A equipe do Hospital Moinhos de Vento (Porto Alegre – RS), esteve, nessa terça-feira (17), no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), para acompanhar os resultados do Projeto “Saúde em Nossas Mãos: Melhorando a Segurança em Larga Escala no Brasil”, promovido pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). A iniciativa, que visa prevenir as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), contemplou, desde agosto de 2021, a UTI Neurológica (20 leitos) do Metropolitano, e segue até dezembro deste ano.
Com abertura das apresentações no auditório 2 da instituição, os representantes do Moinhos de Vento fizeram um resumo sobre a metodologia do projeto ao longo do período em que ele acontece no Metropolitano. “É um trabalho de revisitar os processos institucionais desenvolvidos e fornecer um feedback do projeto com a equipe multiprofissional”, disse o consultor técnico do Hospital Moinhos de Vento, Patrick Westphal.
Na ocasião, estavam presentes integrantes da equipe multiprofissional do Metropolitano, atuantes da UTI Neuro, Colaboradores do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), além dos gestores de Enfermagem e Multiprofissional, bem como a coordenadora de enfermagem da UTI, Raybarara Nascimento, que explicou as práticas da iniciativa.
“A estratégia para redução dos casos se dá por meio de um pacote de mudanças instituídas a partir da implantação da segurança do paciente. O apoio técnico e educacional é feito junto a instituições de saúde tutoras, que fazem visitas técnicas e nos ajudam a elaborar planos de ação. É um suporte contínuo e monitorado, com a implantação das atividades de segurança por meio destas reuniões com as equipes de melhoria, que desenvolvem competências que são repassadas para todos os profissionais dos setores em que atuam no hospital”, explicou a profissional.
Após a explanação, a equipe composta por Patrick, pela consultora técnica Ananda Zamberlan Alvarez e pela infectologista Gynara Rezende visitou a UTI que foi contemplada no projeto. “Na visita nós analisamos a metodologia e os resultados do projeto até o momento e também definimos novas metas para a conclusão, no final do ano”, explicou Ananda.
De acordo com Adriano Sousa, diretor hospitalar do Metropolitano, mais de 300 profissionais da instituição estão envolvidos no projeto. “É um trabalho contínuo que demanda esforço das equipes com dedicação de tempo e energia, e eles contam com o apoio da nossa liderança, e da equipe mentora do Moinhos de Ventos, para que juntos possamos alcançar o melhor resultado, que visa sobretudo o bem-estar dos nossos pacientes”, declarou o diretor.
Resultados já alcançados: O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, apresentou uma redução de cerca de 90% no número de infecções primárias da corrente sanguínea associadas ao uso de cateter venoso central (IPCS-CVC), superando a meta esperada para o projeto, de redução de 50% até o final de 2023.
Sobre o projeto “Saúde em Nossas Mãos”: O objetivo prioritário é prover o suporte técnico e metodológico quanto à prevenção de infecção primária da corrente sanguínea associada ao uso de cateter venoso central (IPCS-CVC), infecção em trato urinário associado ao uso de cateter vesical de demora (ITU-AC), pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e da higienização das mãos.