A Prefeitura de Campina Grande, através da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma), desenvolve desde 2016, em parceria com a Cooperativa Reciclanip, uma ação de preservação ao meio ambiente, destinando de forma correta pneus inservíveis. Mensalmente são recolhidas, em média, 32 toneladas ou 2,4 mil unidades por mês, totalizando, em menos de dois anos da gestão do prefeito Bruno Cunha Lima, o destino correto de 115 mil pneus inservíveis, o equivalente a 575 toneladas.
O trabalho também auxilia no combate às doenças, evitando a proliferação de vetores, como o Aedes aegypti mosquito causador de doenças como dengue, zika e chikungunya, entre outras.
Para esse programa, a Sesuma fez parceria com empresas de Campina Grande, a exemplo da Pneumax, AC Pneus, Toyota, Coteminas e Pneus Cobra, que encaminham direto ao depósito, localizado na rua cantor Evaldo Braga, bairro da Catingueira.
Também são recolhidos, uma vez por semana nos terrenos ou logradouros públicos, pneus que são utilizados indevidamente pela população, ou realizadas visitas às borracharias da cidade, proporcionando um descarte corretamente.
Criada em 2007 por fabricantes de pneus novos, a Reciclanip promove a coleta e o destino ambientalmente adequado de pneus usados e não mais utilizados para a rodagem, contribuindo para a preservação da natureza e melhoria da qualidade de vida da população. O convênio prevê a adoção de medidas de prevenção para evitar danos ambientais e que possam afetar a qualidade de vida da população.
Regras
Segundo a engenheira Rafaela Oliveira, coordenadora do programa Recicla Campina, o trabalho da Reciclanip consolida o Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, criado em 1999 pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), entidade que representa os fabricantes de pneus novos.
Já a parceria com a Prefeitura Municipal existe desde o ano de 2016, por determinação do então prefeito Romero Rodrigues, cumprindo a Legislação Ambiental e atendendo a resolução 416/2009 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que regulamenta o descarte, acondicionamento e a destinação final adequada dos resíduos pneumáticos, classificados como perigosos.
Ponto Fixo de Coleta
Empresas que desejarem participar do descarte correto de pneus podem fazer o cadastro e encaminhar o produto para o ponto de coleta fixa, que funciona de segunda à sexta-feira, das 8h até meio-dia e das 14h às 17h, e aos sábados pela manhã, no bairro da Catingueira, na rua cantor Evaldo Braga, número 134.
Serviço preventivo
O secretário municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Geraldo Nobre, disse que a parceria com uma empresa de coleta e descarte adequado de pneus inservíveis, como também a instalação de um ponto de coleta desse material na cidade, fazem parte das normas previstas no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, aprovado em parceria com a comunidade no ano de 2014.
O recolhimento desses pneus é realizado em toda a cidade por profissionais da Sesuma. A origem dos pneus é diversa: borracharias, revendedoras e dos próprios cidadãos.
Depois de coletados, os pneus são encaminhados para o galpão e, uma vez por mês, a Reciclanip faz o recolhimento em Campina Grande. Após coletados, os pneus são triturados e podem ser reaproveitados como recursos e matéria prima para novos produtos e bens úteis à sociedade como asfalto borracha, indústria de calçados e grama sintética, entre outros
Lixos eletrônicos
Além dos pneus Inservíveis, a Prefeitura recebe nestes dois depósitos equipamentos eletrônicos, peças de informática, (placas de circuito, estabilizadores, teclado, mouse), impressoras, copiadoras, celulares, tablets, smartphones, no-break, monitores, fontes (CPU), computadores, notebooks, cabos, fios, televisores, roteadores, bateria de chumbo, pequenos eletrodomésticos (liquidificador, batedeira, chuveiro elétrico, fogão, máquinas de lavar), ar condicionado e Equipamentos de som/rádio.
“Esses produtos, descartados de forma inadequada, geram inúmeros problemas, como poluição do solo, do ar, das águas, sem falar na poluição visual, desvaloriza o meio ambiente e também é um atrativo para atrair vetores de doenças como ratos, mosquito da dengue e baratas, entre outros”, ressaltou Rafaela Oliveira.