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Parque Zoobotânico Arruda Câmara oferece dieta alimentar de qualidade aos animais

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Todos os dias, um pequeno batalhão de funcionários cuida com afinco da dieta dos animais que vivem no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, popularmente conhecido como Bica, localizado no bairro do Roger. O parque, que é mantido pela Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria do Meio Ambiente (Semam), completa 100 anos de fundação em 2022.

A zootecnista Cíntia Cleub afirma os animais em cativeiro necessitam de uma atenção diferenciada na sua dieta alimentar, tanto no que se refere à qualidade, quanto à quantidade de alimento disponibilizado diariamente. “Todos eles recebem uma alimentação balanceada, baseada nos hábitos alimentares e comportamentais de cada espécie. Seguindo as recomendações da literatura, são feitas adaptações de acordo com os itens que temos disponíveis – animais onívoros comem carnes, frutas, verduras e ração; herbívoros comem frutas, verduras e ração; carnívoros comem carnes, vísceras e frango e os pequenos carnívoros comem carnes, vísceras e ração”, comenta.

As refeições são distribuídas duas vezes ao dia, dependendo do comportamento do animal e nível de atividade. Faz parte da dieta dos animais itens alimentares como carnes, peixes, rações, frutas, verduras, insetos, leite, etc. Durante a montagem das refeições, o cardápio é feito tomando como base o peso, requisição calórica do animal, além de aspectos fisiológicos, como a idade – se é filhote, idoso, se está gestante, doente ou apresenta alguma anormalidade comportamental.

“Por exemplo, os tamanduás mirins na natureza se alimentam de formigas e cupins. Aqui no zoológico fornecemos uma espécie de papa, feita com alguns ingredientes que combinados suprem as necessidades nutricionais desses animais”, disse a zootecnista.

Segundo Cíntia Cleub, animais idosos também recebem uma atenção especial com suplementação oferecida de forma diferenciada. “Geralmente são feitos bolinhos, que podem ser utilizados tanto para suplementação alimentar como para administrar medicamentos via oral”, explicou.

A equipe também mantém outros cuidados. Diariamente, as bandejas são preparadas de acordo com os grupos de animais e indivíduos, cada bandeja é identificada com o nome da espécie ou recinto que se destina. Essas bandejas são higienizadas diariamente, assim como os recintos, comedouros e bebedouros para evitar contaminação. Apenas funcionários do setor são autorizadas a ter acesso. O objetivo é manter a higiene adequada ao local.

Outros hábitos rígidos são adotados na cozinha para evitar contaminação. “Na hora do processamento dos alimentos, por exemplo, são adotados cuidados especiais para evitar a contaminação cruzada, isto é, que os mantimentos entrem em contato uns com os outros, e ocorra o repasse de bactérias. Podemos citar as carnes. O sangue pode conter microrganismos prejudiciais a algumas espécies de animais”, comentou Cíntia Cleub.

Relações de afeto – A equipe da Bica que cuida da alimentação é composta por cozinheiros, responsáveis pela preparação dos alimentos, cuidadores, que colocam o alimento nos recintos e cuidam da limpeza, além dos profissionais que compõe a área técnica como veterinários, zootecnistas, biólogos e educadores. Todos empenhados na qualidade de vida e bem-estar dos animais do zoológico.

Alguns membros da equipe desenvolvem afeto pelos bichos a partir do contato diário no momento das refeições. O funcionário Edvaldo Lima de Santana, conhecido como Bau, trabalha há 35 anos no Parque Arruda Câmara. Atualmente, ele atua na Ilha dos Pequenos Mamíferos e cuida da alimentação de vários animais como macaco, gato do mato, furão, tamanduá bandeira, gato morisco, jaguatirica, irara, guaxinim, lontra e quati.

Ele disse que se dá bem com todos, mas se afina mais com os membros da família de macacos bugio, que vem no seu braço e ficam felizes quando são alimentados por ele. Mas Bau aconselha a ter cuidado e relata uma história de agressão. “Há uns 15 anos, tinha um casal de veados e, sempre que eles chegavam perto, eu alisava eles. Mas um dia ele começou a me seguir. Eu corri e ele correu atrás. Eu cansei e cai e ele meteu o chifre e furou minha perna. Chorei muito porque o médico disse que eu ia perder minha perna, mas no fim deu tudo certo”, relatou.

Em outro momento, Edvaldo trabalhava com um grupo de macaco-prego-galego. “Eu trabalhava com um ciscador e os macacos se assustaram e partiram pra cima de mim e puxaram meus cabelos e meus pés. Chegou uma hora que corri e acabei deixando o portão aberto. Os macacos não chegaram a me machucar, mas foi luta para resgatar eles e colocar dentro do recinto”, conta sorrindo.

Alimentos oferecidos pela população – Os cuidados com a alimentação não devem ser restritos apenas aos cuidadores do parque. É importante lembrar sempre aos visitantes do espaço que não se deve alimentar os animais – nem os que estão em cativeiro, nem aqueles de vida livre. O parque dispõe de uma equipe de profissionais treinados e capacitados com essa função, devido à necessidade desses animais terem uma alimentação específica e balanceada.

A zootecnista Cíntia Cleub argumenta, ainda, que os alimentos dados pelos visitantes podem desequilibrar a dieta dos animais, além do risco de contaminação, aumento na taxa glicêmica, fraturas dentárias, diarréias, vômitos e risco de engasgos, além de grande parte dos alimentos oferecidos pelos visitantes serem produtos industrializados, ricos em gordura, sal, açúcar e corante, itens que podem causar intoxicação e até a morte do animal.

Parque Arruda Câmara – O espaço é um dos locais mais agradáveis da cidade, sendo uma área de proteção ambiental conhecida pela harmonia entre o verde e o urbano. Abriga fauna e flora diversificadas, incluindo espécies ameaçadas de extinção.

A reserva ecológica oferece várias opções de lazer e atende a duas funções: a função ecológica, que caracteriza o jardim botânico, com sua flora diversificada, com árvores seculares, plantas ornamentais e medicinais, além do orquidário. A segunda é a função de zoológico, onde abriga diversas espécies animais nativos e exóticos, como aves, répteis, peixes e mamíferos, entre eles, espécies avaliadas como ameaçadas de extinção.

A Bica conta também com playground, um trenzinho que circula dentro do parque, quiosque, lago com pedalinhos, áreas onde pode ser feito piquenique, além de estacionamento de veículos.

O nome dado ao Parque Zoobotânico Arruda Câmara – homenageou o botânico paraibano Manoel Arruda Câmara, em 1922. É um jardim zoobotânico popularmente conhecida como Bica, em virtude de uma fonte natural de água potável.

Serviço:
Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica)

Endereço: Av. Gouveia Nóbrega, s/n – Roger

Horário de funcionamento: terça a domingo, das 8h às 17h (bilheteria até 16h)

Entrada: R$ 2,00

Telefones: (83) 3218-9710 (administração) / (83) 3218-5164 (Setor de Zoológico) / (83) 3218-9817 (Educação Ambiental)

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FPM: mais de R$ 4 bi chegará aos municípios na 6ª; veja quanto caberá às principais cidades da PB

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O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) distribuirá R$ 4.058.070.543,16 bilhões na fase de repasse da terceira parcela referente ao mês de novembro de 2024, na sexta-feira (29/11). Dessa vez, o valor é 20% maior que o repassado no mesmo período do ano 2023.

A Capital do Estado da Paraíba receberá R$ 17.736.320,80; Bayeux, R$ 1.718.559,60; Cabedelo, R$ 1.386.408,39; Campina Grande, R$ 1.784.008,00; Cajazeiras, R$ 1.386.408,39; Conde, R$ 808.737,95; Guarabira, R$ 1.270.874,08; Itaporanga, R$ 808.737,95; Lucena R$ 462.136,13; Mamanguape, R$ 1.155.340,88; Monteiro R$ 924.272,26; Patos, R$ 1.848.552,36; Piancó, R$ 577.670,44; Rio Tinto R$ 808.737,95; Santa Rita, R$ 2.195.156,41; São Bento, R$ 924.272,26; Sousa, R$ 1.386.408,39.

Especialistas do setor lembram que é obrigatória a prestação de contas do destino de todos os valores recebidos pelas administrações públicas municipais, inclusive os referentes ao FPM.

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Complemento: Ministério envia R$ 29,6 mi para Piso da Enfermagem no Estado e Municípios da Paraíba

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Os recursos complementares para o pagamento do piso da enfermagem referentes ao mês de novembro já estão disponíveis para consulta. Os valores constam na Portaria GM/MS nº 5.783, de 26 de novembro de 2024, publicada pelo Ministério da Saúde (MS). O total a ser transferido chega a R$ 737.213.910,33, entre valores destinados a execução municipal e estadual.

Os recursos são repassados mensalmente e destinados aos entes federados para que possam fazer o pagamento do piso de profissionais da categoria. Porém, como lembra o Brasil 61, é essencial que a aplicação dos recursos seja fiscalizada para garantir que os valores cheguem aos trabalhadores, como destaca o advogado especialista em direito médico, Josenir Teixeira.

“Os profissionais da enfermagem devem ficar atentos a acompanhar o repasse que os municípios irão receber, para que os municípios efetivamente repassem os valores às suas empregadoras, para que, finalmente, as suas empregadoras paguem os valores dentro da folha de pagamento. Vamos ver se realmente esses valores repassados pela União serão suficientes para cumprir o que disse a lei”, avalia.

Municípios como Sena Madureira (AC) e Água Branca (AL), receberão mais de R$ 100 mil, cada. Para Lauro de Freitas (BA) e Anápolis (GO), a previsão é que sejam destinados mais de R$ 1 milhão.

No geral, o maior valor foi destinado aos municípios de Minas Gerais, que partilham mais de R$ 105 milhões. Na sequência aparece Bahia, com cerca de R$ 77 milhões, entre valores de execução estadual e municipal.

Confira na tabela abaixo quanto cada município recebeu:

Ranking Estado Valores Gestão Estadual Valores Gestão Municipal Total
1 MG R$ 105.252.208,32 R$ 105.252.208,32
2 BA R$ 29.127.727,26 R$ 47.940.963,02 R$ 77.068.690,28
3 PE R$ 35.465.605,34 R$ 30.317.553,01 R$ 65.783.158,35
4 MA R$ 15.945.743,90 R$ 41.194.650,87 R$ 57.140.394,77
5 RJ R$ 4.397.295,83 R$ 44.260.054,10 R$ 48.657.349,93
6 PA R$ 11.157.070,66 R$ 34.286.569,42 R$ 45.443.640,08
7 CE R$ 5.608.656,94 R$ 38.061.052,17 R$ 43.669.709,11
8 SP R$ 8.002.142,17 R$ 30.809.985,41 R$ 38.812.127,58
9 PB R$ 3.193.469,39 R$ 26.460.327,36 R$ 29.653.796,75
10 PR R$ 16.095.184,19 R$ 12.358.657,70 R$ 28.453.841,89
11 RS R$ 11.529.942,49 R$ 16.289.277,58 R$ 27.819.220,07
12 AM R$ 8.058.441,10 R$ 10.588.830,62 R$ 18.647.271,72
13 RN R$ 5.362.699,20 R$ 13.240.637,80 R$ 18.603.337,00
14 AL R$ 2.052.050,11 R$ 14.951.282,15 R$ 17.003.332,26
15 ES R$ 9.266.920,03 R$ 7.324.507,10 R$ 16.591.427,13
16 GO R$ 5.122.412,82 R$ 9.930.640,33 R$ 15.053.053,15
17 SC R$ 8.374.029,22 R$ 6.020.058,26 R$ 14.394.087,48
18 PI R$ 1.622.793,86 R$ 12.148.846,01 R$ 13.771.639,87
19 MS R$ 1.559.740,71 R$ 9.905.646,03 R$ 11.465.386,74
20 TO R$ 5.089.505,73 R$ 5.893.212,54 R$ 10.982.718,27
21 SE R$ 4.875.159,94 R$ 3.680.708,44 R$ 8.555.868,38
22 MT R$ 8.480.895,66 R$ 8.480.895,66
23 RO R$ 1.122.072,70 R$ 5.254.416,65 R$ 6.376.489,35
24 AP R$ 546.406,51 R$ 4.281.348,03 R$ 4.827.754,54
25 AC R$ 2.492.326,15 R$ 1.270.996,79 R$ 3.763.322,94
26 RR R$ 943.188,71 R$ 943.188,71

Acerto de Contas

O Ministério da Saúde também publicou a Portaria GM/MS 4.155, de 14 de junho, para acerto de contas de entes federados. Serão repassados R$ 172.163.255,20 a 1.626 municípios e 10 estados, referentes a parcelas de maio a agosto de 2023.

De acordo com o Ministério da Saúde, os municípios e estados que não estão na Portaria 4.155 podem solicitar por e-mail, com as justificativas necessárias para embasar o requerimento. Caso não seja aceito, será encaminhada uma resposta, também por e-mail, com instruções para a correta inserção de dados no sistema InvestSUS.

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MPPB constata que 15 Municípios da PB não têm sala de coleta para teste do pezinho e cobra solução

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Quinze municípios paraibanos ainda não possuem sala de coleta para realização da triagem neonatal, popularmente conhecida como “teste do pezinho”. O problema levou o Centro de Apoio Operacional em matéria da defesa da saúde do Ministério Público da Paraíba (CAO Saúde) a encaminhar, a título de apoio funcional, aos promotores de Justiça que atuam nessas localidades, minutas de portaria e de recomendação para cobrar dos gestores a instalação dessas salas. A ação integra o Procedimento 001.2022.027175, instaurado pelo MPPB para acompanhar a triagem neonatal na Paraíba.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PB), os municípios que não dispõem de salas para a coleta do exame são: Areia de Baraúnas, Baraúna, Boa Ventura, Bom Sucesso, Brejo dos Santos, Conceição, Diamante, Passagem, Pilõezinhos, Pirpirituba, Riachão, Riachão do Poço, Rio Tinto, Santa Inês e de São José de Espinharas.

Conforme explicou a coordenadora do CAO Saúde, a promotora de Justiça Fabiana Lobo, a falta da coleta local impacta negativamente na cobertura da triagem neonatal, pois a puérpera e o bebê (de três a cinco dias de nascido) precisam ser levados para outro município. “Muitos não vão, comprometendo eventual diagnóstico e tratamento precoce de doença congênita”, argumentou.

Segundo ela, a implantação de sala de coleta para o teste do pezinho pode ser feita em um espaço na própria UBS (Unidade Básica de Saúde). Para facilitar o trabalho, a SES elaborou um checklist com os requisitos mínimos que devem ser atendidos pelos municípios. O checklist também foi enviado aos promotores de Justiça.

Lobo destacou também que a atuação ministerial do promotor de Justiça de Itaporanga, Renato Martins Leite, sobre a matéria norteou a minuta da recomendação enviada aos demais membros.

Promotoria de Itaporanga

O promotor de Justiça Renato Leite informou que, a partir de ofício enviado pelo CAO Saúde, foi instaurado o Procedimento 001.2024.074116 para acompanhar a taxa de cobertura do teste do pezinho nos municípios da circunscrição da Promotoria de Justiça de Itaporanga.

Foi constatado que quatro municípios apresentavam cobertura abaixo de 50% (Boa Ventura, Diamante e Pedra Branca, que não registraram cobertura do exame, e Curral Velho, com 12% de cobertura) e que três tinham cobertura acima de 50% (Itaporanga, com 84%; São José de Caiana, com 78% e Serra Grande, com 77%).

No último dia 16 de outubro, foi realizada audiência, por videoconferência, com representantes de hospitais locais, da SES-PB, do Laboratório Central (Lacen-PB) e com os secretários municipais de Saúde sobre o assunto. “Na ocasião, foi identificado que alguns dos municípios da circunscrição não possuíam sala de coleta para o teste do pezinho e que, embora alguns possuíssem a sala, a coleta do material era feita em município diverso da residência do recém-nascido”, disse o promotor de Justiça.

No dia 7 de novembro, foi expedida a Recomendação n° 20/2024 aos municípios de Itaporanga, Serra Grande, São José de Caiana, Pedra Branca, Boa Ventura, Diamante e Curral Velho, para que fossem adotadas as medidas necessárias à implantação de Posto de Coleta da Atenção Básica para o Teste do Pezinho, situado no próprio município, bem como capacitação das equipes de saúde para orientar ao acesso da população recém-nascida do respectivo município ao diagnóstico precoce de doenças raras.

Também foi recomendada a adoção das medidas necessárias para capacitação contínua das equipes de saúde responsáveis pela coleta e transporte de material biológico para o Teste do Pezinho, uma vez que, em todo o Estado, há um número significativo de amostras que não estão sendo analisadas pelo Lacen-PB por serem consideradas inservíveis.

Outra medida recomendada foi a busca ativa pelas equipes de saúde da população recém-nascida para a realização do exame. “Os municípios de Pedra Branca e São José de Caiana já informaram que já constam com o Posto de Coleta devidamente instalado. Ademais, o procedimento aguarda a comprovação do acatamento e do cumprimento da recomendação pelos destinatários”, informou o representante do MPPB.

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