A comissão organizadora do Fest Aruanda decidiu prorrogar as inscrições de produtos audiovisuais até 27 de agosto, a fim de atender ao pedido de produtores e realizadores. Os filmes selecionados integrarão a programação da 17ª edição do festival de cinema e serão exibidos entre 1º e 7 de dezembro, na Sala 9 do Cinépolis Manaíra, no Manaíra Shopping, em João Pessoa, e pela plataforma AruandaPlay.

As inscrições devem ser realizadas por meio da página oficial do festival. Segundo o regulamento deste ano, estão aptos à inscrição, além de longas, curtas-metragens de até 15 minutos de duração.

O festival também contempla reportagens, interprogramas, documentários e programas de TV, na categoria TV Universitária, para TVs universitárias de todo o país; e curtas-metragens de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), videoclipes e peças publicitárias, nas categorias Produção Universitária e Produção Independente, exclusivas para produções paraibanas.

Serão aceitas obras audiovisuais finalizadas entre maio de 2021 e junho deste ano. Cada realizador poderá inscrever até dois trabalhos em cada categoria. Para a de TV Universitária, serão aceitos dois trabalhos por gênero, para cada emissora. Até agora, o festival recebeu mais de 500 inscrições.

“Tem muita coisa que já foi produzida e está sendo finalizada, em fase de pós-produção, e que só teria condições de ser inscrita agora, em agosto. Resolvemos atender a este apelo, também, porque abrimos as inscrições mais cedo neste ano. Esta prorrogação não atrapalhará em nada a gente”, explica Lúcio Vilar, produtor executivo do Fest Aruanda e professor e pesquisador do Departamento de Mídias Digitais da UFPB.

Apesar das inscrições ainda em curso, a expectativa é de que os filmes reflitam a atual conjuntura política brasileira. “Estamos no quarto ano desta conjuntura, sem Ministério da Cultura, com todas estas dificuldades institucionais. Temos feito curadorias que se pautam pelos temas apresentados pelos filmes, que refletem, de alguma forma, esta conjuntura, tanto nos curtas, quanto nos longas”, conta o também realizador de cinema.

A 17ª edição do Fest Aruanda ainda não tem um desenho específico, mas deverão ser exibidos 12 curtas de todo país e oito ou dez paraibanos, que fazem parte de mostra exclusiva para produções realizadas na Paraíba, mais cinco ou seis longas, tanto na mostra nacional quanto na Sob o céu nordestino, com filmes executados no Nordeste brasileiro.

Até então, os produtos de TV não terão exibição na Sala 9 do Cinépolis Manaíra, a maior do cinema, com capacidade para cerca de 500 espectadores. “Talvez façamos alguma parceria com a TV UFPB e com as coordenações dos cursos de Rádio e TV, Jornalismo, Cinema e Mídias Digitais da UFPB”, antecipa Lúcio Vilar.

Para ele, trocar figurinhas com profissionais das TVs universitárias de instituições como Universidade de São Paulo (USP), Mackenzie, Universidade de Fortaleza (Unifor) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) seria enriquecedor. “Não sei se vai vingar. Mas teremos esta competição entre TVs universitárias, que nasceu junto com o festival. O Fest Aruanda nasceu na UFPB e continua vinculado à UFPB”.

Sempre buscando resgatar a história do cinema paraibano, esta 17ª edição do Fest Aruanda homenageará o jornalista, poeta, crítico e cineasta paraibano Jurandir Moura, falecido em 1980, e o ex-professor da UFPB, cineasta e encenador teatral Eliezer Rolim, que faleceu este ano. Outros dois homenageados de renome nacional serão anunciados até 20 de agosto.

No dia da homenagem a Jurandir Moura, inclusive, será exibido documentário inédito em tributo a ele. O filme está em fase de pré-produção e terá a assinatura do Lúcio Avelar, em colaboração com o cineasta Marcus Avelar. Serão gravados depoimentos de pessoas que conviveram com ele, família, amigos contemporâneos. Na ocasião, a família de Jurandir Moura receberá um troféu de reconhecimento pela contribuição dele ao cinema paraibano.

Neste ano também será reforçada parceria de intercâmbio acadêmico com a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, maior universidade privada portuguesa, com sede na cidade de Lisboa, e com a Central Única das Favelas (Cufa), por meio da qual foi propiciada a experiência fílmica a cerca de 400 crianças no ano passado, em dois dias de exibições. Sobre a cooperação com a Cufa, segundo Lúcio Avelar, significou, na prática, inclusão. Foi a primeira vez que aquelas crianças estiveram em um shopping, em um cinema.

Do mesmo modo, foi aberto espaço para estudantes da rede pública estadual. Os alunos puderam ver no cinema seus próprios filmes. Este link com a educação deverá ser materializado de forma mais intensa nesta 17ª edição do Fest Aruanda. “Vamos dobrar a aposta com mais sessões e acessibilidade”, explica Lúcio Avelar.

Outra novidade é a criação de perfil oficial do festival na rede social digital TikTok. “Aguardem o Aruanda no TikTok. É uma mídia que tem muita força. Em alguns aspectos, superior ao Instagram. Não podemos ficar de fora nisso”, reconhece o produtor executivo.

Regulamento

O ato de inscrição consiste no preenchimento de formulário, com endereço de link da cópia do produto audiovisual inscrito; de preferência, que as cópias (ou link) já sejam enviadas em suporte H264; 03 fotos do produto audiovisual inscrito (formato JPEG, 200 ou 300 dpi de resolução), com o título da obra e do realizador para fins jornalísticos e publicitários do festival. Essas imagens devem ser de captura de frame ou de still, e não de making-of ou bastidores. Enviar também foto do diretor e mini-bio.

Os jornalistas e críticos de cinema Amilton Pinheiro (SP), Marcus Mello (RS) e Camila de Moraes (Diretora) serão membros da comissão de seleção de curta-metragem. A curadoria de longa-metragem seguirá sob a responsabilidade de Amilton Pinheiro e Lúcio Vilar (produtor executivo do festival). O júri oficial e da mostra competitiva Sob o Céu Nordestino serão escolhidos entre pessoas de reconhecida competência no campo audiovisual, assim como de TV Universitária.

A comissão organizadora divulgará o resultado da seleção dos curtas a partir do dia 1º de setembro, em jornais, redes sociais e site oficial do festival, além de emitir prontamente e-mails para os candidatos selecionados. A premiação se dará no encerramento do festival, dia 7 de dezembro, no Cinépolis do Manaíra Shopping.

Acerca da premiação do júri popular, o site oficial do festival disponibilizará sistema de votação online em seguida às sessões das mostras competitivas de curtas e longas. Serão atribuídas notas de 05 a 10 para os respectivos trabalhos apresentados no dia, exceto para as categorias de TV universitária, que não serão avaliadas pelo voto popular.

Haverá premiação de júri popular para melhor longa-metragem e melhor curta-metragem. Os escolhidos receberão o Troféu Aruanda em cada categoria prevista, de acordo om o regulamento. Mais uma vez, o evento será patrocinado pela Energisa/Usina Cultural, Cagepa-PB, PBGás e BNB, com chancela da UFPB, através da Reitoria e do CCHLA. A comissão organizadora disponibiliza o telefone +55 83 9 8852-1611 para qualquer dúvida sobre o regulamento.