Um grupo de paraibanos decidiu prestar queixa contra a empresa RTE Betting Master que tem como atividade principal ‘apostas esportivas’ no setor do futebol, acusando o proprietário, que é um policial militar paraibano, de sumir com o dinheiro das apostas e lesar cerca de 1600 (mil e seiscentos) apostadores.
A empresa, pertencente a Rodrigo Pereira de Sousa, que é cabo da Polícia Militar da Paraíba (PMPB), possui endereço sede no município de Pirpirituba, na Paraíba, e é apresentada ao público através de um site (http://rtebettingmaster.com.br/) como “a maior empresa de trading esportivo da América Latina” e que “possui a maior e melhor estrutura física e tecnológica do Brasil” e “uma central de operação com dois monitores dos mais modernos do mundo!“.
Porém, segundo o grupo, o proprietário da empresa não teria prestado contas acerca de onde os mais de R$ 60 milhões em apostas teriam sido investidos passando apenas a relatar, sem apresentação de quaisquer documentos, que o dinheiro estaria bloqueado e, teria, em seguida, “sumido do mapa“.
No Instagram da empresa, consta que o primeiro comunicado emitido acerca do assunto foi publicado no dia 26 de julho de 2022, onde o responsável pela RTE informa que a empresa passaria “por uma readequação em seu modelo de negócio” e que não mais seguiria “adotando a sistemática até então utilizada em suas operações […] em virtude das constantes limitações burocráticas impostas às operações de mercado das apostas esportivas“.
Ainda no mesmo comunicado, a empresa afirma que “EFETUARÁ A DEVOLUÇÃO DE TODOS OS INVESTIMENTOS DOS SEUS CLIENTES DEVIDAMENTE CORRIGIDOS MONETARIAMENTE desde a data do presente documento até a data do efetivo pagamento, bem como da rentabilidade mensal que esteja em atraso até a data deste comunicado. O pagamento ocorrerá por ordem cronológica iniciada a partir do último cliente até o primeiro. Todos os clientes deverão entrar em contato com o suporte para saber qual a sua colocação na fila de pagamentos“. (Clique aqui e confira)
Já no dia 12 de agosto, o proprietário, decidiu postar um primeiro vídeo acerca do problema, afirmando que os valores já tinham começado a ser pagos e que até o último cliente seria ressarcido.
No mesmo vídeo, o proprietário se queixa do recebimento de ameaças que, segundo ele, estariam partindo de clientes insatisfeitos; que teria retirado a própria família da cidade de Pirpirituba por medo de que episódios violentos a alcançassem; que não teria aplicado golpe e estaria trabalhando diuturnamente para que ninguém ficasse no prejuízo; pedindo, por fim, um prazo de seis meses para a resolução do problema. (Clique aqui e confira)
Porém, na quarta-feira (24/08), um novo comunicado oficial, sob forma de vídeo, foi publicado pelo proprietário da empresa, esclarecendo que havia sido convocado pela Polícia para explicar toda a situação; que os funcionários da RTE não teriam nada a ver com a situação; e, que os clientes insatisfeitos estariam cometendo uma injustiça, com os hoje ex-funcionários, culpando-os publicamente do ocorrido.
Ainda no mesmo vídeo, Rodrigo Pereira reconhece que saiu da Paraíba e afirma que por conta de denúncias oficiais todas as contas da empresa, e até a sua pessoal, estariam bloqueadas pela Justiça, fato que dificultaria ainda mais a situação. (Clique aqui e confira)
O grupo promete marcar presença na tarde desta quinta-feira (25/08) na Delegacia de Defraudações que fica instalada sede da Central de Flagrantes, no bairro Geisel, em João Pessoa, para tratar sobre o assunto.