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Saiba quanto rendem R$ 1.000 na poupança, CDB e Tesouro com a nova Selic

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Com a nova alta na taxa Selic pelo BC (Banco Central) nesta quarta-feira (3), para 13,75% ao ano, as principais alternativas na classe da renda fixa passam a oferecer rendimentos ainda mais atraentes aos investidores. Já a poupança tem o menor retorno entre as opções analisadas, mesmo sendo isenta do IR (Imposto de Renda).

De acordo com esta matéria publicada originalmente pela Folha, segundo levantamento realizado por Andrew Storfer, diretor de economia da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), com o novo patamar da taxa básica de juros, um investimento de R$ 1.000 no título público pós-fixado Tesouro Selic renderia ao aplicador um montante de R$ 114,57, considerado um intervalo de 12 meses. Com o patamar anterior da Selic de 13,25%, essa mesma aplicação entregaria ao investidor um retorno de R$ 110,45, no mesmo intervalo.

O valor considera uma aplicação com taxa de juros de 13,89% ao ano e já desconta a incidência da alíquota do IR de 17,5% para os investimentos resgatados dentro do prazo de um ano.

Pelos cálculos da Anefac, os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) de bancos de médio porte representam a opção mais rentável dentre as principais alternativas, devolvendo ao investidor que aplicar R$ 1.000 no prazo de um ano o valor de R$ 124,78, descontado o IR na fonte. Nesse caso, os juros considerados são de 15,13% ao ano.

Em relação aos grandes bancos, o rendimento recebido após 12 meses seria de R$ 105,50, mediante a aplicação com juros de 12,79%.

No caso das LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e das LCAs (Letras de Crédito Agrícola), que contam com a isenção tributária, o ganho líquido dentro do prazo de um ano será de R$ 123,75, remunerado por um juro de 12,38% ao ano.

“Aplicações como Tesouro Direto, CDBs dos grandes bancos, fundos conservadores e letras de crédito são seguras e têm um rendimento, dependendo do prazo, bem próximo ou mesmo acima da Selic”, afirma o diretor da Anefac.

Storfer acrescenta que, no caso dos CDBs de instituições de menor porte, embora ofereçam rendimentos mais atraentes, também expõem o investidor a um nível de risco maior.

Nesse caso, o especialista diz que o investidor deve procurar fazer um aporte dentro do limite coberto pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que assegura o valor de até R$ 250 mil por CPF e conglomerado financeiro, em caso de eventua is problemas financeiros que a instituição emissora venha a sofrer no meio do caminho.

POUPANÇA RENDE MENOS DA METADE DA SELIC

Já a caderneta de poupança tem o menor retorno entre as opções analisadas, mesmo sem ter o desconto do IR.

Mesmo com a recente trajetória de alta na taxa básica de juros, que aumenta a atratividade de produtos de renda fixa de modo geral, o rendimento da poupança não muda.

A despeito da escalada da Selic, que saiu da mínima histórica de 2% em março de 2021 para os atuais 13,75% ao ano, a aplicação da caderneta segue com o rendimento inalterado em 6,17% ao ano, mais a TR (Taxa Referencial).

A remuneração da poupança é de 0,5% ao mês sempre que a Selic estiver acima de 8,5% ao ano. Já quando a taxa básica é de até 8,5%, o rendimento da poupança equivale a 70% da Selic.

“Nesse cenário, a poupança, apesar de ser uma aplicação fácil e segura, não fica competitiva, rendendo menos da metade da Selic”, diz Storfer.

Segundo levantamento da plataforma de dados financeiros Economatica, a última vez em que a poupança ofereceu uma rentabilidade acumulada em 12 meses que superou a inflação foi em agosto de 2020, quando o retorno real da aplicação foi de 0,45% em um ano.

Em julho, a inflação medida pelo IPCA-15 desacelerou com força e atingiu a menor variação em dois anos, de 0,13%, graças ao impacto da redução das alíquotas de ICMS sobre os preços de combustíveis e energia, com a taxa em 12 meses voltando a ficar abaixo de 12%. O alívio levou o índice a acumular em 12 meses inflação de 11,39%.

“Com a Selic ainda subindo, e a inflação mostrando sinais de que inicia uma queda, ainda que lenta, os juros reais ficam mais fortes, e a intenção é realmente colocar mais esforço na queda da inflação, com esses juros reais mais altos”, diz o diretor da Anefac.

A inflação em níveis ainda pressionados, contudo, somada às condições financeiras mais restritivas impostas pelo avanço da Selic, tem contribuído para saques cada vez maiores de recursos da poupança.

No primeiro semestre deste ano, as retiradas em cadernetas de poupança superaram os depósitos em R$ 50,5 bilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central.

Nos seis primeiros meses do ano, as saídas de recursos na modalidade somaram R$ 1,808 trilhão, enquanto os depósitos totalizaram R$ 1,758 trilhão.

Esse é o maior volume de resgate para o período na série histórica do BC, iniciada em janeiro de 1995. O recorde negativo anterior era do primeiro semestre de 2016, quando houve saque líquido de R$ 42,61 bilhões.

O fluxo de recursos na poupança passou a acumular retiradas significativas em 2021, quando o poder de compra do brasileiro caiu significativamente diante de uma inflação de dois dígitos e um intenso choque de juros.

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Para construir aliança ampla e eleger Hugo Motta, Arthur Lira se esquiva de debate sobre aborto

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O deputado federal paraibano Hugo Motta (Republicanos) está sendo utilizado como “desculpa” para que o atual presidente da Câmara dos Deputados, em Brasília, Arthur Lira (PP-AL), possa se esquivar do debate sobre aborto que voltou à tona nesta semana a partir da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe acabar com a prática legal legal no Brasil.

A PEC foi aprovada na quarta-feira (27/11) pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados por 35 votos a 15.

A tática utilizada por Arthur visa manter o apoio do Governo e dos demais quadros políticos que são contra a proposta do fim do aborto legal e que podem prejudicar o projeto de Arthur e Motta.

Atualmente, a Constituição já assegura a todos os brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, mas não há uma definição do momento em que esse direito começa a vigorar.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/12, dos ex-deputados Eduardo Cunha (RJ) e João Campos (GO), estabelece, como lembra a Agência Câmara, que o direito à vida será considerado a partir da concepção do feto.

Na prática, o texto proíbe o aborto em casos hoje autorizados em Lei. No Brasil, o procedimento só é permitido em três situações: risco de morte para a gestante, gravidez resultante de estupro e anencefalia fetal (má-formação do cérebro).

A relatora, deputada Chris Tonietto (PL-RJ), havia apresentado parecer favorável à PEC no último dia 13. “A expressão ‘desde a concepção’ é um fato científico, em 1988 não se colocou porque era redundante falar disso”, argumentou a relatora.

Com a decisão da CCJ, a PEC 164/12 seguirá agora para análise de uma comissão especial e, depois, do Plenário da Câmara. Para ser aprovado no Plenário, o texto precisará dos votos favoráveis de pelo menos 308 parlamentares, em dois turnos.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Associação dos Tribunais de Contas e Efraim debatem reformas do processo administrativo

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O presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Edilson Silva, e o vice-presidente de Relações Político-Institucionais, Cezar Miola, participaram de um encontro com o senador Efraim Filho (União Brasil), nesta quarta-feira (27/11), no Senado Federal. Na pauta, o Projeto de Lei 2481/2022, que reforma o processo administrativo, e o PLP 141/2024, que propõe mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal.

A Atricon apresentou uma Nota Técnica contendo sugestões de alteração no texto do PL 2481/2022, que trata da reforma do processo administrativo. As discussões concentraram-se na proteção da autonomia dos Tribunais de Contas, essencial para a independência no exercício do controle externo. Entre as contribuições, a entidade propôs que a Lei do Processo Administrativo (LPA) se aplique, fora do Poder Executivo, somente às funções administrativas não finalísticas (atípicas). Essa sugestão foi incorporada pelo senador Efraim Filho, relator do projeto, ao relatório legislativo.

Efraim destacou o papel da Atricon no aprimoramento do projeto. “Que fique registrado para eventuais debates jurídicos: os Tribunais de Contas foram a entidade que mais se debruçou sobre esse tema, de forma acertada, para se resguardar. […] Em nome da presidência da Atricon, também foi acolhida essa demanda trazida por eles”, informou.

Já sobre as alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal, previstas no PLP 141/2024, o objetivo é definir casos em que os valores de parcerias ou contratações firmadas pelo poder público não serão contabilizados no limite de despesas com pessoal.

 

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Comissão aprova projeto que reduz contribuição previdenciária de policial militar inativo e pensionista

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A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (27/11), o Projeto de Lei 1451/23 que restringe a incidência da contribuição previdenciária de policiais e bombeiros militares inativos e pensionistas apenas ao que exceder o teto do Regime Geral de Previdência Social, hoje de R$ 7.087,22.

Em razão da reforma do sistema de proteção social dos militares realizada em 2019, a alíquota da contribuição de ativos e inativos para pensões militares aumentou de 7,5% para 10,5% da remuneração total. Pensionistas de militares, antes isentos, passaram a recolher pelo menos 10,5% do benefício total.

“Faz justiça com os veteranos da Polícia e Bombeiro Militar que tanto contribuíram com a sociedade brasileira, mesmo com o risco da própria vida para pagar previdência só o que passar do teto do INSS, como era antes”, disse o autor da proposta, deputado federal Cabo Gilberto (PL).

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo, já sendo aprovado pelas comissões de Segurança, Previdência, Finanças e Tributação, e agora será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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