Esta quarta-feira, 31, é o Dia Mundial de Combate ao Tabagismo. Em Campina Grande, o programa de controle do tabagismo Campina Livre do Fumo lançou a campanha “Quebre o Ciclo do Fumo”, que busca combater o cigarro convencional e eletrônico durante as festividades de São João.
O lançamento aconteceu no Terminal de Integração. Foram ofertados serviços de ventosaterapia, teste de glicemia, vacinação, aferição de pressão arterial e encaminhamento para o programa de controle de tabagismo do Município.
“Estamos realizando o dia D em alusão ao dia mundial e o lançamento da campanha, que vai passar por escolas falando de prevenção e promoção à saúde, passando pelas festas de São João para mostrar que o tabagismo é uma doença e que tem tratamento por meio do SUS”, disse a coordenadora do programa Campina Livre do Fumo, a psicóloga Bianca Andrade.
A campanha busca conscientizar principalmente a população jovem sobre o uso dos vapers (cigarros eletrônicos). “Nossa campanha quer alertar a respeito do cigarro eletrônico porque não é só vapor de água, é cigarro e causa dependência. Então fazemos esse alerta para que você diga não, pra que você Quebre o Ciclo do Fumo”, disse Bianca.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro é responsável por 90% dos casos de morte em pessoas com câncer de pulmão. Além do câncer de pulmão, fumar pode causar danos em outras partes do corpo e problemas cardiovasculares.
Programa e dados – O programa tem 16 anos de atividades e já reabilitou milhares de pessoas. As ações são desenvolvidas, atualmente, em 50 Unidades Básicas de Saúde. Em 2021, 536 passaram pelo serviço. Em 2022 foram 645 tabagistas e neste primeiro quadrimestre de 2023 já são 142 pacientes. Os dados mostram que 81% dos inscritos inicialmente em média conseguem parar de fumar. O Ministério da Saúde entende que pelo menos 30% precisam deixar o cigarro para que o projeto seja considerado eficiente na cidade.
Funcionamento – O trabalho é desenvolvido com grupos de fumantes de forma multidisciplinar. Os interessados em participar devem procurar um dos serviços. Os grupos são formados com 15 a 20 pessoas que se reúnem para receber orientações e acompanhamento de médicos, psicólogos, dentistas e assistentes sociais para ajudar a deixar o cigarro. Eles também recebem medicação, a exemplo do adesivo utilizado para diminuir a vontade de fumar e antidepressivos. Em algumas unidades as reuniões acontecem no período da noite para propiciar que os trabalhadores não deixem de participar.
Terapias diferenciadas – Em Campina Grande foram desenvolvidas terapias que têm alcançado resultados ainda melhores. A terapia auricular, ou acupuntura auricular, a meditação, a musicoterapia e a massagem são utilizadas com alguns dos fumantes. Recentemente, o trabalho também passou a ser desenvolvido dentro da Penitenciária Feminina de Campina Grande.
Reconhecimento – O projeto foi destaque no prêmio Atenção Primária à Saúde Forte, do Ministério da Saúde, em 2021, foi premiado no 13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, como também apresentado no Congresso Internacional de Medicina da Família, o World Conference of Family Doctors (WONCA).
Veja as unidades que ofertam o tratamento
– UBS Raiff Ramalho – Santa Cruz
– UBS Wesley Cariri Targino – Nova Brasília
– UBS Adriana Bezerra – Santa Rosa
– CAPS AD Saber Viver
– CAPS III
– UBS João Rique – Bodocongó
– UBS Cinza
– Policlínica do Catolé
– Centro de Saúde Francisco Pinto
– UBS Hindemburgo Nunes – Ramadinha
– UBS Crisóstomo Lucena – UEPB
– UBS Odete Leandro – UEPB
– UBS Ressurreição
– UBS Itararé
– Hospital Universitário Alcides Carneiro
– UBS Rocha Cavalcante
– UBS Maria de Lourdes Leôncio – Liberdade
– UBS Porteira de Pedra
– UBS José Aurino de Barros – Catolé
– UBS Bela Vista
– UBS Bodocongó
– UBS Nossa Sra. Aparecida – Tambor
– UBS Adalberto César – Pedregal
– UBS Estação Velha
– UBS Liberdade III
– UBS Aluísio Salviano – Acácio Figueiredo
– UBS Horacina de Almeida – Monte Castelo