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Paraíba

DPE convida órgãos para discutir regularização fundiária e abastecimento da comunidade do Aratu

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A Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB) realizou na última quinta-feira (4) uma audiência com moradores do Aratu, órgãos estaduais, municipais e federais, além de concessionárias de água e energia, para discutir a situação fundiária e os problemas de abastecimento de água e energia elétrica na comunidade. O encontro ocorreu na Sede Administrativa da Defensoria e foi motivado por reivindicações dos moradores.

A audiência foi comandada pela coordenadora do Núcleo Especial de Cidadania e Direitos Humanos (NECIDH) da DPE, Fernanda Peres, e pelo procurador dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF), José Godoy. Na ocasião, os representantes da comunidade tiveram a oportunidade de apresentar suas demandas, com destaque para o impasse do processo de regularização fundiária da área ocupada pela Comunidade, que se arrasta há anos, bem como para o problema da falta de água e de fornecimento de energia elétrica.

Estiveram presentes representantes da Companhia Estadual de Habitação Popular (Cehap), Cagepa, Energisa, Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), Secretaria Executiva da Participação Popular de João Pessoa, Secretaria Executiva do Orçamento Democrático e Procuradoria Geral do Estado.

A defensora pública-geral do Estado, Madalena Abrantes, e a secretária de Estado do Desenvolvimento Humano (SEDH), Pollyana Dutra, que realizava uma visita de cortesia na ocasião, fizeram uma participação na reunião.  A ouvidora-geral da DPE, Céu Palmeira, também acompanhou as discussões.

PROBLEMAS ENFRENTADOS – De acordo com os representantes da comunidade Aratu, a localidade está dividida atualmente em terrenos que pertencem, em tese, à Cehap e à Embrapa e que não foram regularizados como suas moradias até o dia de hoje. Os moradores do Aratu ainda relataram, na reunião, a dificuldade de fornecimento de água e energia elétrica nas suas casas pela Cagepa e Energisa, merecendo destaque o fato de uma parte da comunidade estar totalmente sem acesso à agua desde outubro/2022, violando, assim, direitos fundamentais.

“Essas pessoas se encontram em estado de vulnerabilidade, elas não têm moradia regularizada e precisam de um lugar para viver, por isso ocupam aquele local. E a partir do momento em que não existe uma confirmação concreta de que aquela ocupação é legal, o próprio Estado se nega a oferecer direitos essenciais, direitos fundamentais aos cidadãos. Então, estamos aqui para garantir que essas garantias sejam asseguradas”, explicou a defensora pública Fernanda Peres. “Negar o acesso à água e à energia sob o fundamento de não regularização fundiária é valer-se o Estado – em sentido amplo – de sua própria omissão para negar direitos a essas pessoas”, acrescentou.

REURB – Entre outros pontos, o procurador José Godoy ressaltou a Lei Federal 13.465, de 2017, que trata da Regularização Fundiária Urbana (REURB). “Estamos discutindo aqui o acesso à energia e, principalmente, o risco de vida. Pessoas que estão colocando ‘gato’ em suas casas, correndo o risco de ter um incêndio, porque não possuem fornecimento regular de energia. Além do acesso à água, que é um bem fundamental, e a regularização fundiária urbana. A REURB é um direito desses cidadãos. Desde 2017, comunidades que ocupam o espaço público têm acesso à REURB. E essa é uma discussão que também estamos tratando aqui. O MPF se sente privilegiado em colaborar para a resolução dessas questões”, destacou o procurador.

Segundo Janaína Cardoso, moradora do Aratu e integrante do Clube de Mães da comunidade, a luta dos moradores pela regularização é antiga e árdua. “Nossa principal luta é a regularização fundiária, mas também precisamos resolver a questão do fornecimento de água e energia na nossa comunidade, que é algo fundamental, algo que precisamos para viver. Muitas vezes deixamos de levar os nossos filhos para escola por conta da falta de água, por exemplo. O foco é que o Aratu saia da ilegalidade, que passe a ter água e energia de qualidade. E que a gente possa, de fato e de direito, ter nosso espaço regularizado. Esta é uma luta árdua e coletiva que estamos travando”, ressaltou.

RESOLUÇÕES – Com a reunião, a Energisa e a Cagepa se comprometeram a realizar as ligações elétricas e regularizar o abastecimento de água de forma gradual na área 1 da Comunidade. Quanto à área 2, será realizado um estudo para que o abastecimento de água seja efetivado. Será ainda estabelecido um diálogo com a Prefeitura a fim de que a Cagepa possa fornecer, provisoriamente, a água por meio de carros-pipa, além de caixas d’água para o armazenamento.

Outra reunião será marcada para acertar os detalhes das medidas a serem tomadas pelos órgãos envolvidos nas questões da localidade.

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Na 4ª: Jampa Innovation Day acontece em JP com presença de especialistas nacionais e internacionais

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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) recebe, pela primeira vez, o ‘Jampa Innovation Day’, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) e com parceria da ONZE19 Innovation Lab, RIS Potencializadora de Negócios e Projetos, We.Ease, e com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ). O evento ocorrerá no dia 27 de novembro, das 8h às 18h, no IlhaTech, situado na rua Sandoval de Oliveira, 22, Torre, João Pessoa/PB.

Os interessados em participar do evento devem ficar atentos: toda a comunidade acadêmica tem acesso gratuito até o dia 26 de novembro, mas estão com as últimas vagas para resgate de ingressos. Para garantir o ingresso, basta acessar o site oficial do evento e utilizar o e-mail institucional no momento da inscrição. Já para a comunidade externa, os ingressos possuem valores variados, que podem ser consultados no mesmo link.

O encontro tem como objetivo capacitar a comunidade universitária, empreendedores e líderes corporativos, abordando temas essenciais como inovação aberta, transferência de tecnologia, desenvolvimento e internacionalização de startups, e inovação socioambiental, trazendo ao palco especialistas nacionais e internacionais para um dia de networking e aprendizado de alto nível.

O Jampa Innovation Day destaca-se não apenas como um espaço para a troca de experiências enriquecedoras entre startups, empresas e instituições acadêmicas, mas também pelo seu compromisso com o impacto social. Todo o lucro arrecadado com a venda de ingressos será destinado à ONG Milagres do Sertão, contribuindo para a transformação das condições de vida de comunidades na Paraíba.

Para mais informações sobre a programação, cronograma do evento e organizadores, acesse a página do Jampa Innovation Day, bem como o perfil do evento no Instagram.

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Paraíba registra, neste ano, 1.544 nascimentos prematuros a menos que em 2022; veja

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Redação do Portal da Capital

Neste ano, a Paraíba registrou 5.427 nascimentos prematuros, um número inferior aos 6.971 registrados em 2022. A campanha Novembro Roxo, que visa a conscientização sobre a prematuridade, tem como tema em 2024 ‘Cuidados maternos e neonatais de qualidade em todos os lugares’. No Brasil, 1 a cada 10 nascimentos ocorre antes das 37 semanas, colocando o país entre os dez com maior índice de partos prematuros no mundo. Em 2022, foram registrados 303.447 nascimentos prematuros, e os dados preliminares de 2023 indicam uma leve redução, com 303.144 casos. Até o momento, em 2024, foram notificados 245.247 partos prematuros.

Visando promover uma rede de apoio às famílias, o Ministério da Saúde lançou, em setembro último, a Rede Alyne, que atua para qualificar o cuidado materno-infantil e garantir atendimento integral às mulheres e recém-nascidos em todo o Brasil.

A prevenção do parto prematuro é essencial para a redução da mortalidade infantil e depende, principalmente, de um pré-natal de qualidade ofertado pela Atenção Primária à Saúde (APS), com acompanhamento contínuo pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e encaminhamento à atenção especializada se detectada uma gestação de risco. Quando o nascimento prematuro ocorre, é fundamental que esses bebês recebam cuidados e acompanhamento rigorosos para reduzir a morbimortalidade neonatal.

De acordo com a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens, Sonia Venancio, políticas públicas e protocolos bem estruturados são essenciais para proporcionar um cuidado de qualidade: “Com assistência neonatal qualificada, é possível melhorar as condições de saúde desses bebês, promovendo um início de vida mais seguro e saudável, o que impacta positivamente também as famílias e a sociedade como um todo”.

Embora muitos bebês prematuros se desenvolvam bem, o parto antes das 37 semanas pode expor o recém-nascido a diversas intercorrências devido à imaturidade de seus órgãos e sistemas. As principais complicações incluem dificuldades respiratórias, problemas cardíacos, gastrointestinais, de imunidade, oculares, auditivas e imaturidade no sistema nervoso central.

As principais causas para um bebê nascer de forma prematura envolvem condições maternas, gravidez na adolescência, histórico de parto prematuro, gravidez múltipla, estilo de vida que favoreça o parto prematuro, como o uso de álcool, cigarro e drogas ilícitas, cuidados pré-natais inadequados e infecções. A realização de exames do pré-natal, como de imagem e de sangue, permite a identificação precoce de condições de saúde materna e fetal que podem ser tratadas para evitar complicações. Em situações de alto risco, como hipertensão e diabetes gestacional, o monitoramento especializado é essencial para reduzir o impacto dessas condições sobre a gestação.

Ações

A Rede Alyne oferece suporte a estados, municípios e ao Distrito Federal, com recursos direcionados para fortalecer o pré-natal, o atendimento durante a internação e o acompanhamento no pós-alta – essenciais para a prevenção de complicações associadas à prematuridade. O programa também promove o fortalecimento dos serviços de alto risco para gestantes e puérperas em situação de vulnerabilidade, que são os Ambulatórios de Alto Risco (Agar), bem como oferece incentivo financeiro para os ambulatórios dos bebês egressos de UTI Neonatal (A-SEG).

Outra iniciativa do Ministério da Saúde é o envio de assessores técnicos aos territórios para apoiar e monitorar as práticas de saúde, além de garantir a execução das políticas, como no caso da estratégia do Método Canguru – cuidado humanizado ao recém-nascido que fortalece o vínculo entre mãe e bebê e reduz complicações comuns em bebês prematuros e ou de baixo peso.

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Sessão virtual da 2ª Câmara do TCE-PB tem processos de dez órgãos do Estado e Municípios

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Redação do Portal da Capital

Uma Inspeção Especial de Licitação e Contratos na Prefeitura Municipal de Santa Rita e outra de Acompanhamento de Contrato na Secretaria de Estado da Administração (exercício de 2024) compõem a pauta da 13ª Sessão Virtual da 2ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba aberta, às 10 horas, desta segunda-feira (25/11).

Até ao meio-dia da próxima sexta-feira, quando será encerrada, essa Sessão terá ocasionado o julgamento de um total de 16 novos processos, em meio aos quais, também, concorrências, contratos e seus termos aditivos, denúncias, atos de gestão de pessoal e um recurso de reconsideração oriundos, caso a caso, das Prefeituras de Itatuba, Caaporã, e, ainda, dos Institutos de Previdência de Bananeiras, Patos, Lagoa Seca, Campina Grande, Santa Rita, João Pessoa e PBPrev.

SÚMULA – Chegam a 1.855 os processos julgados pela 2ª Câmara do TCE desde 1º de janeiro deste ano até o último dia18. A relação inclui 64 contas de Câmaras de Vereadores, sete de Secretarias Municipais, 44 de órgãos da administração indireta dos municípios, seis inspeções em obras públicas, 47 inspeções especiais, 220 licitações e contratos, 120 denúncias e representações, 1.429 aos de pessoal, dois concursos, 22 recursos, 41 verificações de cumprimento de decisão e três outros processos de natureza diversa.

Integram a 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado os conselheiros André Carl Torres Pontes (presidente), Arnóbio Viana e Marcus Vinicius Carvalho Farias (substituto). O Ministério Público de Contas está aí representado pelo subprocurador geral Manoel Antonio Soares dos Santos. A TV TCE-PB, Canal no YouTube, exibe os julgamentos presenciais e remotos.

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