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Com alta nos planos de saúde, prévia da inflação de junho fica em 0,69%

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A prévia da inflação acelerou em junho para 0,69%, ficando 0,10 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em maio (0,59%). O subitem de maior influência na taxa do mês foi planos de saúde, que subiu 2,99% e representou 0,10 p.p. no resultado de junho. O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi de 3,04%. Já no acumulado do ano, o IPCA-15 tem alta de 5,65% enquanto nos últimos 12 meses, a taxa desacelerou para 12,04%, abaixo dos 12,20% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2021, o índice foi de 0,83%.

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em junho. O maior impacto foi do grupo de Transportes, que subiu 0,84%, uma desaceleração em relação a maio (1,80%). O grupo respondeu por 0,19 p.p. no índice geral. Já a maior variação foi do grupo Vestuário (1,77% e 0,08 p.p.).

Outro destaque é do grupo de Saúde e cuidados pessoais (1,27%), que contribuiu com 0,16 p.p. no índice de junho, muito por conta dos planos de saúde, que sofreram reajuste de até 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio, com vigência a partir de maio de 2022 e cujo ciclo se encerra em abril de 2023. No grupo, influenciou também a alta de 1,38% nos produtos farmacêuticos, com impacto de 0,05 p.p. no índice do mês.

Voltando para Transportes, a desaceleração do grupo se deu pela queda nos preços dos combustíveis (-0,55%), que haviam subido 2,05% em maio. Embora tenha sido registrado aumento em óleo diesel (2,83%), o etanol e a gasolina caíram 4,41% e 0,27%, respectivamente.

No lado das altas dos Transportes, destacam-se as passagens aéreas (11,36%), o seguro voluntário de veículo (4,20%) e o emplacamento e licença (1,71%). Também subiram de preço as motocicletas (1,66%), os automóveis novos (1,46%) e os automóveis usados (0,12%).

Já a variação positiva do ônibus urbano (0,32%) fica por conta do reajuste de 11,36% nas tarifas em Salvador (3,64%), em vigor desde 1º de abril, mas que só foi repassado a partir de 4 de junho. No subitem ônibus intermunicipal (1,34%), houve reajuste de 17% em Belo Horizonte (9,34%), vigente desde 16 de maio, e de 11,85% em Salvador (3,66%), em vigor desde 10 de junho.

No grupo Habitação, que havia registrado a única queda de maio (-3,85%), a alta de 0,66% foi puxada pela taxa de água e esgoto (4,29%), influenciada pelos reajustes aplicados em três áreas: de 20,81% em Belém (11,41%), a partir de 28 de maio; de 12,89% em São Paulo (10,99%), a partir de 10 de maio; e de 4,99% em Curitiba (4,51%), a partir de 17 de maio.

Também colaborou para a alta o subitem gás encanado (2,04%), consequência do reajuste de 9,16% em Curitiba (7,98%), a partir de 18 de maio, e de 5,95% no Rio de Janeiro (3,28%), a partir de 1º de maio.

Ainda em Habitação, no lado das quedas, o destaque é energia elétrica (-0,68%). A partir de 16 de abril, passou a valer a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. Desde setembro de 2021, estava em vigor a bandeira Escassez Hídrica, com acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. As variações das áreas foram desde -3,42% em Brasília até 6,16% em Recife, onde houve reajuste de 18,77% nas tarifas, válido desde 29 de abril. Em 22 de abril, foram aplicados reajustes tarifários de 24,23% em Fortaleza (5,07%) e de 20,97% em Salvador (3,72%). Outro subitem que apresentou queda em junho foi gás de botijão (-0,95%).

O grupo Habitação, inclusive, é o único com queda no trimestre (-1,54%), puxado pelo resultado de maio (-3,85 %) influenciado pelo item energia elétrica.

O grupo Alimentação e bebidas (0,25%) desacelerou após subir 1,52% em maio. O resultado teve influência dos alimentos para consumo no domicílio, que saíram de 1,71% em maio para 0,08%. O subitem leite longa vida , que havia subido 7,99% em maio, registrou 3,45% de alta em junho.

Além disso, houve quedas nos preços da cenoura (-27,52%), do tomate (-12,76%), da batata-inglesa (-8,75%), das hortaliças e verduras (-5,44%) e das frutas (-2,61%).

No campo de alimentação fora do domicílio, a alta também foi menos intensa na passagem de maio (1,02%) para junho (0,74%), principalmente por conta do resultado do item lanche, que registrou alta de 1,10%, frente à variação de 1,89% no mês anterior. Já refeição (0,70%) apresentou resultado acima do registrado em maio (0,52%).

Os demais grupos ficaram entre o 0,07% de Educação e o 0,94% de Artigos de Residência.

Em termos regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em junho. A maior foi em Salvador (1,16%), especialmente por conta da gasolina (4,25%) e do reajuste de 20,97% nas tarifas de energia elétrica (3,72%). Já a menor alta foi em Belém (0,18%), influenciada pela queda nos preços do açaí (-8,08%) e da gasolina (-1,70%).

Mais sobre a pesquisa

O IPCA-15 difere do IPCA, a inflação oficial do país, somente no período de coleta e na abrangência geográfica. Para o cálculo do índice de junho, os preços foram coletados no período de 14 de maio e 13 de junho de 2022 (referência) e comparados com os vigentes de 14 de abril a 13 de maio de 2022 (base).

O IPCA-15 refere-se a famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Veja os resultados completos no Sidra.

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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