Novembro é considerado o Mês Internacional de Sensibilização para a Prematuridade e o objetivo da campanha Novembro Roxo é alertar sobre o crescente número de partos prematuros e como preveni-los, além de informar sobre as consequências do nascimento antecipado para o bebê, para sua família e também para toda a sociedade.
Com o tema ’Pequenas ações, Grande Impacto: Contato pele a pele imediato para todos os bebês, em todos os lugares.’ o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) vai dedicar todo este mês à abordagem deste assunto importante. Serão realizadas ações de conscientização, como palestras e rodas de conversas com todas as gestantes e familiares atendidos na maternidade. As ações também se estendem às Unidades Básicas de Saúde (UBS), que fazem o acompanhamento às gestantes durante o pré-natal.
No Isea, após o nascimento prematuro, são disponibilizadas aos recém-nascidos estruturas específicas, como a UTI Neonatal, Semi-Intensiva, Berçário Intermediário e a Ala Canguru, respectivamente. É oferecido ainda o suporte clínico, com equipes especializadas para o acompanhamento e o desenvolvimento destes bebês. Existe também o Banco de Leite Humano Dr. Virgílio Brasileiro, que oferta leite materno às crianças prematuras de todas as maternidades da cidade.
O contato pele a pele precoce oferece muitos benefícios para o bebê prematuro, seja enquanto eles ainda são pequeninos ou mesmo quando em longo prazo, com repercussões significativas para toda a vida da criança. Os prematuros extremos, os mais vulneráveis, são os mais beneficiados por esse contato, é o que mostram os estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda essa prática que traz inúmeras vantagens para o desenvolvimento do bebê prematuro.
Zero óbito por prematuridade – Entende-se, por parto prematuro, o nascimento de bebês nascidos antes das 37 semanas de gestação, sendo esta considerada uma das principais causas de mortalidade infantil.
Desde o ano de 2021, o Município de Campina Grande não registra óbitos por prematuridade. Ou seja, nos três últimos anos, a cidade não tem mortes catalogadas em que a causa determinante foi a prematuridade, de acordo com os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
A ausência dos cuidados com o pré-natal é um dos fatores determinantes para a mortalidade nestes casos. As principais causas que contribuem para a prematuridade são o tabagismo, o consumo de álcool, o uso de entorpecentes, o estresse, as infecções urinárias, diabetes, obesidade e a hipertensão durante a gestação.
Portanto, é importante alertar para que as gestantes realizem de forma correta o seu pré-natal, fazendo as consultas médicas e exames periódicos, as ultrassonografias de rotina e tomando todas as vacinas necessárias para o período, sempre com acompanhamento médico, garantindo assim a saúde da mãe e o bom desenvolvimento do bebê.
A prematuridade é considerada um problema de saúde pública, pois ainda é cercada por desinformação. Pesquisas mostram que 30% das mães e pais de bebês prematuros desconheciam totalmente o tema antes de eles mesmos passarem por essa experiência; 30% conheciam muito pouco e 28% possuíam praticamente nenhum conhecimento sobre o assunto.
Por isso, a necessidade de incluir o tema da prematuridade na formação e na capacitação contínua de profissionais de saúde que atuam na fase anterior ao parto, como os profissionais da Atenção Básica de Saúde, para que estes possam informar às famílias, e de maneira adequada, sobre a necessidade de um bom e correto pré-natal como sendo a melhor forma de prevenção de casos de nascimentos prematuros.