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Paraíba

Constrangimento vivido por executiva no Aeroporto de Campina Grande é destaque nacional; entenda

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O constrangimento vivido por uma executiva nas dependências do Aeroporto Presidente João Suassuna, em Campina Grande, no domingo (03/12) virou destaque nacional e provocou revolta em várias pessoas.

O caso foi relatado em uma matéria especial da Folha e conta que a executiva, Gabriela Torquato, de 31 anos, presidente do Instituto XP, foi obrigada por funcionários do Aeroporto a retirar a perna mecânica que usa para se locomover para poder ter acesso ao avião.

O detalhe que piora a situação é que, a data 03 de dezembro é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Confira a matéria com fotos clicando aqui ou leia o texto logo abaixo:

Executiva é submetida a constrangimento de tirar prótese no raio-x para embarcar

Para embarcar de volta para casa após viagem a trabalho, a executiva Gabriela Torquato, 31, precisou tirar e passar no raio-x a prótese que cobre grande parte de seu corpo. A experiência traumática aconteceu no aeroporto Presidente João Suassuna, em Campina Grande, na Paraíba, neste domingo (3), Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Acostumada a viajar com frequência, a presidente do Instituto XP diz que foi a primeira vez que isso aconteceu com ela no Brasil, além da Etiópia.

Após argumentar com funcionárias do aeroporto, administrado pela Aena, Gabriela cedeu e foi a uma sala onde tirou a prótese. Por não caber na bandeja, pediu que não a encostassem na esteira do raio-x, uma vez que fica em contato direto com seu corpo.

“Ficar sem a prótese é um momento de vulnerabilidade enorme pra mim. É um negócio íntimo, eu fico quase nua, em carne viva, tem sangue”, diz ela, que publicou em suas redes sociais um desabafo.

Gabriela Torquato narrou à Folha o ocorrido, na esperança de que lideranças sejam responsabilizadas e que processos de segurança em aeroportos sejam revisados.

“Esse foi um caso um pouco mais extremo do que vivo quase todos os dias. Sei que quando vou pegar um vôo vou viver situações absurdas. É sistêmico, temos que falar sobre isso.”

“Eu estava em um vôo longo, com escalas, em uma viagem a trabalho. Faltavam 20 minutos para o embarque, eu viajaria às 15h30. Estava cansada, foram dias sentindo dor, minha pele estava em carne viva.

Como não tinham comprado passagem que incluía cadeira de rodas, usava minha própria mala como apoio. Peguei a fila preferencial no raio-x, onde fui recebida por profissionais que supostamente são treinadas para lidar com pessoas com deficiência.

Passei a bagagem. Uma das funcionárias estranhou minha prótese. Ela é bem grande, vai até o seio.

Eu tive má formação congênita, não tenho os ossos do quadril do lado esquerdo nem o membro inferior. Meu nível de amputação é grande e, por isso, uso uma prótese que amarra na cintura desde que tinha um ano e meio de idade, que é quando alcancei peso suficiente para aguentá-la.

Esse tipo de situação acontece sempre quando viajo. A minha prótese é rara. As pessoas não estão preparadas e não acreditam. Então, às vezes, eu levanto a blusa rapidinho e tudo se resolve.

Mas ali não. A moça estava visivelmente nervosa e explicou que teria que encostar em mim. E que teria que tirar a prótese e passá-la no raio-x.

Eu respondi tranquilamente que aquilo nunca tinha acontecido no Brasil, que não era procedimento padrão. E olha que eu viajo bastante, já fui a lugares bem pitorescos em questão de segurança, como Rússia e Israel. Só na Etiópia, por dificuldades na comunicação, é que passei por algo parecido.

A moça preferiu chamar a supervisora. As duas não sabiam o que fazer naquela situação. Elas estavam tentando ser cuidadosas, mas entendi que estavam completamente despreparadas. Faltava treinamento. E ela começou a falar que era lei, que precisava fazer vistoria.

Eu perguntei se podia levantar a blusa ali para elas verem, estava aflita com o horário. Vai ser um constrangimento, elas disseram, e me pediram para ir a uma sala. Sozinha, sem minha bagagem, sem nada e ninguém que pudessem testemunhar.

Mas eu não tive forças para reagir. São 24 horas guerreando. E eu às vezes até peço desculpa quando vão me revistar porque começam a me apalpar e eu fico sem equilíbrio.

Na sala, elas do lado de fora, eu tirei a prótese. É delicado porque ela é muito grande e pesada. Não cabe na bandeja do raio-x.

Ficar sem a prótese é um momento de vulnerabilidade enorme pra mim. É um negócio íntimo, eu fico quase nua, em carne viva, tem sangue. E aí a pessoa vai colocando a mão, dizendo que poderia ter algo escondido ali, sabe?

Eu pedi que não deixasse encostar a prótese no chão ou na esteira porque são lugares sujos e ela fica em contato com a minha pele.

Ela saiu sem nem saber como segurar. Quando voltou, veio fazer a revista sem a prótese. Passou a mão no meu toco e na virilha. Sentir o toque de alguém em carne viva não é gostoso, foi um processo de estar ainda mais nua.

Eu me troquei correndo. Depois disso, fui ao banheiro para pessoas com deficiência. Mais irregularidades. E caminhei bastante para o embarque. Ainda estou sentindo os efeitos do que passei, fiquei em choque. Cheguei em casa depois das 22h.

E esse foi um caso um pouco mais extremo do que vivo quase todos os dias. É sistêmico, temos que falar sobre isso. Imagina se acontece com alguém que não tem a posição de privilégio que eu tenho? Traumatiza.

Eu poderia ter colocado alguma coisa embaixo da prótese? Poderia. Mas o fato de ser possível não quer dizer que dá para adotar medidas de segurança extremas em um caso como esse.

Precisamos de tecnologias para apoiar as revistas, de forma segura e que não causem desconforto, como já acontece em outros países. E uma legislação adequada que não deixe margem para que coisas absurdas aconteçam.

Eu não quero que as funcionárias sejam demitidas. Isso não resolve o problema. Eu quero que as lideranças sejam responsabilizadas e que mudem os processos.

Quando a gente vive isso todos os dias, a gente naturaliza. Sei que quando vou pegar um vôo, vou viver situações absurdas. Mas precisamos de mais sensibilidade, precisamos virar o jogo.”

Em nota, a Aena, concessionária que administra o aeroporto de Campina Grande, assim como Congonhas (SP), lamentou o atendimento realizado e pediu desculpas a Gabriela Torquato.

“Embora a inspeção tenha acusado a presença de metal no corpo da passageira, a profissional presente no momento poderia ter solicitado a liberação do embarque à Polícia Federal.”

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“Cada instituição de ensino tem que explicar o aumento”, diz secretário do Procon-JP

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Às vésperas do período de matrículas e rematrículas nas escolas de ensino privado, o secretário do Procon João Pessoa, Rougger Guerra, fez um alerta às instituições sobre a necessidade de detalhamento no aumento das mensalidades.

A medida tem por objetivo coibir e inibir possíveis reajustes abusivos.

Durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM desta quarta-feira (23/10), Rougger explicou que as escolas precisam comprovar, por meio de planilha no ato da matrícula, os itens que justifiquem para os pais o aumento dos valores.

“Portanto, que se diga que não há um percentual específico a ser adotado quando do aumento dessas mensalidades. Cada escola individualmente, cada instituição de ensino, tem que comprovar, por meio de uma planilha colocada em local visível no ato da matrícula, seja no local da matrícula, explicando cada aumento”, detalhou.

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Resultado do 2º turno na Paraíba será divulgado até às 19h do domingo, prevê TRE-PB

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O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) revelou que a divulgação do resultado do segundo turno em João Pessoa e Campina Grande, que ocorrerá no próximo domingo (27/10), deverá ser anunciado até às 19h da mesma data.

Com menos números a serem apurados, trabalha-se com a possibilidade de uma redução de até uma hora em relação a divulgação do resultado do primeiro turno, que aconteceu por volta das 19h30.

A Corte alerta, no entanto, que a celeridade da apuração depende muito do comportamento do eleitor. Isso porque caso o cidadão vote cedo, como ocorreu no primeiro turno, o resultado pode sair antes mesmo das 18h.

Vale ressaltar que assim como no último dia 6 de outubro, o horário da votação do próximo domingo será unificado, com os locais de votação operando das 8h até as 17h.

 

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Paraíba

Levantamento confirma aumento dos números de candidaturas femininas e de eleitas na Paraíba em 2024

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A Justiça Eleitoral confirma aumento dos números de candidaturas femininas e de eleitas na Paraíba em 2024. O dado faz parte de um levantamento realizado pelo departamento de Consultoria-Geral da Câmara dos Deputados, em Brasília, que fez uma triagem detalhada sobre os números do pleito deste ano.

De acordo com o levantamento, um total de 3.464 candidaturas femininas nas Eleições 2024 foram devidamente registrada na Paraíba e um total de 564 mulheres foram eleitas em território paraibano para cargos de prefeita, vice ou vereadora.

O estudo também fez uma comparação entre os pleitos de 2020 e 2024 e identificou que no processo eleitoral mais recente o número de candidaturas femininas foi menor que o anterior, porém, a quantidade de eleitas foi maior.

Confira os números:

Candidaturas femininas:

2020 = 3769;
2024 = 3464.

Mulheres eleitas:

2020 = 449;
2024 = 564.

Os números ainda estão distribuídos da seguinte forma:

Candidatas a prefeita:

2020 = 105;
2024 = 115.

Candidatas eleitas a prefeita:

2020 = 37;
2024 = 54.

Candidatas a vice-prefeita:

2020 = 133;
2024 = 141.

Candidatas eleitas a vice-prefeita:

2020 = 52;
2024 = 58.

Candidatas a vereadora:

2020 = 3531;
2024 = 3208;

Candidatas eleitas a vereadora:

2020 = 360;
2024 = 452.

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