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Marcha das Margaridas retorna a Brasília; expectativa é de mais de 100 mil mulheres de todo o país

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Marcha das Margaridas tem um significado especial para cada uma das mulheres que participam do tradicional evento, que, nesta quarta-feira (16/8), faz o trajeto de aproximadamente dez quilômetros do Parque da Cidade até o final da Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Realizada a cada quatro anos, a marcha representa um grito de resistência e da cotidiana luta em defesa dos direitos dos povos do campo. É um movimento para as mulheres trabalhadoras rurais, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, sem-terra, extrativistas, LGBTQIA+ e moradoras de centros urbanos usarem o espaço público – no centro político brasileiro – para apresentar reivindicações vindas de todos os cantos e interiores do país.

 

“Essa sétima marcha é importante para nós pelo fortalecimento da agricultura familiar, em defesa das mulheres, no combate contra a violência da mulher. São várias pautas que nós, aqui, vamos reivindicar. Pela segurança alimentar nutricional também. São várias pautas. Nós estamos com uma caravana com 42 mulheres aqui do município de Urandi, na Bahia”, disse a trabalhadora rural Cida Rodrigues. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa do encerramento do ato, na Esplanada dos Ministérios, a partir das 10h.

Além das mais de 100 mil mulheres brasileiras do campo, da floresta, das águas e das cidades, participam representantes de 33 países. Neste ano, as atividades da 7ª Marcha das Margaridas ocorrem desde esta terça-feira (15/8), com painéis, discussões e eventos. Coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), federações e sindicatos filiados e 16 organizações parceiras, o evento tem como lema ‘Pela Reconstrução do Brasil e pelo bem viver’.

A trabalhadora rural e professora de sociologia Suzana da Silva Pimentel veio de Monte Santo, no Território Sisal, na Bahia, para participar da marcha pela primeira vez. Ela compartilhou seu sentimento em participar do ato: “Só de sair lá do interior da Bahia e vir para essa aglomeração, no coletivo com outras mulheres de outras regiões, já mostra uma força muito grande. Demonstra o quanto a gente precisa se organizar e quem tem que se organizar e lutar somos nós. Nós, mulheres que estamos lá na Caatinga, lá no interior, temos que enfatizar as necessidades que temos, as mulheres catingueiras lá do Nordeste”.

Ela é uma das que aguarda o pronunciamento do presidente Lula durante a Marcha das Margaridas: “A gente está acreditando nesse novo governo. É a nossa cara, foi o nosso voto e é por isso que a gente acredita”, contou a professora baiana.

A quebradeira de coco Raimunda Nonata Bezerra de Oliveira, conhecida como Mundinha, contou um pouco sobre sua rotina em Imperatriz, no Maranhão: “A luta no dia a dia é grande. Amanhece o dia, a gente já tem que estar pegando no batente, como é o ditado de lá. A gente trabalha na roça, a gente pesca, a gente quebra coco babaçu e é grande a luta, mas é gratificante”.

Ela frequenta a Marcha das Margaridas desde 2011 e acrescenta: “Para nós, é uma importância muito grande porque o nosso movimento se identifica com essa marcha, identifica nós, o movimento das quebradeiras de coco lá do Maranhão. Para nós é uma satisfação e é muito bom estar participando. É um prazer estar participando porque a gente reivindica os nossos direitos e os nossos deveres”.

MARGARIDA ALVES – A Marcha das Margaridas é uma homenagem a Margarida Maria Alves, uma trabalhadora rural e sindicalista paraibana que passou sua vida lutando pelos direitos das mulheres trabalhadoras rurais. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983 e se tornou um símbolo em defesa dos direitos da categoria – e um marco na denúncia das violações sistemáticas dos direitos fundamentais. Foi entendido, em âmbito internacional, que o Estado brasileiro foi responsável pela violação dos direitos à vida, integridade pessoal, proteção e garantias jurídicas de Margarida Alves.

 

“É de suma importância a gente, principalmente nós, mulheres representantes que somos da terra de Margarida – nós somos de Alagoa Grande, Paraíba – onde ela nasceu, militou e morreu, brutalmente assassinada. Então a gente tem essa responsabilidade de levar a luta dela aos quatro cantos do Brasil e do mundo, para que mais e mais mulheres se envolvam e que a gente possa, com a nossa voz, reivindicar por mais políticas públicas ao qual ela já reivindicava naquele tempo”, afirmou a advogada Dennise Januário, que é filha de agricultor assentado e conterrânea de Margarida Maria Alves.

Enquanto Dennise se preparava para contar sobre sua história e a importância de estar participando, pela primeira vez, da Marcha das Margaridas, uma colega de caravana, também de Alagoa Grande, fez questão de reforçar para todos ouvirem: “Não esquece de dizer que você é da terra de Margarida”. A maioria delas vestia camisetas estampadas com o rosto da paraibana e os dizeres “Margarida presente!”.

PAUTAS – Uma das missões da Marcha das Margaridas é apresentar pautas ao poder público, na região central da capital federal, onde se concentram as discussões políticas sobre os desafios da população brasileira.

Neste ano, a Marcha das Margaridas vai às ruas com 12 eixos políticos:

  • Democracia participativa e soberania popular
  • Poder e participação política das mulheres
  • Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética
  • Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios
  • Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional
  • Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns e proteção da natureza com justiça ambiental e climática
  • Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda
  • Educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo
  • Saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária
  • Universalização do acesso à internet e inclusão digital
  • Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo
  • Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade

A coordenadora-geral da Marcha das Margaridas, a piauiense Mazé Morais falou sobre o evento em uma sessão no Senado Federal. “Não seremos 100 mil, 200 mil mulheres, mas milhões, espalhadas por todo o Brasil. Estamos aqui apenas uma parte da imensidão que existe fora daqui. Apresentando uma agenda importante para reconstruir o Brasil e alcançar o bem viver. Isso significa que queremos estabelecer uma relação de não exploração com a natureza. Usufruir do direito de viver em nossas terras e territórios e propor novas formas de produção de alimentos baseado na agroecologia”, afirmou.

“Queremos participar plenamente da política e dos espaços de decisão. E construir uma convivência sem desigualdade, sem pobreza, sem fome, sem racismo e sem violência. E, por fim, cultivar relações em que o cuidado seja resguardado por todos e por todas. Seguiremos em marcha pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”, concluiu Mazé.

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Cássio Cunha Lima é destaque em série da TV Brasil sobre a Constituição brasileira; confira

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O ex-senador paraibano Cássio Cunha Lima foi convidado e participou da série “Senado, a História que Transformou o Brasil”, veiculada pela TV Brasil e que, com uma narrativa que conecta o passado ao presente, destaca momentos decisivos na história legislativa brasileira, mostrando, especificamente neste primeiro episódio, a importância do Senado brasileiro na conquista e fortalecimento da democracia do país que foi brutalmente atacada por vândalos no dia 08 de janeiro de 2023.

A série conta com áudios e vídeos históricos de historiadores, especialistas e personagens das maiores conquistas obtidas pelos cidadãos brasileiros junto ao Estado ao longo dos 200 anos da criação do parlamento no Brasil.

Cássio Cunha Lima, na fala que pode ser conferida a partir do minuto 43:06 do vídeo, relembra do momento crucial para o Brasil que foi a votação de uma Assembleia Constituinte para criação e votação da nossa Constituição, em 1988, após 20 anos de prevalência de uma ditadura militar.

Havia uma sociedade que estava com um ânimo aguerrido pra lutar pelos seus direitos pra conquistar essa Constituição Cidadã, como foi batizada por doutor Ulisses [Guimarães], que trouxe avanços inegáveis na organização do Estado Brasileiro“, frisou Cássio.

Confira o vídeo:

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“Bancada da PB tem que mobilizar Brasília contra a suspensão do abastecimento de água”, diz Efraim

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Redação do Portal da Capital

“Água é vida! É inadmissível que tenhamos que lidar com a falta d’água em pleno século XXI, enquanto aguardamos a conclusão de obras como a Transposição do São Francisco, Vertentes litorâneas, Adutora do Pajeu entre outras! Junto com outras bancadas do Nordeste, Se tivermos de paralisar e obstruir votações de interesse do governo, faremos até que sejam garantidos os recursos para manutenção do abastecimento de água.” Foi com essas palavras que o senador Efraim Filho (União-PB) sintetizou sua indignação com a suspensão, mais uma vez, da Operação Carro-Pipa na Paraíba.

Responsável por levar abastecimento de água a pelo menos 70 municípios do estado, a operação será suspensa a partir da segunda-feira (25), conforme comunicado do Escritório Regional do Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército enviado aos coordenadores da Defesa Civil neste sábado (23).

A alegação é de que a Operação Carro-Pipa (OCP) está suspensa temporariamente devido a falta de repasse de recursos por parte do governo federal. Para o senador Efraim, entretanto, esse pode já ser um dos efeitos da suspensão do orçamento.

“Com certeza essa suspensão dos carros-pipa já é um dos efeitos nocivos da decisão equivocada do STF em suspender a execução do Orçamento sem observar os critérios de urgência e necessidade de casos como esse, o que limita a velocidade para se reverter a paralisação indevida”.

Por mais de uma vez, Efraim foi aos ministérios para impedir a suspensão da Operação na Paraíba e garante que fará gestões em Brasília para evitar uma nova suspensão, o que vem se tornando recorrente no estado.

“É a época mais quente do ano. É impensável que os municípios fiquem sem água”, disse o senador, visivelmente indignado.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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