banese) também passe a operar os recursos do FDNE. Para o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, esse é um caminho para “democratizar os fundos regionais, que é uma orientação do Governo Federal, contribuindo para uma maior divulgação desse importante instrumento de ação, que é o fundo, e ampliando o acesso ao crédito”.

Heitor Freire falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse o gestor.

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