Crianças e adolescentes do Complexo Habitacional Aluízio Campos estão avançando em melhorias relacionadas ao comportamento social e familiar após integrarem as oficinas esportivas e temáticas promovidas pela Prefeitura de Campina Grande. As ações são promovidas por meio do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) Aluízio Campos, coordenado pela Secretaria de Assistência Social (Semas). Por meio do esporte, as atividades recreativas e didáticas estão garantindo o fortalecimento de vínculos desse público com suas famílias e com a equipe que atua no Cras.
As aulas de futsal iniciaram na unidade em abril deste ano, com 10 crianças e adolescentes. Atualmente, 15 deles estão praticando o esporte, contando inclusive com uma lista de espera. A atividade, que ocorre nas terças-feiras pela manhã, na quadra do bairro, inclui roda de conversa, pré-treino com temáticas sobre a família, escola, drogas, tipos de violência, entre outras ações. A ideia é sempre orientar este público, quanto às situações diárias, criando uma rede de apoio.
O professor de educação física que acompanha o grupo, Raiff Moreira, destacou as principais mudanças ocorridas desde o início do acompanhamento. “Eles já têm um entendimento melhor sobre a dinâmica familiar, inclusive estão se comportando melhor. Nós acabamos criando um laço maior com eles e eles já se sentem mais à vontade para falar sobre problemas e pedir conselhos, principalmente para resolver conflitos. Isso para nós é um desafio e quando vemos esses resultados é muito gratificante”, contou o professor.
Lucas Oliveira, de seis anos de idade, disse que ama estar participando das oficinas. “Gosto muito de participar do grupo e de fazer gols (risos). A gente conversa um monte de coisa com o professor Raiff e com todos do Cras. É muito bom vir pra cá, aprendi a me comportar melhor e também a jogar futsal”, disse o menino.
“Aqui eu tenho espaço para brincar e jogar bola. Eu cheguei mais ou menos no meio do ano e já aprendi, perdendo e ganhando. Eu também gosto das atividades dentro do Cras. O lanche é gostoso e eles sempre conversam com a gente. Aí a gente vai aprendendo sobre outras coisas que não sabemos e depois a gente vem para a quadra jogar. É divertido”, disse outro aluno, Luan Silva, que tem 10 anos.
A coordenadora da Unidade, Isabel Carvalho, enfatizou que a Semas pretende ampliar ainda mais o projeto. “Nós queremos muito e temos pensado em formas sobre como podemos aumentar essa oferta para a comunidade no próximo ano, principalmente porque temos notado esses resultados positivos, beneficiando famílias, através das nossas crianças e adolescentes, com um espaço de lazer e cultura, sob a supervisão de toda a nossa equipe”, finalizou a coordenadora.