A superintendente da Funasa (Fundação Nacional da Saúde) na Paraíba, Virgínia Veloso, ventilou, nesta semana, a informação de que lideranças políticas ligadas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já estariam admitindo a possibilidade de recuo na decisão de extinguir a instituição no Estado e também no país.
Segundo Virgínia, o ato de Lula pode ser considerado um “equívoco muito grande”, uma vez que, “a população mais isolada depende de nós”.
As declarações de superintendente da Funasa na Paraíba foram divulgadas pela coluna Painel, da Folha.
Virgínia Veloso é mãe `da senadora Daniella Ribeiro (PSD), do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), avó do vice-governador Lucas Ribeiro (PP) e casada com o ex-prefeito, ex-deputado e atual presidente estadual do PP na Paraíba, Enivaldo Ribeiro.
Confira a íntegra da matéria clicando aqui ou logo abaixo:
“Lula foi eleito para cuidar dos pobres e tem que rever extinção da Funasa, diz dirigente
Superintendente na Paraíba defende trabalho do órgão em cidades pequenas
A resistência à decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de extinguir a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) tem crescido no Congresso e dentro da própria instituição.
Na Paraíba, a superintendente estadual do órgão, Virgínia Veloso, diz esperar que o presidente recue do que ela chama de “um equívoco muito grande”.
“Sei que o presidente vai rever isso, afinal ele foi eleito para cuidar dos mais pobres, especialmente os do Nordeste”, afirma ela, que tem ligações estreitas com o mundo político. Ex-prefeita de Pilar, é mãe do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) e da senadora Daniella Ribeiro (PSD).
O discurso tem se repetido entre parlamentares, sobretudo os que representam o Norte e Nordeste. Lideranças ligadas ao governo já admitem um recuo.
Segundo a superintendente na Paraíba, a Funasa desempenha funções em pequenos municípios que não interessam a outros órgãos, muito menos ao setor privado.
“Quem cuida de ações de saneamento rural, cisternas, poços comunitários, esgotamento, tratamento de resíduos sólidos e outras ações é a Funasa. A população mais isolada depende de nós”, afirma. Ela diz que a Funasa está presente em 219 dos 223 municípios paraibanos. “É muito triste se isso tudo acabar”.
Segundo ela, a proposta do governo de transferir parte das atribuições da Funasa para o Ministério das Cidades, como as ações de saneamento, não funciona. “Gostaria que as pessoas que defendem essa ideia visitassem os municípios de menos de 20 mil habitantes onde a Funasa trabalha”.
Veloso diz estar confiante de que os parlamentares vão se sensibilizar com a ação do órgão na Paraíba e em outros estados para manter a instância funcionando.”