Neste sábado, 03 de junho, Dia Nacional da Educação Ambiental, a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) participa do projeto Tô na Rota da Coleta, junto aos clubes Rotary de João Pessoa. O evento ocorre às 15h, na Praça Alcides Carneiro, no bairro de Manaíra. Esse é um dos projetos desenvolvidos pela equipes de educação ambiental da Prefeitura de João Pessoa que trabalham com o foco de cuidar do meio ambiente e conscientizar a população sobre a importância das ações desenvolvidas.
A equipe de Educação Ambiental da Emlur vem desenvolvendo ações de coleta seletiva há alguns anos em condomínios, escolas e órgãos públicos. Nesse evento a equipe presente dá orientações sobre como fazer a coleta seletiva de resíduos sólidos aos moradores residentes nos condomínios verticais do bairro de Manaíra.
O serviço foi ampliado nesta semana pela Emlur, sendo realizado pelos caminhões compactadores mediante adesão por meio do programa Prefeitura Conectada, no endereço https://joaopessoa.1doc.com.br/b.php?pg=wp/wp&itd=10. O evento, ainda, conta com apresentação do grupo de percussão da Emlur, o Baticumlata, que utiliza materiais reaproveitáveis como instrumentos musicais e tem um repertório que trata de temas ligados à sustentabilidade.
Diariamente a equipe de educação ambiental recebe na sede da Emlur dezenas de estudantes de escolas públicas e privadas, além de representantes de organizações sociais para participar de aulas teóricas e práticas sobre temas relativos à gestão dos resíduos sólidos e a sustentabilidade. Conforme a diretora de Educação Ambiental, Carol Estrela, qualquer escola ou instituição pode solicitar a participação numa aula de campo na Emlur, bastando fazer o agendamento, por meio do Programa Prefeitura Conectada.
Na Emlur, os visitantes contam com a oportunidade de conhecer o trabalho do grupo de percussão Baticumlata, do grupo de Teatro e a Oficina de Artes. As músicas, peças de teatro e produções de peças artísticas tem o foco na questão ambiental, sustentabilidade e na conscientização do público em geral e também na reutilização de materiais recicláveis, como papelão, plástico, inclusive na produção de instrumentos musicais, utilizando tonéis de ferro e bombonas de plástico.
Além da Emlur, ações de educação ambiental são implantadas por diversas outras secretarias da Prefeitura de João Pessoa que trabalham em parceria, como é o caso das secretarias de Meio Ambiente (Semam), da Educação (Sedec) e a Secretaria de Ciência e Tecnologia de João Pessoa (Secitec).
A coordenadora de Educação Ambiental da Sedec, Maria Auxiliadora Dantas, citou um exemplo. “Está em estudo uma parceria entre a Sedec e a Emlur sobre a implantação da coleta seletiva nas escolas. No ano passado a Sedec realizou uma formação com os professores sobre resíduos sólidos em três etapas, que inclusive contou pontos para o prêmio Escola Nota 10. Agora vamos colocar a teoria em prática”.
Outra importante parceira da Sedec foi com a Secretaria de Ciência e Tecnologia de João Pessoa (Secitec). A parceria resultou no projeto Coleta de Resíduos Eletrônicos. “As escolas coletaram os itens eletrônicos e a Secitec realizou oficinas com as crianças para produção de objetos a partir do material coletado. As peças foram expostas no Espaço Cultural José Lins do Rego. O projeto culminou num evento na Bica, no qual as crianças receberam diversos brindes e participaram do sorteio de três computadores”.
Cooperação – Já com a Secretaria de Meio Ambiente, a Sedec firmou um Termo de Cooperação Técnica (TCT) com o objetivo de desenvolver atividades de Educação Ambiental em conjunto, principalmente nas escolas da rede municipal de educação do município.
Segundo ela, são cinco atividades, três delas envolve contato direto com a natureza mexendo na terra e observando o desabrochar das plantas – arborização, jardinagem e horta. São realizadas, ainda, palestras educativas e formações de educação ambiental para professores e especialistas, com abordagem de temas diversificados, que atendam as demandas apresentadas pela unidade escolar que solicitou a palestra.
“No final de cada ano a equipe da Sedec envia as escolas um questionário no qual cada uma delas escolhe qual o projeto que pretende desenvolver na unidade. O passo a passo é repassado para os professores que replicam o aprendizado para os estudantes em aulas teóricas e práticas”, explica.
A implantação de Hortas Pedagógicas nas escolas é um desses projetos. “Os estudantes participam de todas as etapas, desde a confecção da sementeira, o transporte para a terra, mexer na terra, regar, acompanhar o crescimento das espécies plantadas, colher e acompanhar o preparo dos alimentos na cozinha da escola. Esse alimento, posteriormente é servido na merenda escolar”, explicou Auxiliadora Dantas. Para ela, esse trabalho é essencial para os estudantes aprenderem noções de como produzir um alimento saudável e sua função no organismo humano. “Experiências que eles levam pra vida toda”, complementa.
Outros projetos citados são arborização e jardinagem. Nesses casos, técnicos da Educação e da Semam fazem uma visita a unidade escolar e traçam um diagnóstico da escola – espaço, equipamentos e professores e alunos que irão se comprometer a participar efetivamente do projeto. “É importante essa etapa do compromisso, pois é fundamental para a continuidade do aprendizado”.
A Semam disponibiliza o composto orgânico e as mudas – nativas e frutíferas vindas do Horto Municipal. Segundo Suellen Finizola, coordenadora de Educação Ambiental da Semam, nessa etapa os professores e estudantes recebem orientações sobre os tipos de mudas, as combinações possíveis, o local ideal, plantio, irrigação, poda entre outras coisas.
Tem todo um protocolo e particularidades para seguir com o plantio. Por exemplo, as plantas frutíferas e as nativas devem ser plantadas em locais diferentes, levando em conta fatores como o tamanho da árvore, os cuidados e a proximidade com os muros ou fiação no local.
A equipe de educação ambiental da Semam desenvolve uma série de outros projetos, a exemplo, do Amigos da Praia, voltado para a conscientização sobre o descarte de resíduos nas praias, realizado em parceria com a Emlur e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb). Outro projeto é o Tenda Verde, que promove ações de educação ambiental nos bairros através da distribuição de mudas de árvores nativas.
“A Educação Ambiental tem um papel fundamental na educação cidadã, onde a própria Constituição Federal estabelece que preservar o meio ambiente é dever do Estado, mas também da sociedade. Então formar cidadãos conscientes, que entendam a necessidade de preservar o meio ambiente não só para a geração presente, mas também para as gerações futuras, esse é um papel fundamental e importante que nós realizamos em parceria com várias secretarias, entidades e o poder público e a sociedade civil”, argumenta o secretário de Meio Ambiente de João Pessoa, Welison Silveira.
“Levando em consideração a importância do meio ambiente, faz-se necessário aplicarmos os nossos conhecimentos acadêmicos e vivências nas ações do nosso dia a dia. A Semam vem realizando vários eventos na área de educação ambiental, cotidianamente, que envolvem parcerias com secretarias, instituições, órgãos ambientais e ONGs, para que a mensagem chegue cada vez mais próximo da sociedade, seja através do plantio, distribuição de mudas, corridas nos parques ou palestras”, afirma a coordenadora de Educação Ambiental e Eventos da Semam, Suellen Finizola.
Suellen enfatiza que, além das ações do dia a dia, a Semam também busca inovar. “Esse ano, a Semam, em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia de João Pessoa (Secitec), terá uma novidade, um hackathon na área de meio ambiente, ou seja, indo para novos horizontes no que diz respeito ao desenvolvimento de inovação em meio ambiente em João Pessoa”.
Bica – A equipe de Educação Ambiental do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), também faz parte desse circuito de parcerias e ações voltadas para os cuidados e preservação do meio ambiente. O Parque Zoobotânico é ligado a Secretaria de Meio Ambiente e desenvolvendo ações conjuntas voltada para a preservação da flora e fauna da Capital.
Segundo o coordenador da equipe de Educação Ambiental da Bica, Glauber Travassos, o trabalho diário no parque é voltado para recepcionar as visitas agendadas de estudantes da rede municipal, estadual e federal de ensino, além de organizações não governamentais (ONGs). Nessa etapa são repassadas informações gerais sobre o funcionamento e regras gerais do parque e sobre o recinto dos animais.
As ações vão além dos muros da Bica e chegam à comunidade escolar através de aulas de campo e oficinas em escolas públicas e privadas do Ensino Fundamental e Médio e Universidades. Ele citou como uma importante ação a parceria firmada, esta semana, com a ONG S.O.S Mata Atlântica que implantou um ponto de monitoramento de rio na Bica.
“Implantamos um ponto de monitoramento de rio dentro da Bica. Vamos montar um grupo para fazermos esse monitoramento que servirá para estudo. Também vamos usá-lo para fazer trabalhos de conscientização ambiental com as crianças, principalmente as que moram perto desses rios e mostrar pra elas a importância de cuidar e preservar esses corpos d’água pra cidade e pra vida humana”, enfatiza Glauber Travassos.