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Material apreendido em casa de hacker na PB pode ter dado acesso à sigilos do Judiciário no Brasil

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A Polícia Federal encontrou na investigação sobre o ataque aos sistemas do Ministério da Saúde, ocorrido em 2021, indícios de que o principal nome do grupo hacker Lapsus$ no Brasil acessou credenciais do PJe (Processo Judicial Eletrônico).

O PJe é resultado de uma parceria entre o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e diversos tribunais do país para criar uma plataforma de processos que permite acesso digital a trâmites processuais. Esta matéria foi publicada pela Folha.

A plataforma abarca tanto processos públicos como aqueles com sigilo de Justiça —somente partes envolvidas e cadastradas no sistema podem acessar.

A PF passou a suspeitar da atuação indevida do grupo hacker ao sistema após encontrar rastros no sistema deixados por Thiago Nathan, 24, apontado pelos investigadores como liderança do Lapsus$ no Brasil.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do hacker.

Nathan foi preso pela PF em 19 de outubro na cidade de Feira de Santana, Bahia. Antes de ser preso, ele havia sido alvo de busca e apreensão em 16 de agosto. Durante a ação em sua casa na Paraíba, a PF apreendeu dezenas de terabytes de arquivos armazenados por ele e encontrou os registros de suas transações com criptomoedas.

Além das credenciais, que acenderam o alerta na PF, os peritos envolvidos na apuração também encontraram informações com Nathan sobre um “teste de rota”, procedimento comumente utilizado por hackers antes de colocarem em prática um ataque contra os sistemas alvos.

A suspeita de acesso indevido ao PJe se junta a outras que recaem sobre Nathan e o grupo Lapsus$.

No Brasil, entre os alvos do setor público, o grupo promoveu ataques contra sistemas do Ministério da Saúde, da CGU (Controladoria-Geral da União), do Ministério da Economia, da Enap (Escola Nacional de Administração Pública), da ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre), da PRF (Polícia Rodoviária Federal), dos Correios e da própria Polícia Federal.

Um desses ataques, em dezembro do ano passado, tirou do ar o ConecteSUS, responsável pelo certificado nacional de vacinação.

O Lapsus$ também é suspeito dos ataques às empresas Localiza e Americanas no Brasil. No exterior, o grupo entrou na mira das autoridades do Estados Unidos, Portugal e Reino Unido após ações contra um canal televiso português e as empresas Electronic Arts, Nvidia e Microsoft Azure.

Para avançar na investigação sobre a atuação do Lapsus$ no Brasil, a PF fez um acordo de cooperação internacional com o FBI (a polícia federal americana) e teve acesso ao conteúdo de uma apuração sobre o grupo feita pelos americanos.

A PF, a partir do material compartilhado, conseguiu colocar no papel a estrutura e integrantes do grupo e delinear o modo de atuação dos hackers nos ataques.

As investigações também conseguiram comprovar a atuação de Nathan e a proximidade do brasileiro com um inglês apontado como líder do Lapsus$.

O trabalho foi possível porque entre o material enviado pelo FBI ao Brasil há conversas travadas entre os hackers por meio do aplicativo Telegram.

As trocas de mensagens mostram como Nathan era muito acionado pelo integrantes do Lapsus$ no exterior pelo fato de conseguir acessos a credenciais sigilosas de acesso, iguais às do PJe encontradas em seus arquivos.

O hacker ocupava lugar de destaque na estrutura do Lapsus$ devido a sua habilidade e conhecimento em relação a órgãos governamentais no Brasil.

A atuação de Natham, entretanto, não se restringia ao setor público. Segundo relatos feito à reportagem, mensagens apontam a participação direta do brasileiro no ataque contra a Nvidia, empresa de tecnologia americana.

Ele teria fornecido dados solicitados por outros integrantes do Lapsus$ durante a tentativa de de acesso aos sistemas da empresa.

Como mostrou a Folha, além de mapear a atuação de Nathan nos ataques, a PF também analisa as transações financeiras e os valores encontrados em criptomoedas com o hacker para avançar nas investigações sobre possíveis financiadores ou compradores de informações acessadas por ele.

Ao longo da investigação, os policiais já encontraram registros de cerca de R$ 15 milhões em criptoativos de propriedade de Nathan. A PF também descobriu que ele possui uma propriedade rural avaliada em R$ 2 milhões.

Parte dos valores, de acordo com a apuração, tem origem na venda de banco de dados de instituições que, segundo a polícia, foram roubados por ele.

A PF tenta agora descobrir se o restante tem origem em financiadores dos ataques aos sistemas de órgãos públicos e empresas ou em compradores do conteúdo roubado dos alvos.

A investigação tramita na DIP (Diretoria de Inteligência Policial) da PF e conta com o apoio de peritos especializados em crimes cibernéticos e em informática para analisar o material coletado com Nathan.

Confira imagens:

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Paraíba adere ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e inicia Plano Estadual de Prevenção

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O Estado da Paraíba aderiu ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios e dá o primeiro passo oficial de início ao Plano Estadual de Prevenção aos Feminicídios.

A adesão se deu durante o Encontro de Gestoras Estaduais de Políticas para as Mulheres, realizado pelo Ministério das Mulheres na terça-feira (26/11), em Brasília, com o o objetivo de estabelecer um fluxo coordenado para envio, recebimento e monitoramento de denúncias feitas à Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.

Além da Paraíba, outros 18 Estados e o Distrito Federal também aderiram ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. Com a assinatura do acordo junto ao Ministério das Mulheres, as Unidades Federativas iniciam a construção dos Planos Estaduais de Prevenção aos Feminicídios com o objetivo de diminuir os casos de feminicídios no país. São eles: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Instituído em agosto de 2023, pelo Decreto nº 11.640/2023, o Pacto conta com 73 ações governamentais intersetoriais, com a perspectiva de gênero e suas interseccionalidades, que têm como objetivo prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também firmou acordo de cooperação com o Ministério das Mulheres com o objetivo de assegurar o encaminhamento ágil e eficiente das denúncias às unidades competentes do Ministério Público, garantindo que cada caso receba a devida atenção e encaminhamento adequado. A parceria também busca fortalecer a coordenação e a execução dos acordos regionais, além da ampla divulgação dos canais de atendimento do Ligue 180, destacando a inclusão de recursos acessíveis, como a possibilidade de videochamadas em Libras, ampliando o alcance e a acessibilidade para mulheres com deficiência auditiva.

O principal objetivo dos ACTs é fortalecer a rede de atendimento e proteção às mulheres vítimas de violência nos estados, integrando esforços entre governo federal, governos estaduais e Ministério Público, a fim de garantir que as denúncias sejam tratadas com eficiência e que as vítimas recebam o suporte necessário de forma ágil e eficaz.

Após a formalização dos ACTs, o Ligue 180 realizará, no dia 09 de dezembro, a capacitação dos pontos multifocais de cada estado, concretizando mais uma etapa em direção à ampliação da Central Ligue 180. A colaboração entre as entidades envolvidas promove um sistema mais robusto e integrado, melhora a resposta das autoridades e assegura um atendimento mais adequado e coordenado, refletindo compromisso com a segurança e a justiça para as mulheres em situação de violência.

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Entidade multissetorial e Senado Federal discutem impactos da Reforma Tributária

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Redação do Portal da Capital

O Senado Federal recebeu, nesta terça-feira (26/11), uma importante entidade multissetorial do país, a Amcham Brasil, para o evento “Diálogo com o Senado Federal para a Regulamentação da Reforma Tributária em 2024”.

O encontro reuniu líderes políticos e empresariais para debater os próximos passos da regulamentação da Emenda Constitucional nº 132, reforçando o compromisso de construir um sistema tributário mais moderno, justo e competitivo.

Representando o Senado, Efraim Filho (União Brasil), destacou a importância do debate com entidades que movimentam a produção e economia no país, enfatizando a contribuição entre Congresso Nacional e cadeia produtiva.

“A oportunidade de sentar a mesma mesa com empreendedores que tratam de inovação, que tratam de comércio exterior, que tratam de um Brasil que quer crescer e se desenvolver num mundo globalizado e sem fronteiras, onde você concorre com todos os países. E hoje, você poder receber essas sugestões, contribuições, com um olhar diferente sobre o texto da reforma tributária que tem sido debatido no Senado engrandece. Nosso compromisso foi de recepcionar essas sugestões de emendas, apresentá-las para estimular o debate e atender aquilo que possa contribuir para um texto melhor”, frisou.

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Relatório da PF detalha participação de paraibano em tentativa de golpe de Estado; veja documento

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Redação do Portal da Capital

O relatório final da Polícia Federal (PF) com detalhes sobre o inquérito que investiga a tentativa de um golpe de Estado no Brasil, após as Eleições 2022 para presidente da República, detalha a participação do paraibano Tércio Arnaud Tomaz no esquema criminoso.

No documento, que tem 884 páginas, o nome do paraibano é citado, pelo menos, dez vezes e, nos trechos, ele é apontado como integrante do “gabinete do ódio” e como responsável por coordenar, editar e, junto com outros integrantes da organização criminosa, facilitar o repasse de notícias falsas através da internet.

A quebra do sigilo foi determinada na terça-feira (26/11) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira abaixo um trecho do relatório:

No cargo assessor especial da Presidência da República, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ integrou o autodenominado GABINETE DO ÓDIO. Os elementos probatórios reunidos pela investigação identificaram que TÉRCIO foi o responsável por repassar o conteúdo editado da live realizada pelo argentino FERNANDO CERIMEDO em 04 de novembro de 2022, no qual o mesmo propagou ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral brasileiro.

No mesmo dia da live, TÉRCIO ARNAUD TOMAZ, encaminhou, via aplicativo WhatsApp para MAURO CID, um link que direcionava para o armazenamento de arquivos no Google Drive. O link levava à gravação da live realizada por FERNANDO CERIMEDO naquele dia, com a duração de 01h01min22seg. Ele escreve, em seguida, “resumo” e envia o vídeo editado a partir do referido conteúdo com a duração de 08min59seg. O objetivo de editar o vídeo foi facilitar a disseminação da live, de modo a se antecipar às já citadas ações do TSE contra a propagação de fake news.

Assim, os elementos de prova arrecadados identificaram que TÉRCIO ARNOUD TOMAZ atuou em coordenação com os demais integrantes da organização criminosa. Coube ao investigado auxiliar na edição do conteúdo falso publicado pelo argentino FERNANDO CERIMEDO, propagado logo em seguida por MAURO CID e MARQUES DE ALMEIDA“.

Clique aqui e confira o relatório (parte 1)

Clique aqui e confira o relatório (parte 2)

Clique aqui e confira o relatório (partes 3 e 4)

Clique aqui e leia mais sobre o assunto.

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