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“Caminhos das Ararunas”: trilha de longo percurso na Paraíba é destaque do Turismo no Brasil

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Os Ministérios do Turismo (MTur), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançaram na sexta-feira (22/09) a 11ª edição do Boletim de Inteligência de Mercado no Turismo – Trilhas do Brasil. O material traz aos profissionais do setor, turistas e “trilheiros” dados e informações sobre os mais variados trajetos que existem no país, que são responsáveis por movimentar o ecoturismo e a economia local, além de serem ferramentas fundamentais para a conservação dos biomas brasileiros.

Dentre os destaques está a trilha de longo percurso na Paraíba conhecida como “Caminhos das Ararunas”, que possui um total de 125 km de percurso, começando no Município de Araruna e terminando no de Cuité atravessando vales, montanhas e interliga unidades de conservação bem preservadas, passando ainda por vilas e povoados com vista para o Estado vizinho do Rio Grande do Norte.

Ainda no mesmo percurso são registradas ruínas históricas, sítios arqueológicos, grande blocos rochosos surpreendentes como Pedra da Caveira, Pedra da Boca, Pedra do Forno do Coração, Pedra do Chapéu, Pedra olho d´água dos Índios, Pedra da Macambira e Canino da Serra Verde, Cânion do Macapá.

Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, as trilhas desempenham um papel fundamental no setor. “Essa opção de turismo oferece aos visitantes oportunidades únicas de explorar a diversidade natural e cultural do país de maneira sustentável. Além de vivenciar a biodiversidade, as trilhas ainda contribuem com a economia local, promovem a conservação ambiental e fomentam o respeito pelas comunidades locais”, destaca o ministro.

No boletim, as trilhas são categorizadas em “longo curso regional” – demanda pelo menos uma pernoite; e “longo curso nacionais” – que demandam mais de 28 dias de caminhada para serem concluídas. Entre paisagens deslumbrantes, como praias, florestas, picos, mangues, dunas, lagos e pinturas rupestres, as trilhas possibilitam realizar atividades como cicloturismo, canoagem, montanhismo, observação de aves, corridas, campismo, interpretação ambiental, observação de fauna, flora ou formações geológicas, dentre diversas outras.

O documento também traz informações relevantes para o turista como a distância em quilômetros; grau de dificuldade da trilha; duração do percurso em dias; bioma; altimetria; municípios abrangidos; como chegar; aeroportos mais próximos; redes sociais e QR Code que direciona para o mapa da trilha; e atividades e experiências turísticas ofertadas em cada uma delas.

No documento estão listadas trilhas localizadas no Acre, Amazonas, Pará, Paraíba, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e, ainda, as trilhas interestaduais, presentes no Piauí, Ceará, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Clique aqui e acesse a 11ª edição do Boletim.

O relatório destaca ainda que todas essas trilhas se somarão em uma grande trilha nacional que está sendo implementada no Brasil. Do Oiapoque ao Chuí, é uma trilha de longo curso nacional conectará os extremos do país e percorrerá todo o corredor litorâneo. A iniciativa, que foi idealizada pelo ICMBio e chancelada pelo MTur e MMA nasceu da constatação de que a faixa litorânea brasileira é um dos maiores e mais fragmentados corredores de fauna do país. Esta grande trilha, de cerca de 8 mil quilômetros, ligará quatro biomas do Brasil, entre eles: Pampas, Caatinga, Amazônia e Mata Atlântica.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO – A cartilha relembra o quão importante são as trilhas para a conservação da biodiversidade e para o desenvolvimento do turismo nas unidades de conservação. Resultado disso é a evolução observada, que evidencia um aumento expressivo na demanda de visitação nas unidades de conservação federais, saltando de 5,7 milhões de visitas em 2012 para 21,7 milhões de visitas no ano de 2022.

O aumento foi observado a partir da implementação de trilhas como: a Travessia das Sete Quedas, no Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, e de trilhas para ciclismo na Floresta Nacional de Brasília. Além disso, a consolidação de programas de voluntariado e esforços de implementação de sinalização de trilhas para ciclismo e para caminhada resultaram no aumento da visitação em UC’s federais. Nas trilhas conhecidas como Caminhos da Flona, que integra os Caminhos do Planalto Central, os seus indicadores registraram um salto de pouco mais de 26 mil e 33 mil entre 2015 e 2016, para mais de 70 mil visitantes em 2019.

Ao longo dos anos, já foram desenvolvidos mais de 27 projetos de trilhas de longo curso em cerca de 50 unidades de conservação federais, que integram trilhas que eventualmente ultrapassam os limites das áreas protegidas.

REDE TRILHAS – Entre serras e cumes, ou pelo cerrado, as trilhas do Brasil possuem algo em comum, as pegadas amarelas e pretas, símbolo característico da Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso (RedeTrilhas). A pegada confere um sentimento de pertencimento da rede de trilhas brasileira.

A RedeTrilhas é uma iniciativa que tem o objetivo de promover as trilhas de longo curso como instrumento de conservação da biodiversidade e conectividade de paisagens e de geração de emprego e renda no entorno das trilhas, funcionando como uma ferramenta de conservação.

Representando a Rede, as pegadas amarelas e pretas já estão presentes em 7 trilhas, ou 2.295 quilômetros, e outras 14 que estão em processo de reconhecimento. Dentro do programa, o documento lançado pelo MTur “Trilhas do Brasil: manual de estruturação e promoção turística das Trilhas de Longo Curso”, auxilia no desenvolvimento dos produtos turísticos nas trilhas de longo curso brasileiras.

Um diferencial é que apesar de padronizadas, cada trilha possui a sua singularidade, promovendo a identidade de cada uma com suas características. O modelo fomenta o Brasil como um destino certo para o ecoturismo.

TENDÊNCIAS – Entre as aventuras mais desejadas, a viagem regenerativa é umas das macrotendências que influenciam o viajante ao escolher um destino, relembra a Revista Tendências do Turismo 2023 publicada pelo MTur. Essa categoria oferece opões de atividades educacionais, que conscientizam os trilheiros e os ajudam a conhecer e valorizar aquele ambiente onde a trilha está inserida. O Slow travel, também presente como uma das tendências, mostra como o turista está interessado em cominar o sentimento de desacelerar ao mesmo tempo que explora a natureza.

Destinos mais distantes e poucos conhecidos também receberam reconhecimento como uma microtendência. Essa opção comumente disponível em trilhas, tem o intuito de promover a fuga da realidade, trazendo simplicidade, liberdade e a conexão com paisagens naturais e únicas em meio ao lazer das caminhadas ou do cicloturismo. Dentro dessa aventura, é possível encontrar destinos considerados “joias escondidas”, que proporcionam um bem-estar repaginado, com foco no equilíbrio total entre o físico, o mental e o emocional.

Ao final do Boletim estão disponíveis outros documentos, como: a cartilha Fundamentos do Planejamento de Trilhas; o Manual de Sinalização de Trilhas; a Cartilha RedeTrilhas; e a cartilha Trilhas do Brasil: manual de estruturação e promoção turística das trilhas de longo curso.

CONGRESSO – Durante os dias 20, 21 e 22/09, o Ministério do Turismo compareceu ao 2º Congresso Brasileiro de Trilhas, no Rio de Janeiro. A ocasião reuniu os principais especialistas e profissionais do ramo para debater, dentre outros assuntos, a consolidação de políticas públicas para as trilhas de longo curso no país. A Pasta apresentou os avanços da RedeTrilhas e as políticas públicas no território nacional e estadual, além de informações sobre como transformar as trilhas em produtos turísticos competitivos. Clique AQUI e saiba mais.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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