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Daniella, do PSD, já sinaliza a sua migração para a base de apoio a Lula

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* Por Nonato Guedes

A senadora paraibana Daniella Ribeiro, do PSD, sinalizou, em entrevistas, a sua migração para a base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que significa posição de voto favorável a matérias que forem encaminhadas pelo novo governo. A parlamentar lamentou o comportamento adotado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na reta final do seu governo, inclusive, recusando-se a passar a faixa ao sucessor e a ser transparente com a própria sociedade na  informação sobre o contencioso que ficou. Na opinião de Daniella, ficou evidente que o ex-mandatário apostou numa atitude surreal de deixar ver o que ia acontecer, alimentando, entre os apoiadores, uma esperança irreal de que um eventual golpe estava na iminência de acontecer.

“Todos sabiam que isso não ia acontecer, como de fato não aconteceu”, expressou a senadora, destacando que Bolsonaro deveria ter deixado claro que a possibilidade de golpe não existiria. “Ele deixou iludir, o silêncio é uma forma de iludir, e acredito que perdeu uma grande oportunidade de sair como líder credenciado da oposição”, afirmou a senadora. Na gestão de Bolsonaro, a senadora paraibana não se colocou ostensivamente na base de Bolsonaro, mas sem dúvida apoiou projetos do governo dele num período em que era filiada ao PP (Partido Progressistas), que estava representado por nomes de destaque como Ciro Nogueira, o influente chefe da Casa Civil da administração bolsonarista e espécie de interlocutor para encaminhamento de demandas da classe política. Ela evitou, porém, se envolver nas polêmicas compradas por Bolsonaro ou reverberar essas polêmicas. Foi prestigiada em órgãos como a Caixa Econômica Federal, ao produzir pleitos em favor de cidades paraibanas.

A integração à base do governo Lula é encarada nos meios políticos paraibanos como consequência da aproximação verificada na campanha eleitoral de 2022 entre o grupo político da senadora Daniella e o esquema do governador João Azevêdo (PSB), candidato declarado à reeleição. A aproximação ensejou a inclusão na chapa de João, como candidato a vice-governador, de Lucas Ribeiro, do PP, filho de Daniella e atté então vice-prefeito de Campina Grande, na gestão de Bruno Cunha Lima (PSD), que faz oposição a João. Lucas foi indicado para a vaga depois que seu tio, Aguinaldo Ribeiro, declinou da possibilidade de concorrer ao Senado dentro do esquema governista. Até então, Daniella não se considerar expoente da base de João. Numa reviravolta, engajou-se à campanha e prestigiou a solenidade de posse do governador e do seu filho em cargo executivo estadual. Nacionalmente, o PSD está contemplado com cargos no governo do presidente Lula da Silva.

O grupo Ribeiro, cujo chefe é o ex-prefeito de Campina Grande, Enivaldo, saiu fortalecido na campanha eleitoral de 2022, conforme as análises políticas que são feitas, depois de aparentar não ter fichas no quadro sucessório estadual. Além de continuar com Daniella no Senado, com Aguinaldo na Câmara e passar a controlar a vice-governadoria, o “clã” se encaminha para influenciar nas eleições municipais de 2024 em Campina Grande e em João Pessoa. Na Rainha da Borborema, o nome da senadora Daniella Ribeiro é abertamente cogitado para disputar a prefeitura da cidade, com chances e com um reforço mais direto da parte do governador João Azevêdo, que na própria campanha à reeleição não teve uma votação mais expressiva em Campina Grande, segundo colégio eleitoral do Estado, mas que, desta feita, acena com investimentos de repercussão naquela cidade.

Daniella Ribeiro, que também foi deputada estadual, já disputou a prefeitura de Campina Grande mas ficou imprensada entre os grupos Cunha Lima e Vital, que então polarizavam o cenário a nível local. Ela ganhou projeção ao se eleger, em 2018, a primeira senadora da história da Paraíba, superando, em votos, o próprio ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), seu ex-aliado, que não logrou ser reconduzido para o Senado Federal no segundo mandato pleiteado. A senadora antagoniza com o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que foi prefeito de Campina Grande por duas vezes. Mas no Senado Federal os votos de ambos irão para matérias de interesse do terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No primeiro turno das eleições de 2022, na Paraíba, Lula declarou apoio à candidatura de Veneziano ao governo do Estado, retribuindo o apoio que este lhe oferecera, contrariando setores do MDB que pugnavam pela candidatura própria de Simone Tebet, que foi até o fim e acabou apoiando Lula no primeiro turno, tornando-se ministra dele no segundo. Daniella e Veneziano garantirão maioria na bancada paraibana no Senado pró-Lula. O terceiro senador, Efraim Filho, do União Brasil, que foi eleito em 2022, já declarou que é oposição ao governo, embora possa votar a favor de algumas medidas de efetivo interesse público.

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Disfunção erétil cresce entre os jovens e o uso de anabolizante é uma das causas, alertam médicos

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Redação do Portal da Capital

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 30% dos homens no Brasil sofrem de disfunção erétil, o que representa um contingente de 15 milhões de pessoas. Outros estudos vão mais longe e estimam que 50% dos homens acima dos 40 anos serão afetados por esse problema.

Associada a um processo natural do envelhecimento, a disfunção erétil vem crescendo entre os jovens e uma das causas é o uso de anabolizantes, substâncias geralmente derivadas da testosterona, o hormônio sexual masculino. O alerta foi dado pelos urologistas Leonardo Andrade e Rafael de Arruda no episódio desta semana do videocast “Sem Contraindicação”, que tem como tema “Prevenção e tratamento da disfunção erétil”.

De acordo com Rafael de Arruda, atualmente existe uma “pandemia” de uso indiscriminado de anabolizante. “Não se deve utilizar [hormônios esteroides] de maneira indiscriminada em pacientes que não necessitam e têm dosagem hormonal normal”, alertou.

Isso traz uma série de complicações para a saúde, como redução da libido, perda da ereção e atrofia dos testículos. O urologista Leonardo Andrade destacou que a utilização indiscriminada pode, ainda, causar dependência. Quando necessário, o uso deve ser feito de forma individualizada.

Tratamento

A boa notícia é que a disfunção erétil tem cura e não deve haver qualquer tabu em procurar ajuda. “O jovem que está com disfunção erétil tem que colocar na cabeça que vai ter que procurar auxílio médico. ‘Autotratamento’ não vai ajudar em nada. Vai piorar a situação”, orientou Leonardo Andrade. O urologista é o profissional indicado para avaliar, diagnosticar e indicar o melhor tratamento.

Com relação aos homens com mais idade, o urologista reforçou que a disfunção erétil é uma doença crônica do envelhecimento, mas que tem controle e, portanto, precisa ser observada com naturalidade. Ele ressaltou que o tratamento é satisfatório na maioria dos casos, independentemente da causa. “A gente vai conseguir recuperar a função erétil desse paciente e deixar ele sexualmente ativo”, tranquilizou.

Onde assistir

Toda quinta-feira, um novo episódio do Sem Contraindicação é publicado no YouTube (https://youtu.be/cGHCSR8Tbmo) e no Spotify. Os episódios também ficam disponíveis no Portal Unimed João Pessoa (unimedjp.com.br/semcontraindicacao), que conta com uma seção exclusiva do videocast, onde é possível sugerir temas e interagir com a equipe de Comunicação da Unimed JP, responsável pela produção.

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Veterinário dá dicas essenciais para agir em emergências e proteger a vida do seu pet

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Redação do Portal da Capital
Quando uma emergência médica envolve um pet, saber como agir rapidamente pode fazer toda a diferença. Manter a calma é essencial, bem como buscar atendimento especializado o mais rápido possível. O veterinário Natanael Filho, sócio do Hospital Vida, que, em breve, abre as portas em João Pessoa, traz orientações para que tutores estejam preparados para lidar com situações críticas. “Algumas ações imediatas podem amenizar a dor do animal e estabilizá-lo, proporcionando mais segurança até a chegada ao hospital”, destaca.
A primeira recomendação de Natanael é manter a calma e observar o estado do animal. “É perceber, olhar e monitorar. Verificar se as vias respiratórias estão desobstruídas, se não há nenhum objeto na boca impedindo a oxigenação”, explica. Em seguida, ele enfatiza a importância de procurar imediatamente um hospital veterinário de urgência.
No caso de envenenamento ou intoxicação, a rapidez é fundamental. Natanael orienta que, dependendo da substância ingerida, como plantas ou alimentos tóxicos, o tutor pode oferecer carvão ativado. “Oriento aos tutores para terem sempre em casa, pois ele ajuda a absorver as toxinas e impedir que elas entrem na corrente sanguínea”, explica. No entanto, o veterinário destaca que essa é uma medida temporária, e a busca por atendimento veterinário deve ser imediata.
Engasgo e fraturas/ferimentos — Em situações como essa, o veterinário sugere técnicas semelhantes às usadas em humanos, como aplicar pequenos socos nas costas ou compressões na região do esterno, enquanto se verifica se há algo obstruindo a respiração do animal. Já em casos de fraturas ou luxações, o ideal é manter o pet imobilizado e evitar qualquer tentativa de reposicionar o osso ou a articulação, encaminhando-o diretamente para a emergência. “É importante reduzir ao máximo o movimento, tentar manter nos braços ou imobilizar com uma manta, ou pano. Nada de tentar recolocar, apenas no pronto-socorro é que os veterinários vão fazer exames complementares, como radiografia, e então adotar a melhor conduta, se reposicionar ou se é caso cirúrgico”, destaca.
Já para queimaduras ou ferimentos graves, a orientação é lavar a área afetada com água fria e corrente, evitando aplicar pomadas ou ataduras, e procurar ajuda veterinária imediatamente. “Se houver sangramento, é importante fazer uma compressão com um pano limpo até chegar ao hospital, mas sem colocar nenhum produto químico”, complementa.
Principais erros — Natanael alerta sobre os erros comuns que os tutores cometem ao tentar prestar primeiros socorros, como administrar medicações humanas, que podem ser altamente tóxicas para os pets. “Nunca dê leite ou remédios como paracetamol, tylenol ou diclofenaco. Utilizamos na medicina humana, mas eles são perigosos para animais e podem trazer malefícios irreversíveis”, enfatiza. O ideal, segundo ele, é agir com calma e buscar ajuda profissional o quanto antes.
Em emergências, agir com calma e conhecimento pode fazer toda a diferença para a saúde do pet. Ao seguir as orientações e procurar ajuda veterinária o mais rápido possível, os tutores podem garantir que seus animais recebam o cuidado necessário para superar momentos críticos.
Sobre o Hospital Vida – Primeira estrutura hospitalar veterinária do Nordeste que reúne atendimentos clínicos de diferentes especialidades, laboratórios de análises e imagem, blocos cirúrgicos e terapias para animais de estimação. A unidade oferece serviços de Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia, Dermatologia, Diagnóstico por imagem, Diagnóstico Laboratorial, Endocrinologia, Especialista em Felinos, Fisiatria, Gastroenterologia, Geriatria, Neurologia / Neurocirurgia, Nefrologia e Urologia, Nutrição, Oftalmologia, Ortopedia e Clínica Médica Geral. A estrutura do Vida conta com Terapia Semi-Intensiva canina e felina, em espaços separados; UTI 24 horas; apartamentos humanizados; diagnóstico laboratorial e de imagens 24 horas; com tomografia computadorizada; consultório especializado para felinos; hemodiálise; endoscopia; sala de imunoterapia; blocos cirúrgicos e setor de fisioterapia. O Hospital Vida está localizado na Rua Miriam Barreto Rabelo, 160, no Jardim Oceania, em João Pessoa.

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João Pessoa é ou não uma cidade conservadora, de direita e bolsonarista?

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

O resultado das eleições gerais de 2022 alimentou uma visão segundo a qual a maioria do eleitorado de João Pessoa seria de tendência bolsonarista, politicamente alinhado à direita conservadora em sua palheta de cores, desde as correntes mais radicais às mais moderadas.

Não era para menos. Os candidatos mais votados ali no primeiro turno, com exceção do próprio Bolsonaro, que ficou com 44,48% dos votos contra 47,38% de Lula, foram todos da direita bolsonarista. O candidato a governador do PL, Nilvan Ferreira, chegou em primeiro lugar com 31,10% da votação, o pastor Sérgio Queiróz foi o mais votado para o Senado (106.885 votos), Cabo Gilberto ficou em primeiro lugar para deputado federal (58.308) e Walber Virgolino foi o deputado estadual mais votado (31.463).

Como se não bastasse, no segundo turno a diferença entre Lula (50,10%) e Bolsonaro (49,90%) foi de apenas 925 votos.

Registre-se ainda que Bolsonaro venceu em todas as cidades da região metropolitana, produzindo convicções não apenas sobre uma onda bolsonarista, mas a suposta ideia que a Capital paraibana era uma cidade majoritariamente conservadora. O território da direita, que havia se desviado 16 anos à esquerda (gestões de Ricardo Coutinho e Luciano Agra e Luciano Cartaxo).

Afinal, a população ou o eleitorado de João Pessoa, do ponto de vista político, tem uma posição? Essa posição é majoritária?

A pesquisa do instituto Quaest, contratada pelo grupo Paraíba de Comunicação e cujos números de intenção de voto foram divulgados na semana passada, fez essa pergunta aos pessoenses. O quesito direto tinha a seguinte formulação: “Diante desses grupos políticos, qual você mais se identifica?” E apresentava as alternativas:

– Lulismo/petismo: 18%;

– Não é lulista/petista, mas mais à esquerda: 9%;

– Bolsonarista: 14%;

– Não é bolsonarista, mas mais à direita: 16%;

– Não tem posição: 40%;

– Não sabem/Não responderam: 3%.

Pelas respostas, definitivamente, a cidade de João Pessoa, politicamente, não é lulista nem bolsonarista.

Curiosamente, porém, existem grupos mais radicalizados do que o lulismo/petismo e o bolsonarismo, ou seja, mais à esquerda (9%) e mais à direita (16%). É perfeitamente razoável agrupar essas tendências, especialmente em períodos eleitorais, o que significaria dizer que, pelo quadro captado no momento pela pesquisa, em termos políticos, 40% da população de João Pessoa não tem posição (dependendo da forma da pergunta, poderia se identificar como centro), 27% se identificam como esquerda e 30% como de direita. E é, na real, mais ou menos assim como o mundo não radicalizado se define.

É esse o quadro que se apresenta para os vários candidatos a prefeito da cidade, sabendo-se que existem tendências políticas disputadas por mais de um postulante e que outros passeiam por mais de uma posição política, sem falar na limitação do poder de transferência de voto. A conclusão lógica é que o critério de vinculação ideológica dificilmente será decisivo na configuração do mapa das urnas.

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