O ex-deputado federal Julian Lemos comemorou o resultado do processo 0815359-39.2021.8.15.2002 movido contra ele pelo ex-assessor do ex-presidente da República, Tercio Arnaud Tomaz, na Justiça paraibana.
Julian, que estava sendo acusado por Tercio pelas supostas práticas de “Calúnia, Difamação, Injúria“, foi inocentado pela Justiça.
A decisão foi registrada na última semana.
Julian Lemos lembrou que ao longo de quatro anos foi “vítima de tudo que podia se imaginar de calúnias, difamações e ataques” que teriam sido proferidos tanto pelo “clã Bolsonaro” como por pessoas que estavam em torno do ex-presidente.
“Quando falo do entorno, falo de um bem próximo e um dos maiores investigados na CPI das Fakes News, investigado por envolvimento nas milícias digitais que buscavam destruir reputações de quem entrasse na mira deles, falo do o mesmo que buscou além de todo inconveniente que me causou, me processar por aquilo que era prática deles, calúnias e difamações. Falo de Tercio Arnold Tomaz, assessor direto do ex-presidente inelegível, que se prestou a me acusar do que ele é“, enfatizou o ex-parlamentar que, por sua vez, ainda fez questão de agradecer publicamente o trabalho realizado pelo advogado Carlisson Figueiredo.
“Quem anda na luz da verdade não teme a escuridão da mentira“, finalizou Julian.
Tercio Arnaud
O paraibano é apontado como integrante do chamado “gabinete do ódio” e chegou a ser indiciado pela CPI da Covid realizada pelo Senado Federal, em Brasília, ainda no ano de 2021.
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Técio Arnaud havia sido inserido na lista de pessoas que iriam responder pelo Art. 286 previsto no Código Penal Brasileiro como sendo o ato de “Incitar, publicamente, a prática de crime” e pode ser punido com pena de detenção que vai de três a seis meses ou aplicação de multa.
De acordo com uma reportagem especial publicada pela BBC News, o paraibano era o “elo mais forte” entre Bolsonaro e páginas virtuais integrantes de um esquema de publicações falsas nas redes sociais para favorecer o ex-presidente.
Na época, o próprio Facebook tirou do ar uma rede de perfis, páginas e grupos ligados a partidários de Bolsonaro no Facebook e no Instagram, que também pertence à empresa, por serem contas inautênticas, uma violação de suas políticas. Segundo o Facebook, a rede estaria sendo usada para enganar pessoas sobre sua origem e sobre quem estava por trás da atividade.
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