Ricardo Coutinho torna-se novamente réu em ações penais remanescentes da Calvário. A juíza Lessandra Nara Torres Silvada, da comarca do Conde, acatou denúncia protocolada pelo Gaeco, juntamente com a ex-prefeita Márcia Lucena, seu esposo José do Nascimento Lira, a ex-secretária Livânia Farias, seu ex-assessor Leandro Nunes e o lobista Daniel Gomes da Silva.
De acordo com as investigações, teria ocorrido fraude em procedimentos de licitação na contratação do laboratório Lifesa pela prefeitura do Conde. A força tarefa teria identificado crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, com a dispensa indevida de licitação pública, para aquisição de medicamentos.
A denúncia do Gaeco foi acatada, inicialmente, em julho de 2o20, pelo juiz Adílson Fabrício (1ª Vara Criminal) tornando Ricardo Coutinho e os demais investigados réus. Posteriormente, o processo foi desmembrado, e os desdobramentos no âmbito da cidade do Conde passaram a ser outra denúncia que, agora, foi acatada pela magistrada Lessandra, informa publicação do Blog do Hélder Moura.
A magistrada abriu vistas ao Ministério Público da Paraíba.
Investigações – A denúncia teve como mote, dentre outros, uma conversa gravada (com autorização judicial) de Daniel com Coriolano Coutinho eles chegaram a especular a entrada no negócio de plantação de maconha, para a produção do óleo de canabidiol, em terras de propriedade da Universidade Federal da Paraíba, por empresa criada em sociedade de Ricardo Coutinho e Daniel.
No diálogo, eles citam o procurador federal José Godoy Bezerra que, em verdade, nada tem a ver com o esquema. Ele apenas acolheu reivindicações de pais com filhos acometidos de convulsões e outras doenças, em que o uso do canabidiol já se revelou extremamente eficaz. A operação só não seguiu adiante, por causa do flagrante do Gaeco.
Além de produção e comercialização de canabidiol para o Estado, havia também um esquema de venda de medicamentos para municípios, como o Conde, então gerido por Márcia Lucena.
Empresa – Ainda em sua delação, Daniel revelou os detalhes de uma operação para a compra do Lifesa numa sociedade oculta com Ricardo Coutinho, um esquema montado a partir da empresa Troy SP Participações, em nome de Sergio Motta e Maurício Neves, que seriam laranjas de Daniel e Ricardo.