Boletins de urnas divulgados por brasileiros que moram no exterior mostram resultados das votações para a presidência da República em diferentes países, embora não de forma oficial — já que a divulgação final será feita pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a partir das 17h.
No exterior, há a votação apenas para Presidente da República. No Brasil, também serão votados nomes para os cargos de deputado federal, deputado estadual, senador e governador.
A autenticidade dos boletins de urna pode ser verificada no aplicativo Boletim na Mão, onde é possível ler os QR Code’s correspondentes a cada seção de votação.
Resultados no primeiro colégio eleitoral na Nova Zelândia. O primeiro local a abrir e a concluir a votação foi Wellington, capital da Nova Zelândia — que está 16 horas à frente do Brasil pelo fuso horário.
Segundo informações do boletim de urna fixado na embaixada brasileira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve 329 votos de um total de 458, “vencendo” no país com 71%. O presidente Jair Bolsonaro (PL) teve 71 votos. Ciro Gomes (PDT) obteve 18 votos; Simone Tebet (MDB), 8.
Na Austrália, Lula também foi o que angariou mais votos. De acordo com a SBS, TV pública da Austrália, Lula obteve 3.672 votos contra 1.917 de Bolsonaro — uma vitória de 54,8% contra 28%.
A SBS afirmou que, dos 15.390 eleitores aptos a votar no primeiro turno na Austrália, 44% compareceram às urnas — um total de 6785 pessoas.
Boletins de urna em Sydney, Brisbane, Melbourne, Camberra e Perth apresentaram vitória do petista.
Em Bangkok, na Tailândia, Lula levou 46 votos, enquanto Bolsonaro teve 42. Também foram votados Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) — ambos com cinco votos — e Felipe D’Ávila (Novo), com seis votos.
No Japão, um dos maiores colégios eleitorais do exterior, boletins de Tóquio indicam a vitória de Bolsonaro. Na seção 1787, por exemplo, Bolsonaro teve 178 votos, e Lula recebeu 40. Tebet teve 18 votos; Ciro, 15.
Na Estônia, Lula teve 140 votos, e Bolsonaro, 16. Ciro Gomes teve nove votos; Simone Tebet, sete; Felipe D’Ávila, teve cinco votos. Eram esperados 252 eleitores no país.
Em um local de votação em Copenhague, capital da Dinamarca, leituras dos boletins de urna também apontaram favoritismo de Lula. De 1255 votos registrados, 936 votos foram para o petista — ou 74,5% do total. Bolsonaro conseguiu 147, ou 11,7%. Ciro Gomes teve 58 votos, e Simone Tebet, 56.
Eleições já foram encerradas em 59 países. Segundo o TSE, até ao meio-dia, as eleições presidenciais já tinham terminado em 59 países.
Arábia Saudita, Austrália, Azerbaijão, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia, Turquia, Nova Zelândia, Japão e Israel são algumas das nações que já encerraram a votação para os brasileiros residentes.
Filas são registradas em diferentes cidades no mundo. O movimento dos brasileiros em direção às embaixadas e demais locais de votação gerou filas longas em diversas cidades — especialmente na Europa, segundo relatos publicados nas redes sociais.
Em Lisboa, por exemplo, a cidade com o maior número de eleitores brasileiros fora do Brasil, registrou filas e momentos de tensão entre apoiadores de Lula e Bolsonaro.
Paris, na França, também tinha fila que dobrava os quarteirões da embaixada brasileira.
Em Berlim, na Alemanha, eleitores chegavam a aguardar mais de quatro horas na fila para votarem na Embaixada do Brasil, segundo informações de uma eleitora no local.
Lisboa é cidade com maior número de eleitores; EUA são o país com maior colégio eleitoral. De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 697.078 eleitores estão aptos a votar fora do Brasil – 39,21% a mais que nas eleições de 2018. Os países com o maior número de votantes brasileiros são os Estados Unidos, Portugal, Japão, Itália e Alemanha.
A capital portuguesa, Lisboa, tem mais de 45,2 mil cidadãos que podem votar lá, um número que cresceu 113% em relação a 2018.
Os Estados Unidos abrigam a maior quantidade de eleitores brasileiros no exterior: quase 183 mil cidadãos estão aptos para votar lá. Esse número aumentou em cerca de 14% em relação às eleições de 2018.