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Paraíba

ALPB discute ações em defesa da Agroecologia em Audiência Pública da Marcha das Margaridas

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A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta quinta-feira (25), a Audiência Pública da Marcha das Margaridas, em defesa da Agroecologia. O evento proposto pela deputada Cida Ramos aconteceu no auditório da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras do Estado da Paraíba (Fetag-PB), em João Pessoa, e contou com a participação dos deputados Anderson Monteiro e Bosco Carneiro.

Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Agroecologia, da Agricultura Familiar e das Energias Renováveis, a deputada Cida Ramos esclarece que a Marcha das Margaridas é uma mobilização das mulheres do campo, das águas e das florestas, que ocorre no Brasil desde 2000 e que vem, ao longo de suas edições, incorporando a pauta da Agroecologia, por meio de uma reflexão sobre seu desenvolvimento conceitual, sendo hoje, amplamente reconhecida como a maior e mais efetiva ação das mulheres no Brasil e em toda a América Latina.

A parlamentar destacou que a Marcha é uma ação estratégica com a finalidade de construir visibilidade pública, conquistar reconhecimento social e político e lutar em favor da alimentação saudável. “Estou muito feliz por esta audiência pública. Significa que a Assembleia está cumprindo o seu papel, que é de ouvir, de acompanhar, de fazer essa fiscalização, monitoramento das políticas públicas do Executivo, municipal e estadual. Então, hoje é dia de celebrar a vida, porque a audiência pública com a Marcha das Margaridas é pela vida, pelo direito à alimentação saudável, pelo direito de viver dignamente. Então, hoje é dia de festa, hoje é dia de luta”, afirmou Cida.

O deputado João Bosco Carneiro comemorou a aproximação da Assembleia Legislativa da Paraíba com os cidadãos, especialmente com a população do campo. “É um dia importante, que reúne trabalhadores e sindicalistas por uma causa justa, que é organizar a Marcha das Margaridas, para dar visibilidade às causas do trabalhador rural, principalmente no tocante à agroecologia, às energias renováveis. Os agricultores familiares precisam de políticas públicas mais eficientes que possibilitem a permanência na zona rural, para que possam, cada vez mais, atuarem em favor da Paraíba e do Brasil”, declarou Bosco.

Representando o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Cícero Legal, afirmou que a Marcha das Margaridas será fundamental para que a Paraíba consiga investir, cada vez mais, na agroecologia.

Para o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Paraíba, Antônio Barbosa, a audiência proposta pela deputada Cida Ramos é louvável e o debate sobre a agroecologia precisa ser visto e prestigiado por todos aqueles que atuam no campo, seja nos assentamentos, sejam agricultores familiares ou agricultores ribeirinhos. “Nós estamos aqui abraçando a todos e prestigiando essa atividade, porque ela gera cidadania, ela fortalece os movimentos das mulheres no campo e, portanto, é uma ação que engrandece a própria Assembleia, gera qualidade de vida e cidadania para nossas mulheres paraibanas”, comemorou o superintendente do Incra na Paraíba.

A Marcha das Margaridas é coordenada pela Secretaria Nacional de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag). Para a secretária de Política Agrícola da CONTAG, Vânia Pinto, o debate realizado pela Assembleia Legislativa da Paraíba é importante para a elaboração de políticas públicas que atendam às reais necessidades das mulheres do campo. “Consideramos que é fundamental que os estados se mobilizem e, aqui na Paraíba, a gente tem um tom ainda mais especial, mais político, porque é a terra de Margarida Alves. Estar na terra dela, onde ela nasceu, onde ela construiu toda a sua trajetória, é fundamental”, detalhou.

Vânia explicou, ainda, que a pauta debatida na audiência é um dos 13 eixos da Marcha das Margaridas, que foca na reconstrução do Brasil pela qualidade de vida no campo. “Não há bem viver se não houver dignidade, saúde para as populações do campo. Então, essa pauta é onde a gente aprofunda discussões sobre os conflitos que podem ser gerados a partir dessas grandes empresas que estão ocupando o campo brasileiro. É preciso repensar a forma como elas entrarão no nosso país e irão produzir energias limpas. É necessário que se rediscuta a forma como está sendo implementada essa política”, apontou.

A Marcha conta com a participação das 27 Federações e Sindicatos associados, a exemplo da Fetag-PB, presidida pelo agricultor Liberalino Ferreira. Para o líder rural, receber o Poder Legislativo para debater agroecologia é motivo de muita alegria, porque além de discutir assuntos relevantes para os trabalhadores rurais, o evento busca resgatar a memória da também trabalhadora e sindicalista rural, Margarida Maria Alves.

A Audiência Pública da Marcha das Margaridas contou ainda com a presença do representante do Ministério Público Federal (NPF), o procurador da República José Godoy Bezerra de Souza; da ex-vereadora de João Pessoa e Coordenadora-Geral do Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, Sandra Marrocos; da representante do Grupo de Trabalho da Marcha de Mulheres na Paraíba, Patrícia Sampaio; de sindicalistas, lideranças do campo e trabalhadores rurais.

MARGARIDA MARIA ALVES

A líder sindical rural Margarida Maria Alves é a principal referência e inspiração da Marcha. Ela lutou pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais na Paraíba, sendo presidente do Sindicato em Alagoa Grande por 12 anos. Por lutar pelo direito à terra, a reforma agrária, por educação, por igualdade e por defender direitos trabalhistas e vida digna para trabalhadoras e trabalhadores rurais, Margarida foi assassinada por latifundiários do grupo da Várzea, na porta da sua casa, no dia 12 de agosto de 1983.

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Eleição para nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acontece nesta terça-feira

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) deve acontecer nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

No entanto, o parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

 

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Maior evento religioso da PB, Romaria da Penha ocorre neste sábado e deve reunir milhares de fiéis

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A tradicional Romaria da Penha, maior evento religioso do Estado, acontece neste sábado (23/11) em João Pessoa. Em um percurso de caminha com extensão de 14 quilômetros, milhares de fiéis participarão da 261ª edição da festa, que tem como tema “Senhora da Penha, porque ‘somos todos irmãos’, ajudai-nos a viver a fraternidade e a amizade social”.

Programação

Os eventos começam às 16h30, com a Carreata de Nossa Senhora da Penha. A imagem da santa será conduzida do Santuário da Penha, localizado no bairro da Penha, até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes*, no Centro da cidade.

A Romaria tem início às 22h, partindo da Igreja de Lourdes em direção ao Santuário da Penha. A caminhada, que atrai devotos de diversas cidades e estados, deve terminar por volta das 3h30, com a celebração de uma missa campal presidida pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Caminhada de fé

A Romaria da Penha é uma manifestação de fé que atrai pessoas de todas as idades, reunindo famílias, grupos de oração e comunidades paroquiais. Os fiéis caminham em oração e cânticos, muitos carregando velas ou imagens da santa, criando um ambiente de emoção e devoção.

O evento, que acontece há décadas, é considerado uma das maiores expressões de religiosidade popular do país e celebra a intercessão de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Santuário e símbolo de proteção para os fiéis.

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Sudene aprova liberação de recursos do FDNE para parques eólicos da PB e RN

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A Sudene autorizou o pagamento de novas parcelas de financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para os parques eólicos Ventos de Santa Tereza 01 e Serra do Seridó II, IV, VI, VII e IX.

No total, a Diretoria Colegiada da autarquia aprovou o desembolso de R$ 70,8 milhões do fundo regional para estes empreendimentos que estão instalados no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento para a energia renovável na nossa área de atuação, atraindo investimentos para o setor. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica, contribuindo para o papel de destaque que o Nordeste tem na transição energética”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.

A empresa Ventos de Santa Tereza 01 investiu R$ 249,4 milhões no parque eólico de geração de energia no município de Pedro Avelino (RN). Desse valor, R$ 143,1 milhões foram financiados pelo FDNE, com projeto aprovado em 2022, dos quais já haviam sido liberados R$ 67,7 milhões.

A última aprovação foi referente à segunda parcela do financiamento. O projeto tem potência instalada de 41,3 MW de energia e vai gerar 90 empregos diretos e indiretos quando estiver em operação plena.

Os cinco parques eólicos Serra do Seridó, localizados no município de Junco do Seridó (PB), somam um investimento total de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões são do FDNE.

Os valores liberados na última reunião da Diretoria Colegiada correspondem à quarta parcela do financiamento – no total, serão R$ 15,7 milhões. Essas unidades são da multinacional EDF Renewables e fazem parte do Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, que entraram em operação em julho do ano passado e têm capacidade total instalada de 480 MW.

O agente operador desses financiamentos é o Banco do Brasil. A Sudene conta com quatro instituições financeiras como agentes operadores do FDNE, além do BB. São elas Caixa Econômica Federal , Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Evolução, Banco do Nordeste (BNB) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a importância do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para a região e reforça que a contratação de novos agentes operadores “fortalece a política de democratização de acesso ao crédito e contribui para uma maior interação com o setor produtivo, uma vez que essas instituições estão mais próximas da realidade local. “Essa ação está em sintonia com a aposta da Sudene em um diálogo mais efetivo que tenha, como consequência, a atração de novos negócios e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Em fevereiro, foi assinado um protocolo de intenções para que o Banco do Estado de Sergipe (Banese) também passe a operar os recursos do FDNE. Para o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, esse é um caminho para “democratizar os fundos regionais, que é uma orientação do Governo Federal, contribuindo para uma maior divulgação desse importante instrumento de ação, que é o fundo, e ampliando o acesso ao crédito”.

Heitor Freire falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse o gestor.

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