Os moradores do Residencial Vista Alegre II, no bairro Colinas do Sul, participaram, na tarde desta terça-feira (04), de uma oficina para a produção de sabão ecológico, resultado de uma parceria entre a Prefeitura de João Pessoa, através da Secretaria Municipal de Habitação (Semhab), e a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), do Governo do Estado da Paraíba.
A oficina tem como finalidade promover uma conscientização sobre a importância de preservação do meio ambiente e ensinar manuseio correto de produtos poluentes como o óleo de cozinha, que pode ser usado na produção de sabão para uso doméstico e até para a venda gerando uma fonte de renda para a família.
“Nós acompanhamos as famílias que moram no Residencial Vista Alegre II há muito tempo, pois uma parte dos moradores vivia em comunidades e ocupações como o Taipa e a Comunidade Nova Jerusalém e, durante esse período, traçamos um perfil das pessoas, constatando suas carências e limitações e a oficina para produção de sabão ecológico vai servir como conscientização e pode até se tornar uma fonte de renda para eles”, comentou a secretária de Habitação da Capital, Socorro Gadelha.
A oficina para a produção de sabão ecológico aconteceu no salão de festa do residencial. A secretária ainda destacou que a oficina é aberta à participação de todos os moradores, mas a equipe técnica e social da Semhab constatou que muita gente trabalha com a coleta de produtos recicláveis e a oficina pode se tornar mais uma fonte de renda para essas pessoas.
Socorro Gadelha aproveitou para ressaltar a parceria entre a Prefeitura de João Pessoa e o Governo do Estado. “É um trabalho conjunto que beneficia toda uma comunidade de origem humilde que passou a ter uma nova perspectiva de vida, quando recebeu da prefeitura um apartamento confortável para morar”, observou.
A coordenação da oficina foi do engenheiro ambiental da Coordenadoria de Estudos Ambientais da Sudema, Anderson Alves de Alcântara. Ele disse que a oficina vai ensinar as pessoas como reutilizar o óleo de cozinha usado, evitando o descarte de forma errada no meio ambiente que pode poluir as água superficiais, dando como exemplo um estudo feito pela Sabesp, que mostrou que “um litro de óleo de cozinha pode contaminar 25 mil litros de água, além de impermeabilizar o solo causando inundações e enchentes, e também prejudica animais e ajuda na poluição atmosférica porque na decomposição do óleo gera o gás metano, que é 20 vezes mais poluente do que o dióxido de carbono”, frisou.
Do lado social, Anderson observou que usar óleo para a produção de sabão pode ser tornar uma fonte de renda para essas famílias, já que a fabricação é simples e com um litro de óleo é possível produzir 400 gramas de sabão em barra. Na oficina, ele contou que é ensinado o passo a passo para a produção do sabão e os cuidados necessários com a manipulação dos produtos na hora da fabricação e as famílias também são orientadas sobre o que elas devem fazer para vender o produto.