O presidente estadual do Agir 36 na Paraíba, Flávio Moreira, criticou a aprovação de um voto de repúdio da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) contra a criação do Museu da Cannabis, instalado em abril deste ano em João Pessoa.
A matéria foi apresentada pela vereadora Eliza Virgínia (PSDB), que representa a linha mais radical do evangelismo na CMJP, e foi aprovada nesta terça-feira (09/05) pelos parlamentares da Casa.
Eliza acusou a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), entidade que teve a iniciativa da criação do museu, de usar o uso medicinal da maconha como pretexto para fazer apologia ao uso da droga e que os responsáveis defendem o uso recreativo da maconha.
Para Flávio, o espaço é dedicado a ressaltar a importância dos benefícios medicinais da cannabis, principalmente em pessoas com transtorno do espectro autista.
“Que na verdade é um espaço dedicado a demonstrar os benefícios medicinais da erva, não tem nada de incentivar ninguém a fumar maconha. A cannabis, como acho que muitos sabem, é utilizada para fins terapêuticos em doenças neurodegenerativas, alguns transtornos como por exemplo o espectro do autismo em que é utilizado e já há estudos que indicam uma grande eficácia para acalmar o portador de transtorno do espectro autista”, disse em vídeo publicado nas redes sociais.
Flávio também repudiou a aprovação do Projeto de Lei Ordinária (PLO) 943/2022, de autoria do vereador Coronel Sobreira (MDB), que dispõe sobre a proibição da instalação de banheiros unissex na Capital.
“O detalhe aí eu não quero entrar no mérito da questão. Eu não vou nem partir pra discutir as questões de gênero porque tudo que venha a ser preconceito, tudo que venha servir para incitar o preconceito contra as pessoas, contra a diversidade humana, pra mim já é automaticamente de se repudiar. Porque eu como cristão não tenho o mínimo direito de tá julgando meu semelhante, ou de achar que eu devo policiá-lo de alguma maneira”, afirmou.
Confira o vídeo: