Nos acompanhe

Brasil

Lula se reunirá com Hugo Motta na próxima semana para definir troca ministerial

Publicado

em

O presidente Lula (PT) planeja reuniões com líderes e dirigentes de PP e Republicanos na próxima semana para avançar nas trocas na Esplanada dos Ministérios e contemplar as indicações desses partidos no primeiro escalão do governo.

O ministro Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) telefonou nesta semana aos líderes dos partidos na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) e André Fufuca (PP-MA), para indicar a intenção de Lula de realizar essas conversas, conta a Folha.

Hoje Lula tem uma base de apoio frágil e insuficiente no Congresso, enquanto PP e Republicanos integraram a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

PP é o partido de Arthur Lira, presidente da Câmara e principal líder do chamado centrão. Já o Republicanos tem o deputado Marcos Pereira como presidente —pré-candidato à presidência da Câmara em eleição marcada para fevereiro de 2025, quando Lira deixará o cargo sem opção de reeleição.

É considerado certo por membros do Planalto e do Congresso Nacional que Fufuca e o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) serão nomeados ministros. Mas ainda não há consenso sobre quais pastas eles irão chefiar.

Segundo relatos, isso só será definido nas reuniões com Lula —caberá a ele bater o martelo sobre os ministérios. Nas palavras de um auxiliar do petista, o presidente tomará a decisão “olhando nos olhos” dos ministeriáveis. Lula também quer uma reunião com o presidente do Republicanos.

Já em relação ao PP, não há previsão de conversas com o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI). O governo quer evitar constrangê-lo, já que ele deu indicações de que não gostaria de se reunir com Lula por se declarar oposição e apoiar Bolsonaro.

As prováveis nomeações de Fufuca e Silvio Costa devem ser atribuídas à chamada cota pessoal de Lula, dizem interlocutores do petista. Isso porque os partidos devem seguir adotando a linha de que são independentes, na prática, sem a obrigação de sempre votar em bloco a favor de pautas do governo.

Também há previsão de que Lula se reúna com Lira. O parlamentar retornará de viagem, e aliados de ambos já costuram um encontro. A expectativa é que a reunião ocorra também na próxima semana, com o fim do recesso legislativo.

Auxiliares do presidente dizem que é comum que o petista se encontre com a cúpula dos partidos antes de selar a entrada de legendas no governo.

Na terça (25), Padilha se reuniu com Lula no Palácio do Planalto para traçar possíveis cenários das mudanças na Esplanada.

O PP mira o Desenvolvimento Social, chefiada por Wellington Dias (PT), e o Republicanos, o Ministério do Esporte, comandado pela ex-atleta Ana Moser. Está na mesa a hipótese de entregar a pasta social ao centrão, mas retirar do escopo dela o Bolsa Família —marca das gestões do PT.

Nenhuma possibilidade de rearranjo ministerial está descartada. A única pasta que está efetivamente blindada, segundo auxiliares palacianos, é a da Saúde.

Além dos ministérios, a reforma ministerial deverá contemplar trocas em estatais. Rita Serrano pode deixar o comando da Caixa Econômica Federal para abrir espaço para um representante do PP —a mais cotada atualmente é Margarete Coelho (PP), ex-vice-governadora do Piauí.

Como a Folha mostrou, a ala política do governo pretende valorizar o passe da estrutura da Caixa nas negociações. Integrantes do Planalto argumentam que o banco é um órgão de elevado orçamento e alta capilaridade, o que atende a demandas políticas de líderes da Câmara.

A estratégia do Executivo é distribuir superintendências e também colocar na mesa as vice-presidências do banco. As tratativas para as superintendências já foram iniciadas.

Já a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) deverá ser entregue ao Republicanos. Segundo relatos, continuam sendo discutidos internamente opções de nomes.

A tendência é que a legenda indique uma mulher para o posto, diante da repercussão negativa de que o Planalto pode reduzir o número de mulheres na Esplanada.

Outros remanejamentos também estão em análise. A presidente do PC do B, Luciana Santos, pode ser realocada para abrir espaço na Ciência e Tecnologia. Ela é citada para a vaga de Silvio Almeida (Direitos Humanos) ou de Cida Gonçalves (Mulheres).

Embora tenha desistido de concorrer ao governo de São Paulo em favor de Fernando Haddad, ganhando com isso crédito junto a Lula, o ministro Márcio França (Portos e Aeroportos) é um dos citados na lista de demissíveis ou remanejáveis. Isso porque seu partido (o PSB) já conta com três ministérios.

Até o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) acaba mencionado como um aliado que pode perder um ministério nessa reengenharia —ele acumula a função de vice com a de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Outro cenário que passou a ser desenhado prevê que Wellington Dias deixe o Desenvolvimento Social e migre para o Ministério da Gestão, de Esther Dweck, que continuaria no governo, mas atuaria no chamado Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vinculado à Casa Civil.

Continue Lendo

Brasil

PL se reúne na próxima 2ª para definir sucessão de Arthur Lira; Motta é principal opção do grupo

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, se reunirão na próxima segunda-feira (09/09)  para debater a sucessão de Arthur Lira (PP) na presidência da Câmara. De acordo com matéria publicada pelo jornal O Globo, a reunião da bancada já estava marcada, já que a semana que vem é de esforço concentrado na Casa, mas agora o apoio a um dos candidatos deve ser o principal assunto na liderança da legenda.

A entrada do paraibano Hugo Motta (Republicanos) no páreo da disputa embaralhou os votos do campo bolsonarista, dizem pessoas próximas ao ex-presidente.

Se antes era certo que Elmar Nascimento (União Brasil) teria o apoio de Bolsonaro, por ser próximo de Lira, agora o cenário é outro. Motta é considerado um candidato que conta com a simpatia de pessoas com influência direta sobre as decisões do ex-presidente. Os senadores Ciro Nogueira (PP) e Flávio Bolsonaro (PL), por exemplo, intermediaram um encontro de Jair Bolsonaro com Hugo Motta na quarta-feira e afirmaram a interlocutores que “trata-se de uma opção”.

Pesa o fato do deputado paraibano ter substituído Marcos Pereira (Republicanos) na disputa, com quem Bolsonaro acumulou rusgas nos últimos anos. Ao contrário de Pereira, Motta transita bem entre o “núcleo duro” do bolsonarismo e atrai simpatias por já ter enfrentado o petismo: ele votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, e compôs a chamada “tropa de choque” do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Aos bolsonaristas em encontro na quarta, ele afirmou que acenaria aos governistas com o objetivo de ser eleito para a Câmara, mas não seria subserviente ao governo.

Com 93 parlamentares, a bancada bolsonarista é vista como possível “fiel da balança” na disputa. E, conscientes do seu peso, os parlamentares negociam o apoio e pedem a primeira vice-presidência da Casa. Além de conduzir sessões na ausência do próximo presidente, o 1º vice-presidente da Câmara também é o vice-presidente do Congresso, o que dá ao partido que ele integra um poder maior de influência nas decisões internas. A negociação, entretanto, não se restringe apenas a este posto.

Bolsonaristas condicionam este apoio ao compromisso com pautas conservadoras, especificamente às relacionadas à indústria armamentista e às matérias de “comportamento”. A defesa de uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados que estão sob investigação pelos atos de 8 de janeiro também faz parte das conversas.

Continue Lendo

Brasil

Daniella cobra urgência no inquérito de denúncias de assédio contra ministro; “não admitiremos”

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

A senadora Daniella Ribeiro (PSD, utilizou as redes sociais nesta sexta-feira (06/09) para cobrar urgência nas investigações de denúncias que acusam o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, de assédio sexual contra mulheres.

De acordo com a acusação que foi divulgada pela organização ‘Me Too Brasil’, uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

“É urgente e necessária a apuração das denúncias de assédio sexual envolvendo o ministro Silvio de Almeida. Ao mesmo tempo que cobro resposta, externo a minha irrestrita solidariedade à ministra Anielle Franco e a todas as demais mulheres que tenham sido vítimas. Não admitiremos. Jamais!”, pontuou.

Confira:

Continue Lendo

Brasil

“Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, diz Lula após denúncias contra Silvio Almeida

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falou nesta sexta-feira (06/09) pela primeira vez sobre as denúncias de assédio sexual supostamente cometido pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

“O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, ele tem o direito de se defender”, disse Lula à Rádio Difusora, de Goiânia (GO).

De acordo com informações do G1, Lula disse, ainda, que o governo vai colocar a Polícia Federal, o Ministério Público e a Comissão de Ética Pública para investigar.

“Então, é o seguinte, nós vamos ter que apurar corretamente. Mas eu acho que não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso, à defesa da mulheres, inclusive dos direitos humanos, com alguém acusado de assédio”, continuou.

A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira (06/09) que vai investigar as denúncias de suposto assédio sexual contra o ministro.

Entenda

Uma reportagem do site Metrópoles publicada na tarde desta quinta-feira (05/09) afirma que Silvio Almeida foi denunciado à organização ‘Me Too Brasil’ por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres. Segundo a matéria, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estaria entre as vítimas do ministro.

Em nota, a Me Too Brasil confirmou ter sido procurada por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados pelo ministro.

“A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida”.

Até a manhã desta sexta-feira (6), a ministra Anielle Franco não havia se manifestado sobre as denúncias. Em seu perfil no Bluesky (plataforma semelhante ao X, ex-Twitter) e na rede social Instagram, a primeira-dama Janja Lula da Silva postou uma foto em que aparece beijando Anielle na testa. A imagem, entretanto, não acompanha nenhum tipo de legenda.

Defesa

Em nota divulgada à imprensa, Silvio Almeida diz repudiar “com absoluta veemência” as acusações, às quais ele se referiu como “mentiras” e “ilações absurdas” com o objetivo de prejudicá-lo.

“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”.

No comunicado, o ministro avaliou que “toda e qualquer denúncia deve ter materialidade” e se declarou triste com toda a situação.

“Dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro”.

Continue Lendo