O XVII Salão Municipal de Artes Plásticas (Samap) será aberto neste sábado (27), às 16h, no Casarão 34, Centro de João Pessoa. Realizado pela Prefeitura da Capital, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), o evento teve 15 projetos selecionados através do edital nº 60.001/2022. O Samap segue até o dia 28 de outubro.
O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, ressaltou que trazer de volta o Samap foi um compromisso do prefeito Cícero Lucena. Ele reitera o papel de dar visibilidade a artistas que não têm a chance de mostrar o seu trabalho. “Entendemos a importância do significado histórico do Salão Municipal de Artes Plásticas para as artes visuais de João Pessoa. É por isso que tínhamos o compromisso de restaurar o Samap. Depois de muitos anos sem ser realizado, nós estamos trazendo de volta”, ressaltou.
Marcus afirmou que a Prefeitura conseguiu dar legitimidade ao processo de seleção dos artistas e/ou grupos na atual edição do Salão. “Desde o processo de formação dos editais, que foram construídos com a comunidade artística, até o processo de seleção das obras, por meio de uma comissão de especialistas de reconhecida competência estadual e nacional no campo das artes visuais”, comentou.
As propostas selecionadas foram de quatro artistas negros, dos quais uma mulher, um LGBTQIAP+ e as demais pela ampla concorrência. Nesta edição, o evento vai apresentar a expansão do mundo criativo das/dos artistas: Allan Luna (PE), Diego Oli (CE), Escada (SP), Everton David (PB), Fany Miranda (PB), Guto Oca (PB), Karla Noronha (CE), Lucas Aleixo (PE), Manu Neves (RJ), Massape (PE), Maycon Albuquerque (PB), Nina Maia (DF), Sergio Vital (PB), Thaynha (PB) e Williana Silva (CE).
A curadora do XVII Salão Municipal de Artes Plásticas e diretora do Casarão 34, Vivian Santos, explica que, em tempos de globalização, mais do que nunca, se faz necessário o fortalecimento da arte nos diversos contextos. Desta forma, salões como o Samap se tornam essenciais por possibilitarem um olhar sobre os efeitos coletivos e subjetivos da cultura e da sociedade nos indivíduos.
“A exposição apresenta universos particulares, visualmente composto por fotografias, pinturas, instalações e esculturas. Em meio às obras, podemos observar um movimento pendular entre as temáticas que se contrastam na trama da exposição”, observou.
Essas temáticas, segundo ela, ora falam de lugares de dores, ora falam de lugares de cura. “Descortinam angústias sobre asfixia física e sentimental em decorrência da pandemia da Covid-19 e sobre o fôlego, possibilitado pela libertação sexual. Conversam sobre as afirmações identitárias negras, a pluralidade feminina e os desafios enfrentados em detrimento do patriarcado”, afirmou Vivian Santos.
O valor total do edital será distribuído entre 15 artistas e/ou grupos selecionados. Cada um receberá prêmios no valor de R$ 3 mil. O primeiro colocado receberá prêmio extra no valor de R$ 10 mil – prêmio aquisitivo, isto é, a obra premiada será incorporada ao acervo da Funjope.
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