O juiz Vinício Costa Vidor, da 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande, decretou nesta sexta-feira (24), as prisões preventivas de Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos, donos da empresa Braiscompany.
Ambos os sócios são considerados foragidos desde a semana passada, e existe a suspeita de que eles tenham fugido do Brasil. A inclusão dos nomes deles na lista de procurados da Interpol, assim, aumentaria as chances deles serem presos, mesmo estando no exterior.
O juiz que determinou a prisão comentou sobre a decisão. “Adote a Secretaria as diligências necessárias à expedição dos mandados de prisão e de sua inclusão em difusão vermelha, encaminhando, em seguida, o conjunto de documentos à Superintendência da Polícia Federal na Paraíba para solicitação da difusa à Interpol”, disse Vidor.
Entenda:
A Operação Halving, deflagrada em 16 de fevereiro, teve como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais na sede e em endereços ligados à empresa paraibana Braiscompany.
A empresa captava investidores sob a promessa de investimentos em criptomoedas com retorno de 8% ao mês, e, após atrasos, passou a ser suspeita de golpe de milhões com criptomoedas. As ações da PF aconteceram na sede da empresa e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e em em João Pessoa e em São Paulo.
A suspeita é de que eles tenha movimentado cerca de R$ 1,5 bilhão nos últimos quatro anos.