De saída da Esplanada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, aproveitou a condecoração da Medalha Oswaldo Cruz para homenagear autoridades próximas do governo e dele próprio.
A Medalha do Mérito Oswaldo Cruz, criada em 1970, é um reconhecimento pela atuação destacada no campo das atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas pelos resultados benéficos à saúde de milhares de brasileiros.
Ainda assim, diz a informação publicada pela coluna Painel, da Folha, entre os agraciados na quarta-feira (21/12) estão os comandantes da Marinha, Almir Garnier Santos, da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Júnior, e do Exército, Marco Antônio Freire Gomes. Os três chegaram a cogitar a entrega antecipada de cargos para não o fazer após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomar posse como presidente da República. O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, também recebeu a honraria.
Está na lista, ainda, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, que deu pareceres favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi ela quem assinou, por exemplo, a recomendação de arquivamento das denúncias feitas pela CPI da Covid.
O ministro aproveitou para homenagear seus auxiliares diretos, como a assistente do cerimonial, Monique Rodrigues, e assessores do seu gabinete pessoal como Marcelo Costa Camara e Maria de Fátima Santos.
Até um representante da indústria farmacêutica foi agraciado. O diretor de Assuntos Governamentais da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), Rodrigo Cruz, faz parte da lista. Ele foi secretário-executivo do ministério durante a pandemia.
Procurado, o ministério afirmou que todos os agraciados contribuíram, direta ou indiretamente, em atividades relacionadas à higiene e à saúde pública em geral.